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28 de julho de 2007

Caos aéreo em SP provoca queda na ocupação de hotéis

Por Adriana Carranca

Agência Estado O mais recente capítulo da crise aérea, deflagrado pelo acidente com o vôo 3054 da TAM, no dia 17, provocou uma queda imediata de 15% na ocupação dos hotéis na capital paulista - passando de 70% para 60% dos quartos. A redução, acreditam empresários do setor, é resultado do temor dos passageiros com relação à segurança e ao agravamento dos atrasos e cancelamentos tanto no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, como no Aeroporto de Congonhas, que chegou a fechar, teve a venda de passagens canceladas e o número de vôos limitado.

Pequenos eventos e reuniões de negócios, que costumam garantir a ocupação dos hotéis da capital, foram cancelados nos últimos dias ou adiados. Os pedidos de reservas para hotéis da Rede Accor, como o Ibis São Paulo Congonhas, que fica próximo ao aeroporto, diminuíram em 17% na última semana. “As pessoas estão esperando que a situação se normalize”, diz o presidente da São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPC&VB), Orlando de Souza.

Empresários acreditam, no entanto, que o setor deve se recuperar em agosto. “Houve um desarranjo da malha viária e, é claro, isso teve como efeito imediato a redução do número de viagens, que ainda deve durar alguns dias”, diz o presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Caio Luiz de Carvalho. Ele compara a situação atual com os dias que sucederam os ataques promovidos pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital em São Paulo, em maio de 2006. “Tivemos um impacto instantâneo, mas depois a situação voltou ao normal.”

A limitação de Congonhas para vôos com destino a nove capitais paulistas e o interior não deve implicar em maiores prejuízos para o turismo na capital, dizem os empresários, porque exclui principalmente as conexões. “O importante é acabar com a orgia que acontecia em Congonhas, aumentar a credibilidade e a segurança. São Paulo é a capital dos negócios do País. As pessoas vão se adequar e encontrar alternativas”, diz Carvalho.

Segundo ele, o setor de feiras, congressos e convenções não deve sofrer impacto. O calendário de eventos na cidade está fechado até 2011 e não teve cancelamentos até agora. A expectativa do mercado era de que isso ocorreria como efeito da repercussão internacional da crise. “Mas a nomeação do novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, teve um efeito tranqüilizador. Em um ou dois meses, espera-se que o governo tenha um plano definitivo para a viação e isso ajudaria a normalizar o setor. Pelo menos, o ministro já deu sinais de que a crise tem agora um único comando e isso é positivo para a imagem no Brasil lá fora.”

As informações são de O Estado de S. Paulo.

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