Mesa aceita representação contra o peemedebista e conselho abre processo
Ana Paula Scinocca, do Estadão
BRASÍLIA - Líderes dos partidos políticos no Senado fecharam um acordo nesta quarta-feira, 4, escolhendo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para ser o relator do processo contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A informação foi dada à Agência Estado por um dos participantes do encontro, realizado no gabinete do senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
A admissibilidade de uma representação do PSOL contra Roriz por suposta apropriação de dinheiro público foi aprovada nesta quarta pela Mesa Diretora do Senado e encaminhada ao Conselho, que agora abrirá investigação a respeito do assunto.
Roriz, que foi governador do Distrito Federal quatro vezes, ainda pode renunciar ao mandato para não ser cassado e para preservar direitos políticos.
Mas, a partir do momento em que for notificado pelo Conselho de Ética da abertura do processo, uma renúncia não terá mais a força de garantir esses direitos, entre os quais estaria o de se candidatar nas prómas eleições.
Aém de Mercadante, participaram da reunião o líder do Governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), os líderes do PMDB, senador Wadir Raupp (MT), do PSDB, senador Arhtur Virgílio (AM), do DEM, senador José Agripino (RN), e do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), e o próprio Demóstenes Torres.
De acordo com relatos, os líderes escolheram Demóstenes por considerarem que ele tem o melhor perfil para a função de relator, pois é procurador por profissão e será rigoroso durante o processo de investigação. O único voto contra a condução de Demóstenes à relatoria foi o de Raupp. E o senador Agripino sinalizou certa resistência ao nome do escolhido, que ontem estava cotado para ser o relator do processo contra o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Conversa mantidas em março deste ano pelo senador Roriz com o então presidente do banco estatal BRB foi gravada pela Polícia Civil do Distrito Federal durante a Operação Aquarela, que desmontou uma quadrilha que desviava dinheiro do banco.
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