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6 de junho de 2007

Manifestações marcam início da cúpula do G8 na Alemanha

Por: Folha online
Milhares de manifestantes antiglobalização conseguiram ultrapassar o cordão policial e chegar a pé até a cerca de segurança que cerca o balneário de Heiligendamm, na Alemanha, poucas horas antes do início da cúpula do G8 --sete países mais industrializados e a Rússia.
Cerca de 6.000 pessoas conseguiram chegar até um ponto a cerca de dez quilômetros do balneário, mas o protesto ocorre de maneira pacífica. A polícia, que se mantém à distância dos manifestantes, se posicionou do outro lado da cerca de segurança.
Segundo a polícia, alguns atiraram pedras, fazendo com que policiais revidassem com jatos d'água. Manifestantes também bloquearam duas rotas que levam ao aeroporto de Rostock, segundo o porta-voz policial Manfred Luetjann. "Nós queríamos impedir que isto acontecesse, mas agora eles [os manifestantes] já estão lá, e estamos lidando com a situação", afirmou.
Policiais foram destacados para o norte da Alemanha para impedir a ocorrência de distúrbios como os de sábado (2), quando cerca de 500 pessoas ficaram feridas em confrontos em Rostock, no noroeste da Alemanha, durante uma manifestação contra a reunião do G8.
Segundo a polícia, cerca de 30 mil pessoas participaram da manifestação, que tinha o intuito de abrir a semana de protestos contra a reunião, que tem início nesta quarta-feira.
Entretanto, os organizadores afirmaram que 80 mil pessoas compareceram ao local.Os líderes da Alemanha e dos Estados Unidos demonstraram otimismo em superar as divergências a respeito das mudanças climáticas na cúpula deste ano do grupo.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que fez da questão climática o foco de seu mandato na presidência do G8, deve se encontrar com o presidente americano, George W. Bush, para um almoço, horas antes do início oficial da cúpula.
"Há muito em comum, de certo modo, mas também há divergências", disse o assessor de Bush para a segurança nacional, Stephen Hadley.
O premiê britânico, Tony Blair, disse acreditar que os representantes chegarão a um acordo a respeito da emissão de gases do efeito estufa. "A chave para isto é a aceitação de que o clima está mudando de maneira perigosa, como resultado da atividade humana", afirmou.
"Em seguida, precisamos de um acordo global que inclua países como a China e os EUA, e um acordo que corte as emissões de forma substancial. Eu acredito que isto seja possível".
Rússia X EUA
Líderes também esperam confronto entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente americano, George W. Bush, devido à polêmica em torno da construção de um escudo antimísseis americano na Europa, na região da República Tcheca e da Polônia.
Os EUA alegam que o sistema antimísseis tem como objetivo conter eventuais ataques de países hostis como o Irã e a Coréia do Norte. No entanto, Putin afirma que as novas bases ameaçariam a segurança de seu país, e que elas poderiam ser alvo de ataques russos.
Na terça-feira, em visita à República Tcheca antes de seguir para a reunião na Alemanha, Bush afirmou que a Rússia "não deve temer" os planos americanos.
"Este é um sistema puramente defensivo e não dirigido à Rússia", disse o líder americano no Castelo de Praga, acompanhado do presidente da República Tcheca, Václav Klaus, e seu primeiro-ministro, Mirek Topolánek.
"A Guerra Fria acabou, o povo da República Tcheca não tem que escolher entre ser amigo dos Estados Unidos ou amigo da Rússia", disse Bush.
"A Rússia não é nossa inimiga", enfatizou Bush.

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