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2 de junho de 2007

Aliados querem livrar Renan com relatório de Tuma

Agencia Estado
Os aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar já definiram a estratégia que consideram ideal para apressar o desfecho da representação do PSOL contra o senador. Eles estão apostando no relatório que o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PMDB-SP), vai elaborar, a partir da documentação bancária e fiscal que recebeu do advogado do presidente do Senado. Tuma já adiantou que olhará com boa vontade a defesa do colega. ?Não quero condenar, quero absolver?, afirmou em entrevista anteontem.
Renan é acusado de receber recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar despesas privadas, sobretudo pensões e auxílios para a filha que teve com a jornalista Mônica Veloso, fora do casamento. A construtora pagaria, por exemplo, aluguel de R$ 4.500 do imóvel em que Mônica morava, tendo como avalista o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior. O presidente do Senado nega que a empresa tenha pago despesas suas, sustenta que sempre foi dele o dinheiro usado para manter a filha, hoje com 3 anos, e que tem propriedades e rendimentos capazes de justificar os pagamentos feitos.
A expectativa do grupo de aliados mais próximo de Renan é de que o caso possa ser encerrado na semana que vem. Isso no caso de a ?peça? apresentada por Tuma ser consistente o suficiente para demonstrar que o presidente do Senado pagava com recursos próprios a pensão alimentícia e o aluguel da casa de Mônica Veloso. ?O relatório do corregedor pode ser uma informação importante que dê aos conselheiros condições de decidir se devem ou não abrir processo disciplinar para investigar o caso?, resume o líder do governo e suplente do PMDB no Conselho de Ética, senador Romero Jucá (RR).
A decisão está nas mãos do presidente do colegiado, senador Sibá Machado (PT-AC), mas ele mesmo se recusa a antecipar qualquer passo sem antes conhecer o relatório de Tuma. O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), advertiu ontem que seu partido não aceitará o ?arquivamento sumário? da representação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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