Londres - As bolsas europeias fecharam em queda, pressionadas pelo setor bancário em consequência da decepção com os resultados dos testes de estresse divulgados na sexta-feira, que não levaram em conta os piores cenários de risco. Na Bolsa de Milão, os negócios com algumas ações de bancos chegaram a ser suspensas depois de terem fortes baixas. O índice Stoxx Europe 600 caiu 1,8%, para 262,10 pontos.
Os bancos despencaram, com destaque para ING Group, que recuou 7,1% em Amsterdã, e Intesa Sanpaolo, que perdeu 6,5% em Milão. Na bolsa italiana, as ações do UniCredit e do Monte dei Paschi di Siena tiveram os negócios com suas ações suspensos por algum tempo e terminaram o dia com quedas de 6,36% e 7,22%, respectivamente. O índice FTSE MIB de Milão caiu 3,06%, para 17.885,74 pontos.
As perdas vieram depois de os investidores terem a primeira chance de reagir aos resultados dos testes de estresse, que foram divulgados após o fechamento das bolsas na sexta-feira. A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) afirmou que oito bancos fracassaram nos testes e que a deficiência de capital é de 2,5 bilhões de euros.
O veredicto geral dos analistas foi de que os testes não tiveram credibilidade. Muitos viram as hipóteses como muito bondosas e criticaram os testes por não incluírem o cenário de um default (moratória) da Grécia, que está se tornando cada vez mais provável.
Na Bolsa de Londres, Royal Bank of Scotland Group caiu 6%, Barclays cedeu 7% e Lloyds Banking Group recuou 7,5%. Essas perdas pesaram sobre o índice FT-100, que fechou em baixa de 1,55%, aos 5.752,81 pontos.
O índice DAX da bolsa de Frankfurt declinou 1,55%, para 7.107,92 pontos, pressionado pelas quedas de 3,5% do Deutsche Bank e de 4,6% do Commerzbank. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 2,04%, para 3.650,71 pontos, com as ações dos bancos Société Générale e BNP Paribas caindo 5,5% e 3,6%, enquanto a seguradora AXA cedeu 5,4%.
O PSI-20 de Lisboa recuou 2,55%, para 6.560,71 pontos, e o Ibex-35 de Madri perdeu 1,44%, para 9.347,80 pontos. São cada vez maiores as preocupações com um contágio da crise da Grécia na Espanha e na Itália. Hoje o yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos da Espanha superou 6,30% pela primeira vez desde a introdução do euro.
O yield dos bônus de 10 anos da Itália superou 6%, levando o spread (prêmio) com relação aos bunds alemães à máxima na era do euro de 336 pontos-base, antes de recuar para 5,96% no fim da tarde na Europa, de acordo com a Tradeweb. As informações são da Dow Jones.
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