Resultados de Pesquisa

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14 de junho de 2007

Emprego na indústria tem maior expansão desde 2005

Alimentos e bebidas, produtos de metal e máquinas e equipamentos puxam índice
Jacqueline Farid
RIO - O emprego industrial cresceu 1,7% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2006, segundo divulgou nesta quinta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expansão é a maior nesse indicador desde maio de 2005. No confronto com março, na série com ajuste sazonal, a ocupação na indústria aumentou 0,5%, a quarta alta consecutiva nessa base de comparação.
Segundo o documento de divulgação da pesquisa, os segmentos com maior impacto positivo no emprego ante abril de 2006 - não há detalhamento ante mês anterior - foram alimentos e bebidas (4,4%), produtos de metal (5,3%) e máquinas e equipamentos (5,0%). Com influência negativa no resultado, destacaram-se os impactos negativos dos setores de calçados e artigos de couro (-5,7%) e de vestuário (-3,8%).
Em termos regionais, 13 dos 14 locais pesquisados aumentaram o contingente de trabalhadores em abril ante abril de 2006. A única queda ocorreu no Rio Grande do Sul (-1,3%), devido, principalmente, ao recuo do emprego no setor de calçados e artigos de couro (-15,3%). As indústrias de São Paulo (2,4%), Região Nordeste (2,3%) e Santa Catarina (2,7%) contribuíram com as pressões mais relevantes no resultado geral.
Até abril, o emprego industrial acumula expansão de 1,4%, e de 0,6% em 12 meses. Para os técnicos da coordenação de indústria do IBGE, "em síntese, o emprego industrial evoluiu favoravelmente em todas as bases de comparação" no primeiro quadrimestre de 2007.
Segundo o documento de divulgação da pesquisa de emprego e salário na indústria, há "uma aceleração do ritmo de crescimento do emprego e do número de horas pagas, acompanhando a aceleração observada na atividade industrial, acentuadamente no primeiro quadrimestre de 2007".
Renda
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 1,4% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. O resultado reverte a queda de 3,7% registrada em março ante o mês anterior.
Nas comparações com iguais períodos do ano passado, todos os resultados foram positivos: 5,9% no indicador ante abril de 2006 e 4,7% no acumulado no ano até abril. Em 12 meses, a folha da indústria acumula alta de 2,7% até abril, "mantendo a trajetória ascendente desde dezembro de 2006", segundo destacam os técnicos do IBGE no documento de divulgação.
No confronto com abril de 2006, entre 14 as regiões pesquisadas, a maior influência para o aumento no valor da folha veio de São Paulo (6,0%). Outros destaques foram a Região Nordeste (7,9%) e Minas Gerais (4,5%).
Setorialmente, ainda no indicador ante abril de 2006, o valor da folha de pagamento real cresceu em 14 dos 18 setores investigados. Os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (8%), produtos químicos (11%), meios de transporte (5,5%) e indústria extrativa (19%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas em papel e gráfica (-5,1%), madeira (-7,4%) e fumo (-25%).

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