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3 de mai. de 2007

Mudança de regras na Bolívia fez Petrobras devolver campo

Governo de Evo tentou esconder decisão que pode ser encarada como fracasso
Ruth Costas
LA PAZ - O governo boliviano bem que tentou esconder o que pode ser encarado como o primeiro fracasso do decreto de nacionalizações, mas o contrato relativo à concessão da Petrobras para explorar petróleo e gás no campo de Irenda, no sul da Bolívia, não estava entre os documentos firmados na quarta-feira, 2, pela YPFB com as empresas estrangeiras.
A assinatura dos novos documentos marcou a entrada em vigor dos novos contratos com multinacionais petrolíferas que consolidam a nacionalização do setor decretada há um ano pelo presidente Evo Morales.
A estatal brasileira devolveu em janeiro ao governo boliviano a concessão para exploração de petróleo e gás neste campo porque com as regras estabelecidas pelos novos contratos ele deixou de ser atrativo, de acordo com Fernando Borges, gerente de Exploração e Produção da Petrobras na Bolívia.
A decisão foi comunicada ao governo na época, mas não foi divulgada porque poderia ser tomada como a primeira prova de que os encargos criados pelos novos contratos podem inviabilizar os investimentos em alguns blocos exploratórios. Na quarta, no final da tarde, o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia admitiu a devolução.
Aposta arriscada
A aposta em campos novos, como o de Irenda, é arriscada porque nem sempre os investimentos em prospecção são compensados. Após muito tempo de busca na região, a Petrobras não encontrou sinais de reservas significativas de gás natural neste bloco e, como nos novos contratos as garantias de lucro são limitadas, preferiu abandoná-lo para investir nos campos antigos, onde as reservas de gás e petróleo são seguras.
"Quando adquirimos a concessão, os royalties eram de 18%", disse Borges. "Os novos contratos subiram essa taxa para 50%, o que fez com que ele perdesse a atratividade." Com isso, o número de contratos firmados na quarta seria de 43 - e não 44 como foi divulgado, embora assessores do presidente da YPFB dissessem desconhecer a mudança até quarta à noite.
Borges, que pela manhã representou a Petrobras na cerimônia na qual foram protocolados os novos contratos em La Paz, disse que a estatal manterá os trabalhos em outros poços e ainda pretende aumentar seus investimentos no país.
Negociações
A negociação sobre as outras refinarias da Petrobras na Bolívia parece ter avançado pouco. Logo após a cerimônia, o presidente da YPFB, Guillermo Aruquipa, disse que a Bolívia poderia estar interessada numa sociedade na gestão das instalações (a YPFB ficaria com 50% mais 1 das ações). "É o que está previsto no decreto de nacionalizações", disse ele.
Segundo o gerente da Petrobras, porém, a YPFB estaria pressionando pelo controle total. "Parece que a YPFB está interessada em um pacote maior (do que os 50% mais 1) e nossa condição é um preço justo por todo o trabalho feito e todos os investimentos realizados", disse Borges, acrescentando que a estatal brasileira "não descarta" recorrer à arbitragem internacional para resolver a questão. A Petrobras tem 90 dias para apresentar à YPFB seus planos de desenvolvimento e investimento na Bolívia.
{Costa}

Aécio pede aproximação de Estados e governo federal

Agencia Estado
A exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador mineiro Aécio Neves (PSDB), voltou a defender a aproximação dos governadores estaduais com o governo federal. "Independente de alianças e disputas futuras, o Brasil tem que superar essas atitudes absolutamente retrógradas, e eu diria quase tupiniquim", afirmou.
Para o governador mineiro, as críticas que vem sendo feitas por alguns representantes do setor político, de que a oposição não deve conversar com o governo central, "não tem sentido em um País como o nosso". Aécio apontou ainda que as discussões em torno de uma agenda de País não significa se submeter a nada. "Só os fracos é que devem temer este tipo de conversa", declarou.
O governador mineiro garantiu também que o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, que recentemente se encontrou com o presidente Lula, em Brasília, continuará tendo este tipo de conversa com o governo. Para Aécio, a aproximação é considerada importante para avançar no reposicionamento dos Estados e municípios para novos investimentos.
"Isso não significa abdicar de posições. O Brasil está suficientemente maduro para este tipo de conversa", ressaltou. E acrescentou, em seguida, reforçando o clima de amigo entre Lula e o governador mineiro: "Quando essa conversa é entre o presidente Lula e o Aécio, essa conversa é mais fácil, porque somos amigos", concluiu.
O presidente Lula e o governador mineiro seguiram para um almoço numa fazenda próxima à Exposição Internacional de Gado Zebu 2007- Expozebu, onde participaram da cerimônia de abertura. Depois, Lula e Aécio seguem para Uberlândia onde participam da inauguração de uma Usina Hidrelétrica.
{Costa}

Aécio pede aproximação de Estados e governo federal

Agencia Estado
A exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador mineiro Aécio Neves (PSDB), voltou a defender a aproximação dos governadores estaduais com o governo federal. "Independente de alianças e disputas futuras, o Brasil tem que superar essas atitudes absolutamente retrógradas, e eu diria quase tupiniquim", afirmou.
Para o governador mineiro, as críticas que vem sendo feitas por alguns representantes do setor político, de que a oposição não deve conversar com o governo central, "não tem sentido em um País como o nosso". Aécio apontou ainda que as discussões em torno de uma agenda de País não significa se submeter a nada. "Só os fracos é que devem temer este tipo de conversa", declarou.
O governador mineiro garantiu também que o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, que recentemente se encontrou com o presidente Lula, em Brasília, continuará tendo este tipo de conversa com o governo. Para Aécio, a aproximação é considerada importante para avançar no reposicionamento dos Estados e municípios para novos investimentos.
"Isso não significa abdicar de posições. O Brasil está suficientemente maduro para este tipo de conversa", ressaltou. E acrescentou, em seguida, reforçando o clima de amigo entre Lula e o governador mineiro: "Quando essa conversa é entre o presidente Lula e o Aécio, essa conversa é mais fácil, porque somos amigos", concluiu.
O presidente Lula e o governador mineiro seguiram para um almoço numa fazenda próxima à Exposição Internacional de Gado Zebu 2007- Expozebu, onde participaram da cerimônia de abertura. Depois, Lula e Aécio seguem para Uberlândia onde participam da inauguração de uma Usina Hidrelétrica.
{Costa}

Ao lado de Aécio, Lula defende governo e oposição próximos

Presidente quer entendimento, o que, segundo ele, não impede divergências Raquel Massote Dida Sampaio/AE Lula, ao lado de Aécio, voltou a defender um clima de entendimento UBERABA, Minas - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a defesa de um clima de entendimento entre oposição e governo. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 3, Lula disse estar convencido que a oposição é saudável e importante para o processo democrático, mas que isso não impede que as divergências sejam negociadas. "Tudo aquilo que estiver ao alcance do governo federal para flexibilizar a situação dos Estados, inclusive a capacidade de endividamento, nós vamos fazer", afirmou Lula, ressaltando que ele, enquanto presidente, e os demais governadores têm responsabilidades administrativas. Lula, que estava ao lado do governador mineiro Aécio Neves (PSDB) durante a entrevista, negou que a aproximação com a oposição tenha algum objetivo relacionado às eleições de 2010. "Em 2010 eu não sou candidato a nada. Tenho uma relação de amigo com o Aécio e quero manter esta relação", declarou. Questionado sobre a pauta de reivindicações apresentadas pelos governadores, na última reunião realizada em março, em Brasília, Lula afirmou que um novo encontro deve ser programado para final do mês de maio, quando será mostrado "o que foi possível acertar". O presidente disse, ainda, considerar normal que os governos estaduais reivindiquem "cada vez mais", da mesma forma que os prefeitos para os respectivos governos estaduais e os munícipes para os prefeitos. Por isso, ressaltou ele, o governo federal lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevendo investimentos de mais de R$ 500 bilhões. "Nós temos interesse de fazer coisas para os governos estaduais. E queremos que os governos estaduais tenham possibilidades de investimento", disse. Ao encerrar a entrevista coletiva, Lula emendou, em recado aos governadores: "Nós estamos no começo do mandato, mas os governadores vão ganhar nesta parceria que estamos fazendo"
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Aécio: ´somos amigos.´ A exemplo do presidente, o governador mineiro Aécio Neves (PSDB), também voltou a defender a aproximação dos governadores estaduais com o governo federal. "Independente de alianças e disputas futuras, o Brasil tem que superar essas atitudes absolutamente retrógradas, e eu diria quase tupiniquim", afirmou. Para o governador mineiro, as críticas que vem sendo feitas por alguns representantes do setor político, de que a oposição não deve conversar com o governo central, "não tem sentido em um País como o nosso". Aécio apontou ainda que as discussões em torno de uma agenda de País não significa se submeter a nada. "Só os fracos é que devem temer este tipo de conversa", declarou. O governador mineiro garantiu também que o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, que recentemente se encontrou com o presidente Lula, em Brasília, continuará tendo este tipo de conversa com o governo. Para Aécio, a aproximação é considerada importante para avançar no reposicionamento dos Estados e municípios para novos investimentos. "Isso não significa abdicar de posições. O Brasil está suficientemente maduro para este tipo de conversa", ressaltou. E acrescentou, em seguida, reforçando o clima de amigo entre Lula e o governador mineiro: "Quando essa conversa é entre o presidente Lula e o Aécio, essa conversa é mais fácil, porque somos amigos", concluiu. O presidente Lula e o governador mineiro seguiram para um almoço numa fazenda próxima à Exposição Internacional de Gado Zebu 2007- Expozebu, onde participaram da cerimônia de abertura. Depois, Lula e Aécio seguem para Uberlândia onde participam da inauguração de uma Usina Hidrelétrica. {Costa}

2 de mai. de 2007

Bispos criticam política econômica do Governo

D. Geraldo Magella segura imagem de N. S. Aparecida ao lado de d. Odilo Scherer (Foto: Eliandro Figueira/AE)
Em mensagem aos trabalhadores divulgada ontem, no Dia do Trabalho, bispos reunidos em Itaici, Indaiatuba, a 125 quilômetros de São Paulo, durante a 45ª Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criticaram a política econômica do atual governo e afirmaram no documento que privilegiar o pagamento de juros da dívida pública significa comprometer um orçamento capaz de atender às necessidades básicas dos trabalhadores e o desenvolvimento do País.
"Reconhecemos que algumas políticas públicas têm proporcionado transferência de renda, oferta de novos postos de trabalho, recomposição do poder de compra do salário mínimo. Preocupam-nos, no entanto, a persistência do desemprego, o subemprego, a informalidade, o trabalho infantil, as migrações internas e para outros países", também publicaram os bispos no documento.
A assembléia geral da CNBB vai até o dia 9, quando devem ser escolhidos os novos presidente, vice-presidente e secretário-geral da conferência e os temas que serão levados à 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, que vai de 13 a 31 deste mês e será aberta pelo papa Bento XVI.
O bispo de Ilhéus (BA), d. Mauro Montagnoli, afirmou que falta ainda vontade política para a realização de uma reforma agrária justa e eficaz. "A Igreja é a favor dessa reforma e tem marcado presença no sentido de apoiar e insistir que ela ocorra. A Justiça tem contribuído para dificultar isso. Vemos centenas de trabalhadores acampados. Falta vontade política para a realização dessa reforma", criticou.
Arcebispo de Vitória da Conquista (BA) e um dos vice-presidentes do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), d.Geraldo Lyrio, Rocha disse que a reforma agrária não basta. "Há um descaso em relação às famílias assentadas. Não basta dar posse de terra se não há condições de desenvolvimento agrícola, produção orientada e escoamento dessa produção.
" Bem cotado para a eleição da CNBB, d. Geraldo afirmou que não disputa poder. "Todos os bispos aqui são candidatos e eleitores. Ninguém se lança candidato. As eleições aqui têm uma dinâmica diferente das disputas de cargos públicos porque são outras motivações", afirmou d.Geraldo. (das agências)
{Costa}

Confronto entre jovens e polícia fere 40 pessoas em Madri

Jovens comemoravam o 2 de maio, dia em que população lembra o levante contra o Exército francês de Napoleão Bonaparte em 1808; confronto durou duas horas
Efe
MADRI - Mais de 40 pessoas foram feridas nos distúrbios de terça-feira à noite no bairro de Malasaña, em Madri, onde a Polícia enfrentou jovens que comemoravam a tradicional festa de 2 de Maio.
Entre os feridos, em sua maioria com contusões leves, há um policial que quebrou um braço e sofreu múltiplas contusões, informaram fontes do serviço municipal de emergência.
As outras pessoas afetadas foram jovens de 19 a 25 anos, que foram atendidos no hospital de campanha instalado perto do local dos distúrbios.
Segundo presenciou a Efe, as forças de segurança detiveram pelo menos 10 jovens.
Malasaña é um bairro popular do centro de Madri, onde há vários locais para lazer. No dia 2 de maio, a população lembra o levante contra o Exército francês de Napoleão Bonaparte, em 1808.
Na noite anterior, cerca de 12 jovens foram detidos por opor resistência a policiais que tentavam esvaziar as ruas. A Polícia procurava evitar que, após o fechamento das casas noturnas, a praça 2 de Mayo se tornasse palco de um "botellón" ("garrafão"), concentração na rua para beber álcool.
Os jornais locais falam de uma "batalha campal", na qual as forças policiais atacaram os jovens, que atiravam vários objetos.
Latas de lixo foram arrancadas e queimadas, canteiros de obra incendiados e transformados em barricadas, cabines de telefone derrubadas. Vidros, tijolos e paralelepípedos se amontoavam nas ruas após o confronto, que durou duas horas.
O prefeito da cidade, Alberto Ruiz-Gallardón, afirmou que a intervenção da polícia foi "correta e proporcional" para evitar que os jovens desobedecessem a norma que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas na rua.
{Costa}