Segundo advogado da categoria, governo prometeu desmilitarização da atividade
AE
BRASÍLIA - Após quase cinco horas de paralisação do tráfego aéreo brasileiro e de caos nos aeroportos, o governo cedeu às reivindicações dos controladores de vôo e fechou com a categoria um acordo que prevê a gradual desmilitarização da atividade.
A informação foi dada no fim da noite desta sexta-feira pelo advogado Normando Augusto Cavalcante Junior, que defende os trabalhadores. Entretanto, nenhum representante do governo havia se pronunciado sobre o resultado da reunião até às 0h30.
Diante da promessa, os controladores se comprometeram a restabelecer a normalidade nos aeroportos a partir da manhã de hoje. “Depois de um dia tenso, com ameaças e arbitrariedades, o governo acabou recuando”, disse o advogado, na saída da reunião de emergência entre representantes da categoria e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Segundo Cavalcante Junior, o acerto prevê a criação de um plano de carreira para a categoria com o pagamento de gratificação cujo valor não foi divulgado, mas que será depositada já nos próximos dias.
As negociações ocorreram na sede do Cindacta-1, em Brasília, onde estavam aquartelados cerca de 120 controladores. O ministro preferiu evitar os jornalistas que esperavam o desfecho da conversa na porta do Cindacta-1 - e também dezenas de parentes dos militares, que levavam roupas e alimentos para os controladores que ainda permaneciam aquartelados.
A decisão de abrir negociação com a categoria e barrar a prisão de 18 sargentos insubordinados foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voava para Washington.
À noite, assim que chegou à capital dos Estados Unidos, onde irá se encontrar com o presidente George W. Bush, Lula telefonou para o vice-presidente, José Alencar, e para e os ministros da Defesa, Waldir Pires, e do Planejamento, Paulo Bernardo. Recomendou que fizessem de tudo para reverter a crise provocada pela paralisação dos controladores de vôo e os lembrou de que o funcionamento do setor aéreo é “uma questão de segurança nacional”.
Mesmo que os controladores voltem ao trabalho, ainda na madrugada deste sábado, os problemas nos aeroportos do país continuarão por alguns dias. Não há um balanço exato da demora para que estes vôos sejam restabelecidos porque a situação é considerada inédita para todos. A estimativa é de que, desde às 18h45 de sexta-feira, quando foi deflagrada a greve dos controladores, cerca de mil vôos foram suspensos em todo o país. O Cindacta 1 responde por 80% do tráfego aéreo do país.
Enquanto a negociação estava acontecendo entre o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e um grupo de rebelados, algumas lideranças dos controladores já preparavam um plano para restabelecer os vôos, o mais rápido possível.
Eles informaram que alguns colegas foram dispensados da mobilização para ficarem descansando e estarem prontos para poderem retomar o serviço, tão logo houvesse um acordo. "Vamos fazer uma força tarefa, trabalhando com três consoles (radares), com dois controladores em cada mesa, de forma que consigamos apressar a normalidade", informou um sargento-controlador.
A greve dos controladores estourou seis meses de queda-de-braço com a Aeronáutica, desde o choque entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, em 29 de setembro. No início da noite desta sexta-feira, os controladores militares se amotinaram e paralisaram 49 dos 67 aeroportos comerciais do País. O movimento começou às 18h50. Só aviões que já estavam no ar foram autorizados a pousar. Nenhuma decolagem era permitida. Cerca de mil vôos haviam sido cancelados.
Chefes militares chegaram a pedir a prisão dos amotinados. A rebelião havia começado ao meio-dia, quando sargentos divulgaram manifesto anunciando greve de fome. Disseram que já não acreditam em seus comandantes e se auto-aquartelaram em vários pontos do País.
{Costa}
Resultados de Pesquisa
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31 de mar. de 2007
Governo cede e controladores de vôo encerram greve
Segundo advogado da categoria, governo prometeu desmilitarização da atividade
AE
BRASÍLIA - Após quase cinco horas de paralisação do tráfego aéreo brasileiro e de caos nos aeroportos, o governo cedeu às reivindicações dos controladores de vôo e fechou com a categoria um acordo que prevê a gradual desmilitarização da atividade.
A informação foi dada no fim da noite desta sexta-feira pelo advogado Normando Augusto Cavalcante Junior, que defende os trabalhadores. Entretanto, nenhum representante do governo havia se pronunciado sobre o resultado da reunião até às 0h30.
Diante da promessa, os controladores se comprometeram a restabelecer a normalidade nos aeroportos a partir da manhã de hoje. “Depois de um dia tenso, com ameaças e arbitrariedades, o governo acabou recuando”, disse o advogado, na saída da reunião de emergência entre representantes da categoria e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Segundo Cavalcante Junior, o acerto prevê a criação de um plano de carreira para a categoria com o pagamento de gratificação cujo valor não foi divulgado, mas que será depositada já nos próximos dias.
As negociações ocorreram na sede do Cindacta-1, em Brasília, onde estavam aquartelados cerca de 120 controladores. O ministro preferiu evitar os jornalistas que esperavam o desfecho da conversa na porta do Cindacta-1 - e também dezenas de parentes dos militares, que levavam roupas e alimentos para os controladores que ainda permaneciam aquartelados.
A decisão de abrir negociação com a categoria e barrar a prisão de 18 sargentos insubordinados foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voava para Washington.
À noite, assim que chegou à capital dos Estados Unidos, onde irá se encontrar com o presidente George W. Bush, Lula telefonou para o vice-presidente, José Alencar, e para e os ministros da Defesa, Waldir Pires, e do Planejamento, Paulo Bernardo. Recomendou que fizessem de tudo para reverter a crise provocada pela paralisação dos controladores de vôo e os lembrou de que o funcionamento do setor aéreo é “uma questão de segurança nacional”.
Mesmo que os controladores voltem ao trabalho, ainda na madrugada deste sábado, os problemas nos aeroportos do país continuarão por alguns dias. Não há um balanço exato da demora para que estes vôos sejam restabelecidos porque a situação é considerada inédita para todos. A estimativa é de que, desde às 18h45 de sexta-feira, quando foi deflagrada a greve dos controladores, cerca de mil vôos foram suspensos em todo o país. O Cindacta 1 responde por 80% do tráfego aéreo do país.
Enquanto a negociação estava acontecendo entre o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e um grupo de rebelados, algumas lideranças dos controladores já preparavam um plano para restabelecer os vôos, o mais rápido possível.
Eles informaram que alguns colegas foram dispensados da mobilização para ficarem descansando e estarem prontos para poderem retomar o serviço, tão logo houvesse um acordo. "Vamos fazer uma força tarefa, trabalhando com três consoles (radares), com dois controladores em cada mesa, de forma que consigamos apressar a normalidade", informou um sargento-controlador.
A greve dos controladores estourou seis meses de queda-de-braço com a Aeronáutica, desde o choque entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, em 29 de setembro. No início da noite desta sexta-feira, os controladores militares se amotinaram e paralisaram 49 dos 67 aeroportos comerciais do País. O movimento começou às 18h50. Só aviões que já estavam no ar foram autorizados a pousar. Nenhuma decolagem era permitida. Cerca de mil vôos haviam sido cancelados.
Chefes militares chegaram a pedir a prisão dos amotinados. A rebelião havia começado ao meio-dia, quando sargentos divulgaram manifesto anunciando greve de fome. Disseram que já não acreditam em seus comandantes e se auto-aquartelaram em vários pontos do País.
{Costa}
Previdência vai bloquear 31 mil pagamentos na 2ª
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai bloquear a partir de segunda-feira, o pagamento de 31.047 benefícios em todo país, cujos segurados são representados por procuradores ou representantes legais. Em Pernambuco 1.491 beneficiários da Previdência Social nesse situação deixarão de receber o benefício de março pago em abril. A medida foi adotada porque esses segurados não foram encontrados pelos recenceadores do INSS nos endereços declarados no recadastramento.
Antes do bloqueio, esses beneficiários foram convocados por edital em fevereiro. Do total de 31.332 chamados pelo INSS, apenas 285 responderam à convocação para a atualização dos dados cadastrais no prazo de trinta dias. A partir deste mês, esses aposentados e pensionistas deixam de receber o benefício previdenciário e só poderão fazer o desbloqueio nas agências da Previdência Social.
A chefe do serviço de manutenção de direitos da gerência do INSS no Recife, Lindaura Lacerda Lima, explica que esses benefíciários deveriam ter comparecido à rede bancária para apresentar a documentação e atualizar os dados. Segundo ela, o bloqueio foi feito pela Previdência Social porque os recenseadores não localizaram esses segurados nos endereços fornecidos pelos procuradores ou representantes legais.
Para desbloquear o benefício, o segurado terá que comparecer a qualquer uma das agências da Previdência e apresentar os documentos de identificação (carteira de identidade e CPF). Segundo Lindaura, caso o beneficiário possa se deslocar até à agência, o desbloqueio poderá ser feito de imediato. No caso dos documentos serem apresentados pelos procuradores será gerada uma nova pesquisa para que os recenseadores visitem o endereço do segurado para fazer a prova presencial. "Só após a confirmação da pesquisa o benefício será liberado", diz.
Censo - Ontem, o MPAS divulgou o balanço do censo previdenciário, cuja primeira etapa foi iniciada em novembro de 2005 e a segunda etapa em maio do ano passado. Na primeira etapa, do total de 2.420.165 benefícios previstos foram recenseados 2.351.226 (97,2%) em todo o país. Em Pernambuco, estava previsto o recadastramento de 110.913 e foram atualizados 107.538 (93,2%). Foram cassados 3.681 benefícios supostamente irregulares no estado.
Na segunda etapa do censo previdenciário, estavam previstos o recadastramento de 14.772.931 benefícios e foram atualizados 13.565.833 (91,8%) no país. Foram suspensos 231.109 benefícios pelo INSS por motivos relacionados ao censo. No estado, do total de 708.927 beneficiários convocados para o censo 638.138 (90%) renovou os dados cadastrais na rede bancária. O INSS registrou a suspensão de 10.294 benefícios motivados pelo recadastramento.
Da Redação do Diario de Pernambuco
{Costa}
Merkel chega à Jordânia em viagem pelo Oriente Médio
>Atual presidente da UE, primeira-ministra se reunirá com rei da Jordânia em conversa sobre resultado da Cúpula da Liga Árabe e dos processos de paz>
EFE
BERLIM - A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, chegou neste sábado, 31, a Ácaba, cidade jordaniana às margens do Mar Vermelho, no início de uma viagem pelo Oriente Médio que incluirá os territórios palestinos, Israel e o Líbano, informaram fontes oficiais jordanianas.
Merkel, que ocupa a presidência rotativa da União Européia (UE), se reunirá com o rei Abdullah II da Jordânia para debater os últimos eventos na região.
Segundo funcionários jordanianos, a previsão é de que as conversas entre os líderes se concentrem na revitalização do processo de paz no Oriente Médio e no retorno de palestinos e israelenses à mesa de negociações.
Merkel e Abdullah II também discutirão os resultados da Cúpula da Liga Árabe realizada nos dias 28 e 29 na Arábia Saudita, assim como a iniciativa árabe de paz relançada pelos líderes no encontro, acrescentaram as fontes.
A iniciativa oferece o reconhecimento de Israel por parte dos Estados árabes, em troca da retirada israelense dos territórios tomados de seus vizinhos na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
O plano também pede a criação de um Estado palestino independente com capital em Jerusalém Oriental e uma solução para o problema de milhões de refugiados palestinos baseada na resolução 194 da Assembléia Geral da ONU, de 11 de dezembro de 1948.
Essa resolução determina que "os refugiados (pela guerra de fundação de Israel) que queiram retornar a suas casas e viver em paz com seus vizinhos devem poder fazê-lo na data previsível mais próxima".
Durante a Cúpula, a iniciativa, aprovada em 2002, voltou a ganhar força e os líderes árabes decidiram lançar uma campanha para divulgar seu conteúdo na comunidade internacional.
{Costa}
MP eleva mínimo a R$ 380 a partir deste domingo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou anteontem medida provisória elevando de R$ 350 para R$ 380 o valor do salário mínimo a partir de 1º de abril. É o que informa a edição deste sábado (31) do jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a reportagem de Tânia Monteiro, são 8,6% de reajuste - acima da inflação registrada desde o aumento anterior.
"Em dezembro do ano passado, em meio a pressões para que elevasse o valor acima dos R$ 380, Lula avisou que não aceitaria mudanças no acerto feito com as centrais sindicais", explica a reportagem.
Na época, o presidente Lula disse que "se alguém tentar extrapolar o limite, eu veto como vetei antes da eleição a demagogia daquele aumento”. Era uma referência ao reajuste de 16% para aposentados que recebem acima do salário mínimo. O aumentou foi proposto pela oposição no Congresso no final de 2006.
A MP, segundo a reportagem, atende ao que foi determinado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que criou regras para os reajustes futuros do mínimo em um acerto com as centrais sindicais. O reajuste do mínimo até 2010 se dará pela inflação apurada no período anual anterior ao reajuste, medida pelo INPC, mais o crescimento real do PIB de dois anos antes.
Por isso, as pressões por valor diferente para o novo mínimo foi a revisão do PIB, divulgada neste mês de março, segundo a matéria. O governo calcula que o aumento do salário mínimo de R$ 350 para R$ 380 injetará R$ 8,5 bilhões na economia neste ano. O novo mínimo terá maior valor real desde 1982, segundo o Palácio do Planalto.
Autor: Congresso em Foco
Fonte: TudoRondonia.com.br
{Costa}
Orkut revela que brasileira vendeu foto com príncipe Willian
Ana Laíse deixou recados a amigos relatando encontro com príncipe em boate
Tahiane Stochero
The Sun/reprodução
Ana Laíse Ferreira com o príncipe Willian
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¤ Foto de príncipe William com brasileira causa polêmica
SÃO PAULO - Recados deixados na página do Orkut de uma amiga da brasileira Ana Laíse Ferreira mostram que a pernambucana de 18 anos vendeu para o The Sun a foto publicada na capa do jornal inglês nesta terça-feira, na qual o príncipe Willian é flagrado "apalpando" os seios da estudante.
Ana Laíse encontrou Willian na casa noturna Elements, em Bournemouth e, acompanhada de uma amiga, que é identificada nos scraps no Orkut como "Cecília", pediu para tirar uma foto com o príncipe. A data na imagem é da noite do dia 22 de março de 2007.
À outra amiga identificada apenas como JaaDinHaa.OhaNa, em um recado postado na manhã de 26 de março, Ana Laíse diz que vendeu a foto para o Sun que, segundo ela, "é o mais famoso daqui" (Reino Unido), e que teria recebido "mó grana" pela venda.
No texto original da mensagem ela escreveu:
Orkut/reprodução
Recado de Ana revela venda da foto
O Sun, um dos mais polêmicos tablóides britânicos, diz em seu site que uma reportagem de capa do jornal pode valer "milhares de libras". Atualmente, uma libra esterlina vale R$ 4,05.
Ao jornal, com fama de sensacionalista, a estudante de relações internacionais diz: "Eu estava um pouco bêbada, mas senti alguma coisa roçando nos meus seios. Eu pensei que não poderia ser o futuro rei, mas agora que vi a foto não me surpreende que ele tivesse um sorriso nos lábios”.
“Ele tem grandes mãos másculas e certamente sabe o que fazer com elas", acrescenta ela.
William, 24 anos, é filho do príncipe Charles e da princesa Diana, que morreu em 1997. Ele é o segundo na linha de sucessão ao trono do Reino Unido e namora a britânica Kate Middleton.
Injúrias e provocações
Após a reprodução da foto por sites brasileiros, Ana Laíse começou a receber milhares de mensagens do Orkut que a condenação por ter passado a foto ao jornal. A maioria dos homens pede para que a estudante os deixasse fazer o que o príncipe Willian fez, a convida para sair ou faz propostas.
As mulheres, no entanto, a condenavam pela divulgação da foto, utilizando palavrões e chamando-a de "piranha" por estar "estragando a popularidade do Brasil".
"Pode ganhar a grana dela sem ter q levar o nome do Brasil q já é tão mal visto" (sic), diz em comentário a paulista Cláudia.
As amigas inglesas tentam defendê-la nos scraps, provocando os homens e dizendo que ela está na Inglaterra para estudar e "ganhar a grana". "D" é uma das mais assíduas da página da amiga e deixa o recado: "Vai todo mundo tomar no cuuuu...To aqui apenas expressando a minha opiniao.Nao sou puta, muito menos vadia... Mas pelo menos nao sou FALSA MORALISTA. Por isso que Brasileiros como vcs so se fodem. Ela tah na EUROPA, ganhando a grana dela.Saiu pra balada, bebeu um pouco a mais. E Dai se foi apalpada. Todo mundo e apalpado um dia".
Um dos internautas mexeu tanto nas fotos de amigos de Ana Luise que encontrou uma foto na qual ela está na piscina com uma amiga e põe a foto à venda, questionando "quanto vale a foto dela pegando o peito da outra...quero vender".
Privacidade
As conversas com amigos mostram que a estudante não se preocupou, antes da divulgação da foto, com a repercussão que ela teria. Contudo, depois que a foto foi exposta no mundo inteiro, Ana Laíse começou a apagar recados deixados para a irmã e para amigos nos quais tratava do encontro com Willian e da foto.
Em 24 de março, a jovem revelou a história à sua irmã, Diana Herculano. No Orkut, Ana pede que Diana não mande para ninguém a foto, pois "tenho que legalizá-la, confirmando que fui eu e a Cecília que tirou" (sic). "Pois e minah fia hehehehehe FTO COM O PRINCIPE WILLIANS kkkk se tu veh a foto ele boto a mao no mu peito" (sic), diz a estudante.
A jovem também pediu nesta terça a amigos próximos que não aceitem ser amigos no site de relacionamentos de outras pessoas e que não respondam emails sobre ela. Um dos amigos que recebe o scrap de alerta é Andrew, que também mora em Bournemouth. Em inglês, Ana Luise diz: "Andrew if sumone try to add u dont accep pls are just ppl waiting to know about me thanx" (sic).
{Costa}
Motim de controladores paralisa aeroportos brasileiros
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - Um motim de controladores de vôo paralisou os aeroportos do país na sexta-feira, em mais um capítulo da crise no setor aéreo. O motim se estendeu até o início da madrugada deste sábado, quando foi fechado um acordo entre os militares e o governo.
Decolagens foram suspensas em todos os aeroportos a partir das 18h44, segundo a Infraero, gerando aglomerações de passageiros, horas depois de controladores de vôo militares iniciarem um protesto.
Até perto da meia-noite, 107 vôos haviam sido cancelados no Aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do país, informou a Infraero.
Em comunicado, a TAM orientou passageiros a adiar suas viagens e informou que os clientes estariam isentos de taxas de remarcação.
A bordo do avião em que viajava para os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado da greve e deu orientação à Aeronáutica para que "conversasse" com os grevistas, informou o Palácio do Planalto.
O advogado Normando Cavalcanti, que representa os controladores, disse que o "aquartelamento voluntário" era um "protesto contra perseguições pelo Comando da Aeronáutica".
>DESMILITARIZAÇÃO<
O motim só foi encerrado já na madrugada de sábado, quando o Palácio do Planalto divulgou que havia sido fechado um acordo entre o governo e os controladores. Assinaram o acordo com os militares o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
Pelo acordo, não haverá punições aos amotinados e serão abertas negociações para a desmilitarização, ao menos parcial, do sistema de controle do tráfego aéreo brasileiro.
O governo também se comprometeu a negociar um aumento na remuneração dos controladores militares e civis.
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, informou que os controladores voltaram ao trabalho, mas disse que não tinha condições de prever quando o tráfego aéreo voltará à normalidade.
Segundo Martins, a negociação com os controladores foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O presidente determinou que se restabelecesse a normalidade, pois se tratava de um gravíssimo problema de segurança nacional. O essencial era voltar à normalidade e que se abrisse para isso uma negociação", disse o ministro a jornalistas.
A promotora da Justiça Militar, Ione de Souza Cruz, disse que o movimento dos controladores de vôo militares, segundo ela entre 80 e 90 "que se recusavam a cumprir a tarefa de controlar o tráfego aéreo", caracteriza "recusa de obediência individual, desacato e motim".
Ela disse que pedirá a abertura de um inquérito militar, mas o acordo fechado com o governo garante que não haverá punições.
O ministro da Comunicação Social acrescentou que o presidente Lula telefonou de Washington para o vice-presidente José Alencar e para o ministro da Defesa, Waldir Pires, para determinar o estabelecimento das negociações.
Pires estava no Rio no momento em que as decolagens foram interrompidas e não participou diretamente das negociações com os controladores.
>SINDICATO<
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, que representa os funcionários civis, divulgou na tarde de sexta-feira manifesto criticando as condições de trabalho da categoria, denunciando perseguições e afirmando que os equipamentos de controle de tráfego não são confiáveis.
"Chegamos ao limite da condição humana, não temos condições de continuar prestando esse serviço (...) Não confiamos nos nossos equipamentos e não confiamos nos nossos comandos", afirma o manifesto.
Após reunião de cinco horas durante a tarde com autoridades do setor aéreo, o ministro da Defesa, Waldir Pires, disse desconhecer a greve dos controladores e afirmou que os militares que exercem essa função devem estar atentos "às suas responsabilidades".
Pires não apresentou solução para a crise do setor aéreo, desencadeada a partir do maior acidente da aviação brasileira, com um avião da Gol, que matou 154 pessoas há seis meses.
Em outubro passado, uma operação-padrão por parte dos controladores, pressionados pelas críticas que receberam depois do acidente com o avião da Gol, causou atrasos nos vôos em todo o país.
Além disso, panes em equipamentos no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, também provocaram cancelamentos de vôos e caos nos aeroportos.
Na quinta-feira, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar em mandado de segurança dos partidos de oposição para desarquivar a CPI do apagão aéreo.
Criada por requerimento da oposição, a CPI chegou a ser admitida pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mas foi arquivada por decisão da maioria do plenário da Casa.
(Por Ricardo Amaral e Natuza Nery, em Brasília, Tatiana Ramil, Sérgio Spagnuolo e Fabio Murakawa)
{Costa}
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