Confrontos com forças de segurança fere mais de 100 pessoas em Islamabad
Efe e Associated Press
AP
Choque entre radicais e oficiais matou pelo menos 10 pessoas nos últimos dias
LAHORE - Cerca de 600 estudantes que estavam entrincheirados na Mesquita Vermelha de Islamabad, no Paquistão, se entregaram nesta quarta-feira, 4, às autoridades do país, um dia depois dos confrontos entre radicais e forças de segurança que deixaram dez mortos e mais de cem feridos, informaram fontes oficiais.
No templo, cercado por forças militares e policiais há cinco dias, ainda há vários extremistas, apesar do ultimato do governo. As autoridades exigiram a rendição dos fundamentalistas e advertiram que, caso contrário, atuarão na região.
O governo declarou também toque de recolher nas proximidades da mesquita, pediu à população que permaneça em suas casas e solicitou a presença de médicos e ambulâncias, segundo a rede de televisão paquistanesa Geo TV.
Nesta terça-feira, os líderes da mesquita afirmaram que a situação era de jihad (guerra santa) contra o regime do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, apesar de o clérigo Abdur Rashid Ghazi ter afirmado nesta quarta à Geo TV que estão dispostos a dialogar com o governo se este retirar suas tropas da zona.
O templo está há seis dias cercado por mais de mil de efetivos militares e da Polícia, posicionados depois que relatórios de inteligência indicaram que seus responsáveis haviam entrado em contato com terroristas suicidas da região do Waziristão, na fronteira com o Afeganistão.
Violência
Pelo menos cinco soldados paquistaneses e cinco civis morreram nesta quarta-feira, 4, num atentado suicida na região tribal do Waziristão do Norte, perto do Afeganistão, informou uma fonte oficial.
O atentado aconteceu na área de Mir Ali, quando um suicida lançou um carro-bomba contra um comboio militar paquistanês, perto da fronteira com o Afeganistão, segundo uma fonte policial. Autoridades não divulgaram o número de feridos no ataque.
Ninguém assumiu a autoria do atentado, mas a Polícia investiga a hipótese de que ele tenha sido cometido por insurgentes apoiados pelo Taleban.
O Paquistão tem sido acusado em várias ocasiões pelas autoridades afegãs e americanas de servir como refúgio para os insurgentes. Eles supostamente utilizariam o país como base para ataques no Afeganistão.
O governo paquistanês nega qualquer tipo de apoio à milícia. Este ano, alguns dos trechos mais conflituosos da fronteira foram protegidos com valas.
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