Estudo comprova
O especialista Robert Bailey afirmou na terça-feira, durante a IV Conferência Internacional sobre Patogenias e Tratamento do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH), que a circuncisão nos homens reduz a transmissão do vírus em cerca de 60%.
O professor de Epidemiologia da Universidade de Illinois, Estados Unidos, Robert Bailey, realizou investigações sobre a circuncisão em países como o Uganda, Quénia, Malaui ou Zâmbia, assegurando que as suas conclusões estão comprovadas por 45 estudos feitos sob provas clínicas e por vários estudos biológicos.
Embora em África a prática da circuncisão atinja os 67% nos homens, noutros países do continente existe uma forte oposição a essa prática, baseada em motivos culturais e religiosos. Bailey esclarece, “há que passar da investigação à prática. É necessário que a circuncisão possa ser praticada de forma segura, higiénica e eticamente não discriminatória, e persuadir os lideres dos países a incentivá-la”.
De acordo com Bailey, mesmo havendo um possível receio das mulheres face à reacção dos homens na prática da circuncisão, numerosos estudos comprovam que elas são as primeiras a ligar a circuncisão à higiene. Assim sendo, tanto as mulheres como as mães poderão decidir se a circuncisão se efectuará nos seus filhos, de preferência após o nascimento.
A IV Conferência Internacional sobre Patogenias e Tratamento do VIH é organizada pela Associação Internacional da Sida (IAS) e a Sociedade da Ásia-Austral para a medicina do HIV, este evento é considerado como o mais importante do mundo neste matéria.
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