Investigadores das Nações Unidas identificaram várias pessoas envolvidas no assassinato do ex-premier libanês Rafic Hariri, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira. O documento, de 20 páginas, destaca que as provas obtidas "permitiram identificar certas pessoas (...) que podem estar envolvidas na preparação (do atentado) e execução de Rafic Hariri e em outros casos investigados".
O documento, elaborado pelo chefe da comissão investigadora internacional independente sobre os atentados cometidos no Líbano em 2005, o belga Serge Brammertz, adverte sobre a degradação da situação política no Líbano, o que pode ter um impacto negativo no desenvolvimento da investigação.
Hariri foi morto em 14 de fevereiro de 2005, na explosão de um carro-bomba em Beirute. O relatório indica que indivíduos "que tiveram um papel central na preparação e execução do atentado" usaram "seis telefones móveis, de maneira coordenada", para vigiar os movimentos de Hariri nas semanas anteriores ao atentado.
Segundo o documento, Ahmed Abu Adass, que reivindicou o atentado contra Hariri em um vídeo, não foi o terrorista suicida responsável pela explosão do carro-bomba.
"A comissão investigadora adotou várias medidas necessárias para facilitar a transferência do caso ao tribunal internacional" (criado pela ONU para julgar os assassinos de Hariri), destaca o informe.
ga/LR
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