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8 de mai. de 2007

Recorde anima montadoras a elevar produção

O novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, anuncia hoje mais um recorde de produção da indústria automobilística, referente ao primeiro quadrimestre deste ano. As montadoras trabalham em ritmo acelerado, inclusive com a abertura de novos turnos, graças ao forte crescimento nas vendas de veículos para o mercado doméstico. O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, lançou um desafio ao setor: alcançar 5 milhões de unidades produzidas por ano até 2010. No ano passado, a indústria brasileira alcançou 2,6 milhões de unidades. Para este ano, estão previstos cerca de 2,8 milhões. Seria necessário, portanto, praticamente dobrar a produção anual das montadoras nos próximos três anos.
Mas para Cledorvino Belini, presidente da Fiat Automóveis, não se trata de um desafio inalcançável. “5 milhões é um número bom, mas somando os mercados brasileiro e argentino. Eliminando alguns gargalos nas montadoras é possível chegar a esse volume de veículos produzidos com facilidade”, diz.
Somados, os mercados automotivos brasileiro e argentino produziram no ano passado 3,04 milhões de unidades. Nos três primeiros meses do ano, o crescimento na produção dos dois mercados foi de 6%, em comparação ao mesmo período do ano passado, alcançando 752,6 mil unidades. Mas as empresas estão trabalhando para ampliar a produção, uma vez que as vendas locais estão crescendo na casa dos dois dígitos, tanto no Brasil quanto na Argentina.
A Renault iniciou recentemente um segundo turno de produção, visando o lançamento de seu novo modelo para o mercado doméstico, o compacto Logan. Ele também será vendido na Argentina. Há ainda a expectativa do anúncio de produção de uma picape a partir do ano que vem, em parceria com a Nissan. A expectativa da montadora francesa, em função do aquecimento do mercado doméstico, é fechar o ano com um incremento de 63,4% na fabricação de veículos em São José dos Pinhais (PR), alcançando 111,7 mil unidades.
A Fiat recentemente ampliou a produção de sua planta em Betim (MG), que agora trabalha nas 24 horas do dia. A decisão foi tomada por causa da forte demanda no mercado local, que gerou a falta de alguns modelos nas concessionárias. Ainda há casos de fila de espera pelos modelos mais procurados. No mês passado foram contratados mais 1,2 mil funcionários, elevando a produção para 2,6 mil veículos por dia, podendo chegar a 3 mil unidades diárias. Em 2006, a Fiat produziu 562 mil carros e agora trabalha com a meta de repetir o recorde histórico de 1997, de 619 mil.
Um novo turno também foi aberto na Iveco, fabricante de veículos pesados do grupo Fiat. Belini conta ainda que, caso esgote a capacidade de produção da planta de Betim (MG), a empresa ainda possui uma fábrica em Sete Lagoas (MG) e em Córdoba, na Argentina, se surgirem novos projetos e investimentos .
Mas ele ressalta que, para alcançar este número, algumas medidas precisam ser tomadas pelo governo. Uma delas é a mudança da cobrança tributária. “De cada três veículos que produzimos, um fica com o governo em forma de impostos”, diz Belini. O presidente sugere que esta cobrança seja transferida para o uso do veículo, de forma gradativa. A medida é aprovada por Schneider. “A estrutura tributária pode ser calcada no uso do veículo, e não na produção, como é feito hoje. Isso geraria mais empregos para o setor”, diz o presidente da Anfavea.
Forte crescimento
Segundo dados preliminares da Anfavea, de janeiro a abril foram comercializados 671,3 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, 22,4% a mais que o registrado em igual período de 2006. Empresários do setor creditam este crescimento à estabilização da economia, ao aumento de renda do brasileiro e às facilidades do financiamento (leia texto ao lado, nesta página).
Este crescimento deverá se sustentar pelo menos até o final do segundo trimestre, avisam os fornecedores de matéria-prima. “Até junho haverá demanda alta. Não vejo sinais de desaquecimento nos pedidos para o setor automotivo”, diz Christiano Freire, presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). A venda dos distribuidores bateu recorde no primeiro trimestre, ficando 20% acima da do mesmo período do ano passado. Freire conta que o setor que mais puxou este aumento foi o automotivo: “Ficou acima dos 20%. Está mais forte do que os demais”.
Os distribuidores costumam fornecer aço para as empresas de autopeças, enquanto as montadoras compram diretamente das usinas. Mas as próprias usinas encontram dificuldades em atender ao aumento da demanda. “A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) está com a carteira de pedidos lotada. Tanto que atualmente prioriza o atendimento às montadoras e tem dificuldade de atender aos distribuidores”, conta Freire.
RankingNo primeiro quadrimestre a Fiat manteve a sua liderança no mercado doméstico, com 25,1% dos veículos comercializados. A Volkswagen ampliou a distância na vice-liderança, com 23,5% de participação, enquanto a General Motors (GM) possui 21,4% dos veículos comercializados no mercado doméstico. Na quarta posição aparece a Ford — que em abril bateu recorde de vendas, com 20,6 mil unidades comercializadas —, com 11,7%. Da quarta à oitava colocação a briga está apertada: Toyota tem 3,4%, Honda 3,3%, mesma participação da Peugeot, e a Renault possui 3,2% de market share.
{Costa}

Bradesco tem lucro de R$ 1,7 bilhão puxado pelo crédito

Ganho no primeiro trimestre do ano corresponde a um crescimento de 11,4% em 12 meses. O Bradesco, maior banco privado brasileiro, registrou no primeiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, o que representa um crescimento de 11,4% em doze meses, e 5,2% sobre o último trimestre de 2006.
Ganho no primeiro trimestre do ano corresponde a um crescimento de 11,4% em 12 meses. O Bradesco, maior banco privado brasileiro, registrou no primeiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, o que representa um crescimento de 11,4% em doze meses, e 5,2% sobre o último trimestre de 2006. Foi o 13 trimestre consecutivo de aumento do lucro, novamente puxado pelas operações de crédito, que cresceram 20,2% em um ano e 5,5% desde dezembro, para R$ 101,47 bilhões, excluindo avais e fianças. Desta vez, porém, a demanda maior veio de empresas, segmento no qual o banco cresceu 8,2%.
O presidente do banco, Márcio Cypriano, admite que essa alta foi fortemente influenciada pelo empréstimo de R$ 1,1 bilhão para a Usina Vale do Rosário, mas nota que o ambiente econômico está muito favorável, o que deve continuar estimulando a procura de crédito por parte de empresas, principalmente as pequenas e médias.
Cypriano diz estar atento às negociações de venda do holandês ABN Amro, que podem ter reflexos importantes no ranking brasileiro de bancos, uma vez que o ABN é dono do Real, o terceiro maior entre os privados por volume de ativos, com R$ 131,3 bilhões. O Bradesco, com R$ 281,9 bilhões, pode ter sua liderança ameaçada dependendo de quem ficar com o Real. Mas por enquanto o presidente do Bradesco revela apenas planos de crescimento orgânico: a meta do banco para este ano é conquistar 2,5 milhões de clientes e abrir entre 120 e 140 agências, informou.
O presidente do banco disse também que a integração com a plataforma do recém-comprado BMC será concluída nos próximos meses, o que deve ajudar a dar maior fôlego aos empréstimos de crédito consignado. Cypriano acredita que tem muito espaço para crescer nesse segmento, que ainda representa apenas 39% da sua carteira de crédito pessoal, ante 55% da média do mercado.
O executivo também espera uma maior competição no crédito imobiliário, em cartões de crédito e na área de seguros e previdência. No primeiro caso, o banco se diz preparado para emprestar mais de R$ 3 bilhões neste ano, 50% acima do realizado em 2006. Outra frente onde o banco continuará investindo é a das parcerias com o varejo: além das 23 atualmente em vigor, o Bradesco negocia outras seis para breve, a maioria com redes regionais. Intensificação de acordos e fechamento de novos também devem ajudar o banco a crescer a carteira de veículos onde, junto com a sua controlada Finasa, detém 23,5% do mercado, disse
Em relação aos cartões, o Bradesco afirma que tem hoje 18,8% do mercado, com 19,7 milhões de plásticos (dos quais 13,9 milhões com as bandeiras Visa, Mastercard e Amex). Apesar de ter investido mais de R$ 1 bilhão em março do ano passado na compra da American Express, voltada para clientes de alta renda, o banco acredita que a grande oportunidade está nas classes mais baixas, onde pretende crescer este ano mais do que a média de 20% esperada pelo mercado. A carteira total de crédito do banco cresceu R$ 6,1 bilhões nos últimos três meses: R$ 3,2 bilhões em operações com empresas e R$ 5,2 bilhões com pessoas físicas (o resto são avais e fianças.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Léa De Luca)
{Costa}

Petrobras dá prazo de três dias para Bolívia comprar refinarias

EXÉRCITO boliviano em invasão à refinaria da Petrobras na época do anúncio da nacionalizaçã
Presidente da Petrobras faz oferta final para a venda das duas refinarias da estatal brasileira na Bolívia, nacionalizadas pelo governo de Evo Morales. Até o momento, as negociações entre as partes incluíam a possibilidade da Petrobras manter participação minoritária nos empreendimentos
Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, engrossou ontem o tom até agora nas negociações com a Bolívia em relação às duas refinarias da estatal, nacionalizadas pelo governo de Evo Morales em outubro do ano passado. Ele informou que faria a oferta final de venda de 100% das refinarias à Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) - empresa estatal de petróleo da Bolívia, e disse que espera uma definição em um prazo de dois ou três dias. "Vamos fazer a oferta final hoje (ontem) para a venda das duas refinarias...caso não tenha acordo vamos às cortes internacionais e iremos também entrar, na medida do possível, na Justiça boliviana", disse Gabrielli, em entrevista coletiva.
A decisão de vender 100% das refinarias na Bolívia foi tomada após a publicação de decreto pelo governo boliviano, assinado no último domingo, 6, no qual a estatal YPFB assumiu o monopólio sobre a exportação e a comercialização de petróleo bruto reconstituído e gasolina branca. Segundo Gabrielli, a opção anterior era permanecer na Bolívia como minoritário, mas a publicação do decreto "tornou inviável a permanência da Petrobras na Bolívia".
Ele explicou que a Petrobras fará os investimentos que estão previstos no contrato de exploração e produção assinado com a Bolívia, que garante o fornecimento de gás para a Petrobras de até 24 milhões de metros cúbicos diários até 2019, podendo atingir 30 milhões de metros cúbicos. No entanto, Gabrielli disse que investimentos adicionais serão analisados mais cuidadosamente e a Petrobras exigirá uma taxa de retorno mais alta.
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, resumiu a estratégia da Petrobras em duas opções: a primeira é a venda de 100% dos ativos das refinarias que, segundo ele, podem ser assumidos por alguma outra empresa, como a PDVSA (estatal venezuelana), que queira operar com uma margem tão estreita; e a segunda é não ter acordo no preço mínimo e a Petrobras recorrer à corte de arbitragem. O problema é que, embora fosse membro do Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (Ciadi) desde 1995, a Bolívia oficializou, na semana passada, sua retirada do organismo do Banco Mundial de resolução de conflitos comerciais entre nações.
Gabrielli evitou falar "em risco Bolívia", mas admitiu que "existe um risco regulatório na Bolívia" que dificulta a realização de negócios no país. Ele afirmou também que não existe nenhuma ameaça por parte da Bolívia de interromper o fornecimento de gás para o Brasil. Uma fonte da empresa informou à Agência Estado que a oferta da Petrobras para venda integral das ações das duas refinarias na Bolívia deve ficar entre US$ 120 milhões e US$ 160 milhões. O valor é bem inferior ao original que, segundo informações de mercado, girava em torno dos US$ 200 milhões. A Bolívia havia anunciado estar disposta a pagar em torno de US$ 50 milhões. (das agências)
{Costa}

Cem detidos em novos confrontos com a polícia

Pela segunda noite consecutiva, centenas de jovens manifestaram-se contra o novo presidente, Nicolas Sarkozy.
França
Mais de cem pessoas foram detidas segunda-feira à noite, em Paris, na sequência de mais confrontos entre a polícia e grupos de opositores ao novo presidente francês, Nicolas Sarkozy. Entre 300 a 400 jovens concentraram-se na Praça da Bastilha e começaram a partir montras e a destruir cabinas telefónicas, motas e carros. A polícia interveio em força e os confrontos começaram.
Muitos dos jovens levados para os veículos da polícia exibiam cartazes em que proclamavam a oposição ao novo presidente francês. Esta foi a segunda noite consecutiva de violência em Paris. Actos semelhantes aconteceram também noutras cidades. Na noite de domingo, 730 carros foram incendiados e 78 polícias ficaram feridos durante confrontos com manifestantes.
{Costa}

Teologia da Libertação ainda incomoda a Igreja

Agencia Estado

No dia 15 de março, a Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício) anunciou no Vaticano a suspensão do padre jesuíta Jon Sobrino, basco que reside em El Salvador desde 1958 - e um dos expoentes da Teologia da Libertação na América Latina. O teólogo foi proibido de dar aulas, proferir palestras e publicar textos, por causa de posições que tem defendido em seus livros sobre cristologia. Ele teria empobrecido a figura de Cristo, reduzindo seus valores divinos, com intenção de aproximá-lo mais dos pobres.

Anunciada a menos de dois meses da visita do papa Bento XVI ao Brasil, prevista para esta semana, a sentença foi vista como um recado aos leigos, freiras, padres e bispos que seguem essa linha teológica no continente. Foi também um sinal de como deve se desenrolar a 5.ª Conferência Episcopal Latinoamericana (Celam) - o principal motivo da visita do papa ao Brasil. Mais do que isso tudo, porém, sinalizou que a Teologia da Libertação, apesar de desestimulada há mais de três décadas pelo Vaticano, com exortações, documentos e punições, ainda tem força e incomoda a direção da Igreja.

"A Teologia da Libertação ainda é a linha hegemônica no clero brasileiro e de boa parte da América Latina e isso é visto como uma grande dificuldade para o Vaticano", observa o professor Luiz Felipe Pondé, do Departamento de Teologia da PUC-SP. "Uma das razões dessa hegemonia é o fato de outras correntes não terem boa produção teológica. No Brasil, a maior parte das pessoas que produzem trabalhos nessa área são da Teologia da Libertação.

"O teólogo Paulo Suess, que lamentou a punição de Sobrino, aponta outra razão para a permanência dessa linha de pensamento: ela permitiria ver com mais clareza os sinais de Deus nos tempos. "Esses sinais não surgem dentro da Igreja, como acreditam alguns mas fora dela, no meio da sociedade, na realidade do povo", diz ele. "Nas últimas décadas, a pobreza na América Latina aumentou, em vez de diminuir. A Teologia da Libertação, que faz a opção preferencial pelos pobres, marginalizados e excluídos, vê esta realidade com mais clareza e por isso é mais contemporânea.

"Um indicador recente de como os seguidores dessa linha permanecem organizados foi a reação à condenação de Sobrino. Ouviram-se protestos desde pequenas comunidades eclesiais de base (CEBs) no interior do Pará a congregações religiosas. Os Missionários Combonianos do Coração de Jesus da Província Brasil Nordeste divulgaram uma carta indignada, lamentando "que boa parte da hierarquia da Igreja Católica demonstra uma grande preocupação com a ortodoxia, mas, ao que parece, pouco se importa com a ortopráxis, que é a vivência da consciência evangélica da qual nasce a opção preferencial pelos pobres.

"Em seu longo pontificado, entre 1978 e 2005, João Paulo II tomou o cuidado de não indicar para as cadeiras de bispo os padres que eram mais claramente identificados com a Teologia da Libertação.

As vozes da cúpula da Igreja que costumavam se levantar em defesa dessa corrente diante do Vaticano estão aposentadas, como os cardeais Paulo Evaristo Arns e Aloísio Lorscheider, ou morreram - e aí podem ser citados d. Luciano Mendes de Almeida e d. José Ivo Lorscheiter, entre outros.

Apesar disso, a corrente ainda tem força na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a maior da América Latina e uma das mais respeitadas no mundo. Segundo o teólogo Suess, isso ocorre porque os novos bispos, ao tomarem contato com a realidade do povo de suas dioceses, acabam se convertendo à causa dos pobres. "A realidade é um poderoso fator de conversão", afirma ele.

{Costa}

3 de mai. de 2007

Para Anistia Internacional, crime substitui Estado no Brasil

Brasília - A Polícia Federal (PF) cumpre, desde o início desta madrugada (3), 22 mandados de prisão temporária de acusados de participação em um esquema de venda de leis e atos administrativos na área ambiental e urbanística em favor de grandes empreendimentos imobiliários na Ilha de Santa Catarina (SP).
A operação da PF tem o nome de Moeda Verde e foi determinada pelo juiz Zenildo Bodnar, da Vara Federal Ambiental de Florianópolis. O magistrado autorizou as medidas de prisão, busca e apreensão por considerá-las necessárias à eficácia das investigações e, sobretudo, para preservar as eventuais provas a serem obtidas.
A investigação apura também a ocorrência de crimes contra a ordem tributária, falsificação de documento, uso de documento falso, formação de quadrilha, corrupção e tráfico de influência.
As prisões temporárias foram decretadas contra vereadores de Florianópolis, servidores públicos e empresários, entre outros. As buscas e apreensões devem ser feitas na Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos de Florianópolis (Susp), no Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, na Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), na Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e em escritórios das empresas envolvidas e residências.
{Costa}