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20 de julho de 2007

Talibãs seqüestram dois alemães e 18 sul-coreanos no Afeganistão

Os talibãs anunciaram nesta sexta-feira que seqüestraram 18 sul-coreanos e dois alemães no Afeganistão e, em troca da libertação dos reféns, eles exigem a retirada dos 3.000 soldados alemães que estão no norte do país.

Cerca de 20 jovens evangélicos que viajavam de ônibus no caminho entre Cabul e Kandahar, a grande cidade do sul, foram seqüestrados na quinta-feira a 120 km ao sul de Cabul, declarou o governador da província de Ghazni, Mirajuddin Pattan, pouco depois da Coréia do Sul anunciar o seqüestro.

Este é o mais importante seqüestro de um grupo de estrangeiros no país depois da queda do regime dos talibãs, no final de 2001. Na mesma estrada onde o grupo de sul-coreanos foi interceptado, nesta quarta-feira dois alemãs e cinco afegãos que trabalhavam para uma empresa não revelada foram seqüestrados.

"Os talibãs seqüestraram sul-coreanos. São 18: três homens e 15 mulheres qye estão em bom estado de saúde", declarou por telefone à AFP Yusuf Ahmadi, porta-voz dos talibãs.

"Estamos investigando o caso deles e a nossa direção vai decidir o destino deles", completou o porta-voz.

"Seqüestramos também dois cidadãos alemães. Estão vivos e em bom estado de saúde. Só os liberaremos se as tropas alemãs se retirarem do Afeganistão e se todos os talibãs que estão nas prisões afegãs forem liberados", acrescentou.

O grupo de evangélicos partiu de Cabul e se dirigia a Kandahar, afirmou um membro da igreja dos jovens. Eles deveriam atravessar regiões onde diariamente se registram ataques e conflitos.

O chefe da polícia de Ghazni, Alishah Ahmadzai, lamentou que não tenha estado "em contato com a polícia para que ela garanta sua proteção". O ônibus vazio foi encontrado no distrito de Qarabagh.

"Lançamos uma operação de busca para encontrá-los", declarou o governador da província. Muitas pessoas, incluindo um italiano e dois franceses, foram seqüestradas este ano no Afeganistão, e a maioria foi liberta em troca do pagamento do resgate.

Cerca de 140 civis sul-coreanos e 200 militares fazem parte da coalizão liderada pelos americanos no Afeganistão.

Em março passado, o jornalista italiano Daniele Mastrogiacomo foi trocado pelos talibãs por cinco de seus prisioneiros. No entanto, dois guias afegãos foram executados.

No final de junho, um cidadão alemão, cuja identidade e profissão nunca foram reveladas, foi mantido refém por um curto espaço de tempo, mas os talibãs sempre negaram tê-lo seqüestrado.

bur-sb/pg

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