No
próximo dia 5 de Outubro, teremos mais uma oportunidade de ajudar o
Brasil a melhorar, sabendo que o nosso voto cidadão e missionário fará
toda diferença para eleger: Presidente do Brasil, Governador, Senador,
Deputado Federal e Deputado Estadual. Pesa sobre os nossos ombros uma
imensa responsabilidade de colocar, com o nosso voto, as pessoas certas
nos lugares certos, sabendo igualmente que essas mesmas pessoas
governarão sobre nós, farão leis e as executarão, e isso definirá em
grande medida a nossa vida. Que grande responsabilidade a nossa!
A
maneira de cada eleitor tratar o seu voto fornece uma boa pista para
sinalizar se o mesmo tem consciência política e exerce plenamente o seu
direito de cidadão, ou não. Desse modo, a estatura de cada cidadão é
medida pela valorização que confere ao seu voto, pelo modo como expressa
a sua vontade política.
Por
isso, o voto é não somente intransferível e inegociável, mas também
precisa refletir a compreensão que o eleitor tem do momento histórico do
seu país e do seu estado. Em função disso, o eleitor não deve, em
hipótese alguma, violar a sua consciência política, principalmente no
que diz respeito à sua maneira de ver a realidade social. Deve,
portanto, discernir se o candidato que pede o seu voto é uma pessoa
lúcida e comprometida com as causas da Justiça e da Verdade, e não um
oportunista de plantão, que só aparece em época de eleição.
Devemos
ter em mente que o nosso voto é, de algum modo, um instrumento
revolucionário e pacífico de transformação social. E essa é uma
característica única e essencial de democracias sólidas e estáveis, cuja
ação só pode ser realizada por um ato responsável da vontade e da
consciência de cada cidadão.
Quer
queiramos admitir ou não, estaremos caminhando para uma situação que
pode melhorar ou piorar o nosso país, dependendo da nossa atitude, da
nossa escolha. Se formos omissos ou desinteressados, ajudaremos a piorar
a situação; se formos responsáveis e diligentes, solidários e
participativos, com o voto consciente e de qualidade, daremos um grande
passo para melhorar o que pode ser melhorado. Se não der para mudar tudo
de uma só vez e fazer o bem mais amplamente, poderemos ao menos tentar
evitar que o mal prospere, em votando e elegendo os candidatos sérios e
de melhores propostas.
Procure
avaliar a vida dos candidatos, informe-se a respeito, veja se é um bom
caráter, se é uma pessoa séria, se tem propostas coerentes, e prime por
escolher o seu candidato num elenco que traga essas legítimas
características.
É
preciso entender a política como a nobre missão de governar produzindo o
bem-estar comum, e não um meio de negócio. Quando a política deixa de
ser missão para se transformar em negócio, perde sua função precípua de
produzir o bem comum, passando a servir aos interesses individuais,
tornando indistinta e promíscua a relação entre o público e o privado.
O
que se pode esperar de um país com essa cultura política? A alienação
do eleitor cresce pela desilusão, a degradação da democracia via
corrupção, os partidos sem ideologia,
os parlamentos sem identidade e sintonia com o povo, a burocracia da
administração governamental criando dificuldades a fim de negociar
facilidades.
Mudar
essa cultura política não é coisa fácil, todavia se impõe como desafio a
ser enfrentado para que um futuro melhor possa vir. Outras nações já
alcançaram esse estagio e nós poderemos fazê-lo também. O desafio é
grande, e no dizer do Ministro Joaquim Barbosa: "O Brasil precisa se
livrar dos resquícios de autoritarismo, do nepotismo, da cultura dos
privilégios, do jeitinho e de resquícios da escravidão".
Veja que não são poucos os candidatos que tentam
passar a impressão de que são mais virtuosos que todos os outros.
Fazem-nos pensar que, uma vez eleitos, a vida será transformada num mar
de rosas. Embora saibamos que não existe candidato perfeito, não podemos
nos deixar cair
no extremo de deplorar constantemente a classe política, sem fazer
absolutamente nada para mudar a situação. Essa é uma atitude negligente e
cômoda de quem vive criticando, mas nada faz. As pessoas responsáveis,
porém, têm de fazer algo a partir do seu próprio voto.
O
que temos de entender adequadamente é que, a despeito da imperfeição
dos candidatos, a operação da graça de Deus, mediante as nossas orações e
vigilância, pode ajudar a brotar o melhor da sua humanidade. O
candidato que for eleito, embora imperfeito, poderá agir decente e
racionalmente para o bem comum e contribuir para resolver os intrincados
problemas sociais que acometem a nossa sociedade.
Como
seguidores de Cristo e cidadãos brasileiros, devemos fazer o que
estiver ao nosso alcance para que a nossa sociedade melhore,
principalmente em votando nos candidatos que defendem princípios que se
harmonizam com a Palavra de Deus, a nossa regra de fé e prática. Vote
especialmente em nossos irmãos que exercem o seu sacerdócio na política,
fazendo do exercício de seu mandato uma grande missão cristã e cidadã,
diferentemente daqueles que têm a política como um grande negócio e
deste se locupletam.
Escrevamos esta história com o nosso voto, e que Deus nos abençoe nisto!
Feliz é a nação cujo Deus é Senhor!
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
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