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3 de jul. de 2007

Zapatero exclui diálogo com ETA e promete resposta implacável

O primeiro-ministro espanhol excluiu hoje qualquer possibilidade de diálogo com a organização separatista basca ETA no discurso inicial do Debate do Estado da Nação no parlamento espanhol.
«Não há qualquer via para o diálogo» com a ETA nem «margem para o tentar», afirmou José Luis Rodriguez Zapatero perante o Congresso de Deputados, assegurando que a resposta do governo às ameaças da organização separatista basca será «implacável».
Na intervenção, Zapatero renovou os apelos a todas as forças políticas para que mantenham a «unidade» face à ameaça terrorista.
O primeiro-ministro disse que os terroristas têm que saber que nunca poderão vergar essa unidade das forças políticas, uma unidade «necessária» para resistir às «ameaças, defender a vontade democrática de viver em paz e em liberdade e de negar qualquer preço político ao fim da violência».
«Não entreguemos aos terroristas, nem agora nem nunca, o prémio da nossa desunião», disse, afirmando que o seu objectivo foi sempre de derrotar o terrorismo.
Foi esse objectivo, explicou, que o levou a explorar as possibilidades de um final dialogado da violência, uma responsabilidade que disse assumir pessoalmente.
Tanto nessa altura, como agora, frisou Zapatero, sempre manteve o princípio de não ceder qualquer preço político pelo fim da violência, apostando no diálogo, uma via apoiada pela maioria dos espanhóis.
A esperança de diálogo foi fortemente afectada pelo atentado de Dezembro de 2006, no aeroporto de Madrid, e «perdeu-se definitivamente» quando a ETA declarou o fim do cessar-fogo depois de 05 de Julho, disse.
O Debate do Estado da Nação, interrompido para almoço depois do discurso inicial de Zapatero, será retomado durante a tarde de hoje com as intervenções dos partidos da oposição e decorre até quinta-feira.
Diário Digital / Lusa

Em decisão imperdoável, Bush comuta sentença de ex-assessor

Caio Blinder, de Nova York
NOVA YORK - A guerra do Iraque foi a mais controvertida decisão de George W. Bush. Por que não mais uma controvérsia? Por que não mais uma decisão desastrosa? Na segunda-feira, de forma abrupta, o presidente comutou a sentença de 30 meses de prisão de Lewis Libby, ex-alto assessor da Casa Branca e ex-chefe de gabinete do todo poderoso vice-presidente Dick Cheney, condenado por perjúrio e obstrução de justiça na convoluta investigação do vazamento por funcionários do governo da identidade de uma agente da CIA.
Um presidente tem o poder absoluto no ato de clemência. Mas costuma recorrer à prerrogativa em casos políticos quando está fechando as cortinas do mandato. Com fama de duro contra o crime, Bush foi leniente com um apaniguado, que, na prisão, poderia soltar a língua. Ainda com 18 meses de contrato de trabalho, ele decidiu pular nesta fogueira. Afinal, já está tão enfraquecido e isolado. Bush comutou a sentença, mas não deu o perdão, ou seja, Libby ainda precisa pagar a multa de US$ 250 mil.
Mesmo assim, os críticos do governo não perdoaram o presidente e o bastião mais conservador ficou decepcionado com a "timidez" no ato de clemência. Lewis Libby era um pilar do establishment. O vice Cheney foi o grande arquiteto da invasão do Iraque e Libby, um dos principais assessores da Casa Branca na decisão. A revelação da identidade da agente da CIA Valerie Plame WIlson foi parte de uma campanha para desacreditar seu marido, o ex-diplomata Joseph Wilson que denunciou o governo por manipular dados de inteligência para justificar a invasão de 2003. Libby não esteve entre os funcionários que vazaram o nome da funcionária da CIA, mas nas investigações sobre o caso ele acobertou o governo.
Lewis Libby foi o mais alto funcionário da Casa Branca sentenciado à prisão desde o escândalo Irã-Contras nos anos 80. Cerca de 70% dos americanos eram a favor a condenação, mas hoje Bush faz o que pode para manter o apoio de uma minoria desmoralizada pelo fiasco do seu governo. Ao assumir o cargo em 2001, Bush prometeu restaurar a integridade da Casa Branca depois dos escândalos da era Clinton (um presidente julgado e absolvido num caso de perjúrio). Ele se revela mais hipócrita e deixará o poder com um legado de escândalos ainda mais profundos.

Bolsa suspeita leva à desocupação do terminal 4 do aeroporto de Heathrow

Londres, 3 jul (EFE).- Parte do terminal 4 do aeroporto londrino de Heathrow, o de maior tráfego aéreo da Europa, foi desocupada hoje após a descoberta de uma bolsa suspeita, informaram fontes aeroportuárias.
A descoberta, que ocorre após os atentados fracassados do fim de semana passado em Londres e Glasgow (Escócia), ocorreu pouco antes do meio-dia, disse um porta-voz do operador aeroportuário BAA, que administra Heathrow.
Como medida de precaução adicional, a Polícia decidiu que todos os passageiros que embarcariam fossem revistados novamente, além da evacuação de parte da sala de embarque.
O porta-voz reconheceu que as novas revistas "causarão atrasos em alguns vôos que partem do terminal 4".
O incidente coincidiu com o reforço da segurança nos aeroportos e nas estações de trem do Reino Unido, assim como no metrô de Londres, após os ataques fracassados do fim de semana passado, que levaram à detenção de oito pessoas no Reino Unido e na Austrália.
Na sexta-feira passada, dois carros-bomba foram desativados em pleno centro de Londres, enquanto, neste sábado, dois homens lançaram um carro contra o terminal principal do aeroporto de Glasgow, na Escócia.
A Polícia relaciona o atentado em Glasgow com os dois carros-bomba encontrados em Londres, que, se tivessem explodido, teriam deixado vários mortos e feridos, segundo a Scotland Yard.
Os oito detidos por relação com os atentados fracassados em Londres e Glasgow têm vínculo com o Serviço Nacional de Saúde (NHS), revelou hoje a rede britânica "BBC". EFE ep an

Mesa do Senado quer levar caso Renan ao plenário

Senadores votariam representação; Mesa se isentaria de responsabilidade
Cida Fontes e Rosa Costa, do Estadão
BRASÍLIA - A Mesa Diretora do Senado se reuniu nesta terça-feira, 3, para analisar se arquiva ou determina que investigação do caso Renan recomece. Uma das alternativas que está sendo discutida pelos senadores é submeter ao plenário da Casa a representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Essa possibilidade foi admitida pelo primeiro vice-presidente da Mesa, senador Tião Viana (PT-AC).
Esta seria uma solução política e se algum senador quiser que o voto seja secreto terá que apresentar um requerimento que necessariamente terá de ser apreciado. Com isso, a Mesa se isentaria de qualquer responsabilidade. Outra saída é devolver o caso para o Conselho de Ética, cujas investigações já estão em curso.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), negou que a iniciativa do presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de devolver a representação do PSOL à Mesa seja uma manobra para arquivar o processo contra Renan.
"Não é manobra. Está voltando para a Mesa porque o processo estava errado", afirmou Jucá. O presidente do Senado chegou à Casa pouco antes das 10 horas pela garagem, e se dirigiu ao seu gabinete de apoio, na ala Afonso Arinos, onde permanece.
Quintanilha tomou a decisão de devolver a representação sem consultar o plenário do Conselho de Ética e com base em dois pareceres jurídicos que, na prática, podem até permitir o arquivamento do processo. A resolução pode, ainda, anular a investigação no Senado e enviá-la para o Supremo Tribunal Federal (STF) ou, alegando que é preciso “corrigir vícios”, zerar o processo e iniciar nova tramitação. Quintanilha defendeu a “correção dos vícios” alegando que evitará anulação futura do processo.
Os senadores de oposição exigiram reunião do colegiado para esta tarde, a fim de protestar contra a atitude unilateral do presidente do conselho, mas o encontro previsto para as 18h30 não está confirmado.
Oposição

A bancada do PSDB também iniciou uma reunião nesta manhã para definir como vai agir em relação ao caso Renan. Na sexta-feira o presidente do partido, senador Tasso Jereissati, disse que a decisão já estava tomada: o partido irá pedir o afastamento de Renan da presidência do Senado. Resta saber se essa posição será mantida após a reunião.
O DEM vem defendendo a renúncia desde a semana passada. Nas reuniões, a oposição pode pedir também a destituição de Quintanilha da presidência do Conselho de Ética.

2 de jul. de 2007

Carpa manda recado a Finazzi

Jogador diz que já está bem e poderia jogar. Técnico fala que problema ainda não é seu
Marcel Rizzo
Do GLOBOESPORTE.COM, em São Paulo
Para o técnico Paulo César Carpegiani, o atacante Finazzi ainda é problema do departamento médico. Depois, será problema do departamento físico e só então será problema seu. A resposta foi ao jogador, que no domingo à noite, em um programa de televisão, disse que já estava bem e que não entendia porque não viajaria para Recife, local do jogo de quarta-feira, contra o Sport. Ele chegou a falar que gostaria até de ter enfrentado o Palmeiras, no sábado passado.
- O Finazzi está entregue ao departamento médico. Depois será avaliado pelos preparadores físicos. Depois eu posso responder a vocês (jornalistas) quando ele vai voltar a jogar - afirma Paulo César Carpegiani.
Finazzi sofreu uma contratura muscular na coxa direita contra o Paraná Clube, há duas semanas. A previsão inicial era de que em dez dias voltasse aos treinos, mas o prazo se estendeu. Segundo o departamento médico do clube, ele deve voltar a treinar fisicamente, no campo, essa semana. Ele ainda não fez esse trabalho porque os médicos temiam apressar a recuperação e que ele sofresse nova lesão. Vale lembrar que Fábio Ferreira, zagueiro que sofreu lesão parecida com a de Finazzi, e no mesmo dia, também não retornou aos exercícios físicos no campo.
Antes da lesão, o jogador analisava uma proposta do futebol árabe. O contrato dele com o Corinthians vale até o final do ano, mas a multa rescisória é baixa: R$ 150 mil. Nada de oficial chegou até o momento ao Timão.

Choque de avião com urubus deixa piloto de 22 anos cego

Carlos Willian Pereira Fraga voou inconsciente durante quase meia hora - a aeronave estava no piloto automático.
SÃO PAULO - Carlos Willian Pereira Fraga, de 22 anos, ficou cego de um olho depois que urubus atingiram o bimotor que ele pilotava, no domingo, em Jundiaí, a 60 km de São Paulo. Uma das aves bateu na fuselagem e outra quebrou o pára-brisas, que atingiu o rosto do piloto.
Conforme a Rede Globo, Carlos Willian voou inconsciente durante quase meia hora - a aeronave estava no piloto automático. Após recobrar a consciência, ele pousou no Aeroporto de Jundiaí, de onde foi levado a um hospital. Os médicos tiveram que lhe retirar o globo ocular esquerdo.
O avião pertence a uma empresa de Goiânia, que presta socorro médico aéreo. Carlos Willian tinha deixado um paciente no Campo de Marte, em São Paulo, e seguia com um médico e uma enfermeira para Jaú, também no interior paulista, quando houve o acidente.
(APM)