A partir de agora, as empresas do setor turístico terão acesso a crédito especial para capital de giro, com prazo de 24 meses e taxas de 9,22% ao ano. Até então, os empresários do setor só tinham como opção uma taxa em torno de TJLP + 14%. De acordo com a ministra Marta Suplicy, o giro setorial é uma boa alternativa para dar fôlego ao turismo.
"Hoje o setor é o quinto gerador de divisas em moeda estrangeira no país. O FAT Giro Setorial é uma estratégia para fomentar os negócios no turismo", disse ela. De acordo com o secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, José Evaldo Gonçalo, uma vez que o FAT Giro Setorial passa a disponibilizar recursos também para o turismo, o empresário do setor vai evitar buscar apoio financeiro em fontes mais onerosas. "É dessa maneira que a empresa consegue equilibrar o seu fluxo de caixa a um custo compatível com a rentabilidade. Com essa desoneração, o setor do turismo pode melhorar as condições de prazo e preço dos pacotes oferecidos ao turista", afirmou ele.
Na prática, a aprovação do pleito do MTur vai reduzir os juros dos créditos obtidos pelas empresas de turismo para pagar despesas administrativas, aquisição de material de consumo, pagamento de tributos, entre outros. "O turismo hoje é um dos principais produtos na pauta de exportação brasileira, mas até então não tinha conseguido ser beneficiário de alguns programas de governo que foram criados justamente para fortalecer as empresas exportadoras", explicou Marta Suplicy.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), Eraldo Alves da Cruz, confirmou que essa conquista é um marco para o turismo brasileiro. "A ministra já demonstrou que está disposta a atender as reivindicações do setor", falou. A proposta do MTur, apresentada pela ministra do Turismo, foi aprovada, na última quarta-feira (11/07), pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).
A inclusão do turismo no FAT Giro Setorial também pode fortalecer o programa Viaja Mais Brasil Melhor Idade, que será lançado em agosto. Afinal, o crédito do FAT, ao desonerar o capital de giro, possibilita que as empresas ofereçam pacotes turísticos nas condições que o Ministério do Turismo vem negociando para os aposentados e pensionistas do INSS.
Os pacotes turísticos do programa Melhor Idade devem custar de R$ 500 a R$ 600 e serão parcelados em até 12 vezes com juros bem abaixo de 1% ao mês. O Conselho Deliberativo do FAT assegurou ainda o repasse de R$ 50 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador para financiar os pacotes do programa.
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