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14 de jun. de 2007

Marta Suplicy se desculpa por "frase infeliz"

Portugal Digital - Brasil/Portugal
Questionada sobre a crise nos aeroportos, a ministra disse: "Relaxa e goza porque você esquece todos os transtornos depois".
Da Redação
Brasília - A ministra do Turismo, Marta Suplicy, divulgou nota se desculpando pela "frase infeliz" feita, quarta-feira (13), no lançamento do Plano Nacional de Turismo 2007-2010. Questionada sobre a crise nos aeroportos, a ministra disse: "Relaxa e goza porque você esquece todos os transtornos depois". Após a polêmica causada pela declaração, a ministra divulgou nota afirmando que não teve o objetivo de "desdenhar" o sofrimento da população que enfrenta filas nos aeroportos, atrasos e cancelamentos de vôos.
Nota
"Quero pedir desculpas aos turistas e a todos os brasileiros pela frase infeliz que proferi hoje, ao término de uma entrevista coletiva. Não tive por intenção desdenhar, muito menos minimizar os transtornos que estão sendo enfrentados pelos usuários do transporte aéreo. Eu mesma tenho passado por essa situação, quando viajo. Minha intenção foi dizer aos jornalistas e à população que viajar vale a pena, mesmo que os problemas nos aeroportos demorem um pouco mais, apesar de todo o empenho do governo federal para agilizar as soluções. Estamos trabalhando no Ministério do Turismo para fortalecer o turismo interno e para receber cada dia melhor o turista estrangeiro."

Emprego na indústria tem maior expansão desde 2005

Alimentos e bebidas, produtos de metal e máquinas e equipamentos puxam índice
Jacqueline Farid
RIO - O emprego industrial cresceu 1,7% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2006, segundo divulgou nesta quinta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expansão é a maior nesse indicador desde maio de 2005. No confronto com março, na série com ajuste sazonal, a ocupação na indústria aumentou 0,5%, a quarta alta consecutiva nessa base de comparação.
Segundo o documento de divulgação da pesquisa, os segmentos com maior impacto positivo no emprego ante abril de 2006 - não há detalhamento ante mês anterior - foram alimentos e bebidas (4,4%), produtos de metal (5,3%) e máquinas e equipamentos (5,0%). Com influência negativa no resultado, destacaram-se os impactos negativos dos setores de calçados e artigos de couro (-5,7%) e de vestuário (-3,8%).
Em termos regionais, 13 dos 14 locais pesquisados aumentaram o contingente de trabalhadores em abril ante abril de 2006. A única queda ocorreu no Rio Grande do Sul (-1,3%), devido, principalmente, ao recuo do emprego no setor de calçados e artigos de couro (-15,3%). As indústrias de São Paulo (2,4%), Região Nordeste (2,3%) e Santa Catarina (2,7%) contribuíram com as pressões mais relevantes no resultado geral.
Até abril, o emprego industrial acumula expansão de 1,4%, e de 0,6% em 12 meses. Para os técnicos da coordenação de indústria do IBGE, "em síntese, o emprego industrial evoluiu favoravelmente em todas as bases de comparação" no primeiro quadrimestre de 2007.
Segundo o documento de divulgação da pesquisa de emprego e salário na indústria, há "uma aceleração do ritmo de crescimento do emprego e do número de horas pagas, acompanhando a aceleração observada na atividade industrial, acentuadamente no primeiro quadrimestre de 2007".
Renda
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 1,4% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. O resultado reverte a queda de 3,7% registrada em março ante o mês anterior.
Nas comparações com iguais períodos do ano passado, todos os resultados foram positivos: 5,9% no indicador ante abril de 2006 e 4,7% no acumulado no ano até abril. Em 12 meses, a folha da indústria acumula alta de 2,7% até abril, "mantendo a trajetória ascendente desde dezembro de 2006", segundo destacam os técnicos do IBGE no documento de divulgação.
No confronto com abril de 2006, entre 14 as regiões pesquisadas, a maior influência para o aumento no valor da folha veio de São Paulo (6,0%). Outros destaques foram a Região Nordeste (7,9%) e Minas Gerais (4,5%).
Setorialmente, ainda no indicador ante abril de 2006, o valor da folha de pagamento real cresceu em 14 dos 18 setores investigados. Os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (8%), produtos químicos (11%), meios de transporte (5,5%) e indústria extrativa (19%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas em papel e gráfica (-5,1%), madeira (-7,4%) e fumo (-25%).

13 de jun. de 2007

Sindicatos podem entrar com ação contra lista fechada

Agencia Estado
As centrais Força Sindical, CAT, CGT, NCST e SDS informaram, em nota à imprensa, que deverão entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a adoção da lista fechada nas eleições legislativas, caso a proposta seja aprovada pelo Congresso Nacional.
Segundo as entidades, a ADIN tem como preceito que a proposta fere o direito do cidadão ao voto direto, garantido pelo artigo 12 da Constituição Federal. "A lista fechada tirará do eleitor o direito de escolher diretamente o seu candidato. Isso porque os eleitos serão os primeiros da lista de candidatos definida pelo partido e não pela vontade popular", dizem na nota.
As centrais acreditam também que a lista fechada "aumentará o sentimento de distância entre o povo e os parlamentares" e que ela "desestimula a renovação, perpetuando uma elite política no País". "Se ela for aprovada, jogaremos fora grande parte das conquistas da campanha das Diretas Já", advertem as entidades sindicais.

Israel: Peres promete ser presidente de todos sem distinção

Shimon Peres, eleito hoje chefe do Estado de Israel, prometeu que será o presidente de todos os israelitas, sem distinção de origem, credo ou filiação política, e definiu como principal objectivo «unir a sociedade».
«A partir deste momento serei o representante de todos, sem qualquer diferença», disse Peres hoje numa cerimónia no Parlamento, após a votação no plenário que o escolheu como o nono presidente de Israel.
Declarando-se um eterno «optimista», Peres acrescentou que «o que Israel fez em 60 anos nenhum outro país fez, nem nenhum outro povo» e salientou que nunca perdeu a esperança de resolver todos os desafios que o país tem pela frente, embora sem os mencionar.
«Espero poder defender esta esperança, pois eu nunca a perdi (...). Acho que todos juntos poderemos levar Israel a superar os desafios (...), e por ´todos` refiro-me a judeus e árabes, à esquerda e à direita, a drusos, a circassianos e todas às restantes minorias», acrescentou Peres, que compareceu na cerimónia vestido com um tradicional solidéu judeu branco. Shimon Peres obteve 86 votos a favor, 23 contra, 8 abstenções e dois votos nulos.
O político, de 83 anos, obteve a vitória na segunda volta, depois da desistência dos seus dois adversários, Reuven Rivlin (Likud) e Colette Avital (Trabalhistas). Na primeira volta obteve apenas 58 dos 61 votos necessários para ser eleito presidente.
Com a vitória, Peres rompe o ciclo de nunca ter vencido qualquer eleição - perdeu quatro dos cinco escrutínios em que participou como líder trabalhista, entre 1977 e 1996, e empatou no quinto - e coroa uma das carreiras políticas mais brilhantes na história do país. O recém-eleito chefe do Estado foi três vezes primeiro-ministro - duas por substituição e uma, em 1984, por alternância num Governo de união nacional com o Likud -, ministro dos Negócios Estrangeiros, Finanças e teve ainda outras pastas.
«Não vejo a Presidência como uma continuação de outras funções que cumpri» no passado, disse Peres, para assegurar que não se intrometerá em questões políticas, acrescentando que dedicará os esforços para «unir a sociedade».
Entre as grandes contribuições de Peres estão o facto de ter conseguido reduzir uma hiper-inflação de mais de 400% nos anos de 1980 e as negociações dos Acordos de Oslo em 1993 com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o que fez com que vencesse o Prémio Nobel da Paz juntamente com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat um ano depois.
O presidente israelita também é considerado o arquitecto do poderio militar convencional e atómico de Israel, que construiu graças às suas excepcionais relações pessoais com França nos anos de 1950 e 1960.
A presidente do Parlamento, Dalia Itzik, afirmou que a vitória põe fim a 48 anos de presença ininterrupta no Parlamento, onde Peres representou partidos como Mapai e Rafi, os Trabalhistas e, desde 2005, o Kadima.
«Dalia depôs-me hoje do Parlamento», gracejou o presidente eleito, que substituirá Moshé Katsav, que, em 2000, o venceu na corridas à Presidência.
Katsav demitiu-se das funções em Janeiro deste ano na sequência de uma grave acusação de crimes sexuais apresentada contra si, semanas antes de expirar o respectivo mandato.
Entretanto, o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, líder do Kadima, afirmou hoje «que o povo de Israel desejava esta escolha».
«Queria expressar com ela seu mais profundo agradecimento a uma trajectória das mais exclusivas, a de um homem que esteve sempre à frente da construção (nacional), da luta e da actividade que definiram o rumo do Estado de Israel», disse Olmert.
Nascido em 1923 em Vishneva - então Polónia, e actualmente Bielorrúsia -, Peres começou a carreira política nos anos de 1940 sob o patrocínio do fundador de Israel, David Ben Gurion, a quem designava por «mestre».
O presidente mencionou ainda outros dois primeiros-ministros, a quem disse sentir-se especialmente ligado, Yitzhak Rabin e Ariel Sharon, rivais políticos com quem trabalhou estreitamente nos momentos cruciais da história de Israel.

Darfour: ONU saúda aceitação pelo Sudão de força mista UA-ONU

O Conselho de Segurança da ONU saudou esta quarta-feira a aceitação pelo Sudão de uma «força híbrida» União Africana (UA) - Nações Unidas no Darfour e exortou a uma aplicação do acordo «total e sem atrasos».
O conjunto do Conselho «saudou o acordo» obtido terça-feira em Addis Abeba entre a ONU, a UA e o Sudão, depois de o secretário-geral adjunto encarregado das operações de manutenção da paz, Jean Guéhenno, ter dado garantias de que a operação «podia avançar», adiantou o embaixador da Bélgica, Johan Verbeke, que preside, em Junho, ao Conselho.
Os 15 membros do Conselho, que se reuniram à porta fechada para escutar um relatório pormenorizado de Guéhenno sobre a reunião de Addis Abeba, «apelaram a uma aplicação total e sem atrasos» do acordo, acrescentou Verbeke à imprensa.
Após meses de pressões diplomáticas, o Sudão aceitou terça-feira o estacionamento de uma força da UA e da ONU para tentar pôr fim à violência no Darfour e permitir o encaminhamento da ajuda humanitária para esta região, devastada pela guerra civil.
Dimitri Titov, director para África do departamento das Operações de Manutenção da Paz da ONU, que co-presidiu à reunião de Addis Abeba, indicou terça-feira que a «força híbrida» ONU-UA poderia contar entre 17.500 e 19.600 soldados e 6.000 polícias.
Todavia, «uma operação de manutenção da paz nunca é uma panaceia. A única solução reside na esfera política, em que será necessário um diálogo político aberto», advertiu Titov.
Actualmente, apenas 7.000 soldados da UA, mal financiados e mal equipados, estão estacionados no Darfour.
Após meses de resistência, o Sudão aceitou o estacionamento de uma força ONU-UA no Darfour, mas alguns países, entre os quais os Estados Unidos, duvidam que Cartum aceite verdadeiramente esta «força híbrida».
O presidente sudanês Omar al-Béchir «já fez promessas no passado quanto a aceitar uma força híbrida ONU-UA, mas houve sempre linhas em caracteres pequenos», disse o porta-voz do departamento de Estado norte-americano, Sean McCormack.
«E, neste caso, as linhas em caracteres pequenos parecem especificar que a força deverá limitar-se a tropas africanas», acrescentou.
Seria «muito difícil» aos países africanos fornecerem homens em número suficiente para esta força, referiu McCormack.
A China e o Egipto, que têm relações estreitas com o Sudão e se declararam prontos a examinar a possibilidade de participarem nesta força, saudaram a aceitação da «força híbrida» por Cartum.
«A parte chinesa saúda (esta decisão)», declarou o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, acrescentando: «Os factos mostram que um diálogo num pé de igualdade é um meio eficaz para encontrar uma solução política para a questão do Darfour».
«O Sudão completa assim os seus compromissos. Compete agora à comunidade internacional prosseguir os esforços para uma solução política», disse por seu turno o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Ahmed Abul Gheit, num comunicado.
Sima Samar, especialista da ONU encarregada do acompanhamento da situação de direitos humanos no Sudão, pediu por seu turno um mandato claro de protecção dos civis para a nova força híbrida no Darfour.
Diário Digital / Lusa

Explosão em Beirute mata parlamentar anti-Síria

BEIRUTE (Reuters) - O parlamentar libanês anti-Síria Walid Eido foi morto nesta quarta-feira, com ao menos outras sete pessoas, em uma explosão em Beirute, afirmaram fontes de segurança.
Um dos filhos de Eido está entre os mortos. Nove pessoas ficaram feridas.
Eido era membro do bloco de maioria parlamentar anti-Síria de Saad al-Hariri, que controla o governo de Beirute.
A explosão ocorreu perto de um parque de diversões e de um clube militar na parte ocidental da cidade. Imagens divulgadas pela tevê mostraram um carro em chamas e os vidros das janelas de um restaurante próximo estilhaçados.
Essa foi a sexta explosão em Beirute e áreas próximas em menos de quatro semanas. Duas pessoas foram mortas nas outras cinco explosões anteriores, todas provocadas por bombas.
Desde o assassinato do premiê Rafik al-Hariri, em fevereiro de 2005, o país tem sido atingido por uma onda de assassinatos que tiveram como alvo personalidades anti-Síria. Em novembro, o ministro contrário à Síria Pierre Gemayel foi morto em um bairro cristão de Beirute.
(Texto de Yara Bayoumy)