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4 de jul. de 2007

Estudantes da Mesquita Vermelha se entregam no Paquistão

Confrontos com forças de segurança fere mais de 100 pessoas em Islamabad
Efe e Associated Press
AP
Choque entre radicais e oficiais matou pelo menos 10 pessoas nos últimos dias
LAHORE - Cerca de 600 estudantes que estavam entrincheirados na Mesquita Vermelha de Islamabad, no Paquistão, se entregaram nesta quarta-feira, 4, às autoridades do país, um dia depois dos confrontos entre radicais e forças de segurança que deixaram dez mortos e mais de cem feridos, informaram fontes oficiais.
No templo, cercado por forças militares e policiais há cinco dias, ainda há vários extremistas, apesar do ultimato do governo. As autoridades exigiram a rendição dos fundamentalistas e advertiram que, caso contrário, atuarão na região.
O governo declarou também toque de recolher nas proximidades da mesquita, pediu à população que permaneça em suas casas e solicitou a presença de médicos e ambulâncias, segundo a rede de televisão paquistanesa Geo TV.
Nesta terça-feira, os líderes da mesquita afirmaram que a situação era de jihad (guerra santa) contra o regime do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, apesar de o clérigo Abdur Rashid Ghazi ter afirmado nesta quarta à Geo TV que estão dispostos a dialogar com o governo se este retirar suas tropas da zona.
O templo está há seis dias cercado por mais de mil de efetivos militares e da Polícia, posicionados depois que relatórios de inteligência indicaram que seus responsáveis haviam entrado em contato com terroristas suicidas da região do Waziristão, na fronteira com o Afeganistão.
Violência
Pelo menos cinco soldados paquistaneses e cinco civis morreram nesta quarta-feira, 4, num atentado suicida na região tribal do Waziristão do Norte, perto do Afeganistão, informou uma fonte oficial.
O atentado aconteceu na área de Mir Ali, quando um suicida lançou um carro-bomba contra um comboio militar paquistanês, perto da fronteira com o Afeganistão, segundo uma fonte policial. Autoridades não divulgaram o número de feridos no ataque.
Ninguém assumiu a autoria do atentado, mas a Polícia investiga a hipótese de que ele tenha sido cometido por insurgentes apoiados pelo Taleban.
O Paquistão tem sido acusado em várias ocasiões pelas autoridades afegãs e americanas de servir como refúgio para os insurgentes. Eles supostamente utilizariam o país como base para ataques no Afeganistão.
O governo paquistanês nega qualquer tipo de apoio à milícia. Este ano, alguns dos trechos mais conflituosos da fronteira foram protegidos com valas.

Cronologia do seqüestro do jornalista da BBC Alan Johnston

AP
Johnston foi capturado em Gazaem 12 de março SÃO PAULO - O pesadelo do correspondente britânico da BBC Alan Johnston terminou na madrugada desta quarta-feira, 4, após mais de 100 dias de cativeiro, quando foi entregue por seus seqüestradores, o Exército do Islã, a dirigentes do Hamas, movimento que controla Gaza. 12 de março - Johnston, de 45 anos, o único correspondente ocidental que trabalha em tempo integral na Faixa de Gaza, é capturado por quatro homens armados quando deixava o trabalho e voltava para casa.
13 de março - O governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), liderado pelo Hamas, revela ter conhecimento sobre os responsáveis pela captura seqüestro. O Exército do Islã, um grupo militante pouco conhecido, assume a autoria do seqüestro e divulga vídeos exigindo a libertação de muçulmanos detidos no Reino Unido.
19 de março - O pai do repórter pede pela libertação do filho em rede nacional no Reino Unido. 20 de março - A ex-ministra de Relações Exteriores britânica, Margaret Beckett, comparece ao Parlamento e afirma estar utilizando todos os meios possíveis para conseguir a libertação do jornalista.
26 de março - O ex-primeiro-ministro da ANP, Ismail Haniyeh, também se compromete a fazer todos os esforços para localizar o repórter.
2 de abril - Jornalistas palestinos em Gaza iniciam uma greve de três dias como forma de protesto.
4 de abril - Dezenas de jornalistas bloqueiam a entrada do Parlamento palestinos, forçando a suspensão das sessões da Câmara.
12 de abril - O diretor-geral da BBC, Mark Thompson, viaja para Ramallah para tentar a libertação do correspondente e é recebido pelo presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que garante a sobrevivência do jornalista.
A Arábia Saudita envia um emissário, e várias cadeias de televisão, entre elas a Al-Jazira, exibem programas especiais a favor da libertação. O Instituto Internacional de Imprensa (IPI) também participa do pedido. Os pais de Alan Johnston fazem um comovente apelo aos seqüestradores.
15 de abril - Uma organização palestina até o momento desconhecida, As Brigadas da Jihad e do Monoteísmo, divulgam comunicado afirmando que Johnston havia sido morto, segundo edições eletrônicas de vários jornais israelenses.
19 de abril - Abbas rebate a nota, afirmando em Estocolmo que o serviço de inteligência palestino confirmava que Johnston ainda estava vivo.
3 de maio - Em mensagem no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um pedido pela libertação imediata do jornalista.
1 de junho - Johnston afirma em gravação divulgada em um site islâmico que recebe bom tratamento e pede o fim do embargo ao governo da ANP. Na gravação, também enviada pelo Exército do Islã à agência de notícias palestina Ramattan, Johnston aparece em frente a um fundo negro.
17 de junho - O Hamas declara que Johnston seria libertado em breve. No entanto, o Exército do Islã alerta que, se suas condições não fossem cumpridas, o jornalista poderia ser executado. 18 de junho - Num impasse, o Hamas ameaça libertar o jornalista da BBC com o uso da força. 24 de junho - Segundo vídeo é divulgado e Johnston aparece vestido com um uniforme laranja e um cinto cheio de explosivos ao redor de sua cintura.
26 junho - Os seqüestradores do repórter ameaçam, em nota na internet, "degolá-lo como um cordeiro" se três membros presos da rede terrorista Al-Qaeda não fossem libertados.
4 de julho - Após 114 dias de cativeiro, Johnston é libertado. Segundo um membro do alto escalão do Hamas, Mahmoud Zahar, não foi feito nenhum acordo com os seqüestradores para a libertação do jornalista.

Demóstenes deve ser relator do caso Roriz no Conselho

Mesa aceita representação contra o peemedebista e conselho abre processo
Ana Paula Scinocca, do Estadão
BRASÍLIA - Líderes dos partidos políticos no Senado fecharam um acordo nesta quarta-feira, 4, escolhendo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para ser o relator do processo contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A informação foi dada à Agência Estado por um dos participantes do encontro, realizado no gabinete do senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
A admissibilidade de uma representação do PSOL contra Roriz por suposta apropriação de dinheiro público foi aprovada nesta quarta pela Mesa Diretora do Senado e encaminhada ao Conselho, que agora abrirá investigação a respeito do assunto.
Roriz, que foi governador do Distrito Federal quatro vezes, ainda pode renunciar ao mandato para não ser cassado e para preservar direitos políticos.
Mas, a partir do momento em que for notificado pelo Conselho de Ética da abertura do processo, uma renúncia não terá mais a força de garantir esses direitos, entre os quais estaria o de se candidatar nas prómas eleições.
Aém de Mercadante, participaram da reunião o líder do Governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), os líderes do PMDB, senador Wadir Raupp (MT), do PSDB, senador Arhtur Virgílio (AM), do DEM, senador José Agripino (RN), e do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), e o próprio Demóstenes Torres.
De acordo com relatos, os líderes escolheram Demóstenes por considerarem que ele tem o melhor perfil para a função de relator, pois é procurador por profissão e será rigoroso durante o processo de investigação. O único voto contra a condução de Demóstenes à relatoria foi o de Raupp. E o senador Agripino sinalizou certa resistência ao nome do escolhido, que ontem estava cotado para ser o relator do processo contra o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Conversa mantidas em março deste ano pelo senador Roriz com o então presidente do banco estatal BRB foi gravada pela Polícia Civil do Distrito Federal durante a Operação Aquarela, que desmontou uma quadrilha que desviava dinheiro do banco.

3 de jul. de 2007

Zapatero exclui diálogo com ETA e promete resposta implacável

O primeiro-ministro espanhol excluiu hoje qualquer possibilidade de diálogo com a organização separatista basca ETA no discurso inicial do Debate do Estado da Nação no parlamento espanhol.
«Não há qualquer via para o diálogo» com a ETA nem «margem para o tentar», afirmou José Luis Rodriguez Zapatero perante o Congresso de Deputados, assegurando que a resposta do governo às ameaças da organização separatista basca será «implacável».
Na intervenção, Zapatero renovou os apelos a todas as forças políticas para que mantenham a «unidade» face à ameaça terrorista.
O primeiro-ministro disse que os terroristas têm que saber que nunca poderão vergar essa unidade das forças políticas, uma unidade «necessária» para resistir às «ameaças, defender a vontade democrática de viver em paz e em liberdade e de negar qualquer preço político ao fim da violência».
«Não entreguemos aos terroristas, nem agora nem nunca, o prémio da nossa desunião», disse, afirmando que o seu objectivo foi sempre de derrotar o terrorismo.
Foi esse objectivo, explicou, que o levou a explorar as possibilidades de um final dialogado da violência, uma responsabilidade que disse assumir pessoalmente.
Tanto nessa altura, como agora, frisou Zapatero, sempre manteve o princípio de não ceder qualquer preço político pelo fim da violência, apostando no diálogo, uma via apoiada pela maioria dos espanhóis.
A esperança de diálogo foi fortemente afectada pelo atentado de Dezembro de 2006, no aeroporto de Madrid, e «perdeu-se definitivamente» quando a ETA declarou o fim do cessar-fogo depois de 05 de Julho, disse.
O Debate do Estado da Nação, interrompido para almoço depois do discurso inicial de Zapatero, será retomado durante a tarde de hoje com as intervenções dos partidos da oposição e decorre até quinta-feira.
Diário Digital / Lusa

Em decisão imperdoável, Bush comuta sentença de ex-assessor

Caio Blinder, de Nova York
NOVA YORK - A guerra do Iraque foi a mais controvertida decisão de George W. Bush. Por que não mais uma controvérsia? Por que não mais uma decisão desastrosa? Na segunda-feira, de forma abrupta, o presidente comutou a sentença de 30 meses de prisão de Lewis Libby, ex-alto assessor da Casa Branca e ex-chefe de gabinete do todo poderoso vice-presidente Dick Cheney, condenado por perjúrio e obstrução de justiça na convoluta investigação do vazamento por funcionários do governo da identidade de uma agente da CIA.
Um presidente tem o poder absoluto no ato de clemência. Mas costuma recorrer à prerrogativa em casos políticos quando está fechando as cortinas do mandato. Com fama de duro contra o crime, Bush foi leniente com um apaniguado, que, na prisão, poderia soltar a língua. Ainda com 18 meses de contrato de trabalho, ele decidiu pular nesta fogueira. Afinal, já está tão enfraquecido e isolado. Bush comutou a sentença, mas não deu o perdão, ou seja, Libby ainda precisa pagar a multa de US$ 250 mil.
Mesmo assim, os críticos do governo não perdoaram o presidente e o bastião mais conservador ficou decepcionado com a "timidez" no ato de clemência. Lewis Libby era um pilar do establishment. O vice Cheney foi o grande arquiteto da invasão do Iraque e Libby, um dos principais assessores da Casa Branca na decisão. A revelação da identidade da agente da CIA Valerie Plame WIlson foi parte de uma campanha para desacreditar seu marido, o ex-diplomata Joseph Wilson que denunciou o governo por manipular dados de inteligência para justificar a invasão de 2003. Libby não esteve entre os funcionários que vazaram o nome da funcionária da CIA, mas nas investigações sobre o caso ele acobertou o governo.
Lewis Libby foi o mais alto funcionário da Casa Branca sentenciado à prisão desde o escândalo Irã-Contras nos anos 80. Cerca de 70% dos americanos eram a favor a condenação, mas hoje Bush faz o que pode para manter o apoio de uma minoria desmoralizada pelo fiasco do seu governo. Ao assumir o cargo em 2001, Bush prometeu restaurar a integridade da Casa Branca depois dos escândalos da era Clinton (um presidente julgado e absolvido num caso de perjúrio). Ele se revela mais hipócrita e deixará o poder com um legado de escândalos ainda mais profundos.

Bolsa suspeita leva à desocupação do terminal 4 do aeroporto de Heathrow

Londres, 3 jul (EFE).- Parte do terminal 4 do aeroporto londrino de Heathrow, o de maior tráfego aéreo da Europa, foi desocupada hoje após a descoberta de uma bolsa suspeita, informaram fontes aeroportuárias.
A descoberta, que ocorre após os atentados fracassados do fim de semana passado em Londres e Glasgow (Escócia), ocorreu pouco antes do meio-dia, disse um porta-voz do operador aeroportuário BAA, que administra Heathrow.
Como medida de precaução adicional, a Polícia decidiu que todos os passageiros que embarcariam fossem revistados novamente, além da evacuação de parte da sala de embarque.
O porta-voz reconheceu que as novas revistas "causarão atrasos em alguns vôos que partem do terminal 4".
O incidente coincidiu com o reforço da segurança nos aeroportos e nas estações de trem do Reino Unido, assim como no metrô de Londres, após os ataques fracassados do fim de semana passado, que levaram à detenção de oito pessoas no Reino Unido e na Austrália.
Na sexta-feira passada, dois carros-bomba foram desativados em pleno centro de Londres, enquanto, neste sábado, dois homens lançaram um carro contra o terminal principal do aeroporto de Glasgow, na Escócia.
A Polícia relaciona o atentado em Glasgow com os dois carros-bomba encontrados em Londres, que, se tivessem explodido, teriam deixado vários mortos e feridos, segundo a Scotland Yard.
Os oito detidos por relação com os atentados fracassados em Londres e Glasgow têm vínculo com o Serviço Nacional de Saúde (NHS), revelou hoje a rede britânica "BBC". EFE ep an