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26 de junho de 2007

Bolívia deve tomar posse de refinarias da Petrobras nesta 3ª

Com a renegociação do seguro das unidades, transferência pode ser realizada
Carlos Alberto Quiroga e Marcelo Teixeira, da Reuters
LA PAZ e RIO - A petrolífera estatal boliviana YPFB tomará posse das duas refinarias recém-compradas da Petrobras nesta terça-feira, 26, informaram na segunda-feira fontes oficiais do governo boliviano, citadas pela também estatal Agencia Boliviana de Información (ABI).
O anúncio foi feito horas depois de a Petrobras informar que renegociou os seguros das refinarias com a empresa La Boliviana Ciacruz, filial do Zurich Financial Services Group. A não-renovação do seguro havia provocado a suspensão da transferência das unidades, programada inicialmente para 11 de junho.
"Os atos de transmissão, com o endosso de 100% de ambas as plantas acontecerão (...) com a presença do presidente da República, Evo Morales, e das principais autoridades do setor", disse a ABI, que citou fontes oficiais não identificadas.
A recuperação das refinarias foi definida anteriormente pelo governo boliviano como um símbolo da nacionalização da indústria petrolífera, decretada há pouco mais de um ano.
A subsidiária boliviana da Petrobras informou em comunicado que a nova cobertura para as operações das refinarias Gualberto Villarroel e Guillermo Elder Bell, localizadas nas cidades de Cochabamba e Santa Cruz, respectivamente, não depende da operadora das unidades.
A nova apólice era necessária pois a anterior perderia validade se os ativos segurados deixassem de ser operados pela Petrobras.
A YPFB concordou em pagar US$ 112 milhões por ambas as refinarias, cuja capacidade conjunta de processamento é de 40 mil barris diários e pelas quais a Petrobras havia desembolsado US$ 104 milhões, há pouco mais de sete anos.
O presidente da YPFB, Guillermo Aruquipa, reiterou na segunda-feira à mídia boliviana que a estatal já pagou a primeira parcela de US$ 56 milhões e entregou à Petrobras garantias de pagamento da outra metade.
As refinarias foram adquiridas pela Petrobras durante uma onda de privatizações que Morales busca agora reverter.

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