Categoria volta ao trabalho nesta sexta, exceto funcionários da Caixa. Bancários terão reajuste de 6% e nova fórmula de participação nos lucros.
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Assembleia de bancários no centro de São Paulo, quando foi decidido pelo fim da greve (Foto: Paulo Liebert/AE)
Os bancários de várias capitais voltam ao trabalho nesta sexta-feira (9), depois que assembleias em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis decidiram aceitar a proposta dos bancos e terminar a greve, informou o Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
A greve completou 15 dias nesta quinta (8).
No caso da Caixa Econômica Federal (CEF), porém, não houve acordo entre bancários e a instituição, e a paralisação deve continuar.
Os bancários de instituições privadas de Porto Alegre também aceitaram a proposta dos bancos e já voltaram ao trabalho na tarde desta quinta-feira.
Proposta
Na noite desta quarta-feira, em reunião entre o comando da greve e a Fenaban, que representa os bancos, os patrões haviam apresentado proposta. O comando da greve orientou para a aceitação da proposta.
A proposta prevê reajuste salarial de 6%, segundo a confederação, o que representa aumento real de 1,5%.
Além disso, pela proposta, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será de 90% do salário mais R$ 1.024, com teto de R$ 6.680, segundo o sindicato. Esse valor pode ser aumentado até que seja distribuído pelo menos 5% ou até 15% do lucro líquido, podendo chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 14.696. Outro ponto da proposta foi a extensão da licença-maternidade para seis meses.
No caso específico do Banco do Brasil, a proposta inclui ainda a contratação de 10 mil novos funcionários, o que aumenta os quadros da empresa em cerca de 10%, além do aumento de 3% no Plano de Cargos e Salários do banco.
Balanço
A greve dos bancários fechou 7.222 agências nesta quarta-feira (7), o 14º dia de paralisação da categoria, segundo a confederação nacional dos trabalhadores. Na capital paulista, segundo o sindicato da cidade, 27 mil bancários ficaram parados nesta quarta, em 724 locais de trabalho, incluindo agências e centros administrativos.
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