O BPI, banco envolvido na compra da Carrefour Portugal pela Sonae Distribuição, compromete-se a adquirir as acções representativas de 99,8648% do capital do grupo francês caso a Autoridade da Concorrência (AdC) se oponha à operação, anunciou hoje o banco.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI assume «a obrigação de adquirir as referidas acções na eventualidade de a Autoridade da Concorrência se opor à concretização da operação ou na eventualidade de, até 25 de Julho de 2008, não ser possível obter uma decisão» daquele entidade relativamente ao negócio de concentração.
O BPI explica que a sociedade comercial de direito holandês Carrefour Nederland, a Sonae Distribuição e o banco celebraram «um contrato que prevê a compra da Sonae Distribuição à sociedade de direiro holandês de acções representativas de 99,8648% do capital social e inerentes direitos de voto da sociedade anónima Carrefour (Portugal)».
A Carrefour Portugal detém e gere o conjunto de grandes superfícies de distribuição que operam em Portugal com a marca Carrefour.
Se o BPI comprar as acções do Carrefour, explica o banco, esta operação não constituiria «uma operação de concentração» e seria «efectuada com carácter não duradouro», visando «exercer os direitos de voto inerentes à participação que venha a adquirir com o objectivo de preparar a respectiva alienação, que nessa eventualidade espera poder consumar em curto prazo».
A Sonae Distribuição anunciou hoje, através da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, a aquisição de 99,8648% do capital social da sociedade Carrefour Portugal - Sociedade de Exploração de Centros Comerciais, por 662 milhões de euros.
A transação encontra-se, no entanto, sujeita à aprovação pela Autoridade da Concorrência.
Diário Digital / Lusa
Nenhum comentário:
Postar um comentário