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13 de jul. de 2007

ONU já tem suspeitos do assassinato de Rafic Hariri

Investigadores das Nações Unidas identificaram várias pessoas envolvidas no assassinato do ex-premier libanês Rafic Hariri, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira. O documento, de 20 páginas, destaca que as provas obtidas "permitiram identificar certas pessoas (...) que podem estar envolvidas na preparação (do atentado) e execução de Rafic Hariri e em outros casos investigados".

O documento, elaborado pelo chefe da comissão investigadora internacional independente sobre os atentados cometidos no Líbano em 2005, o belga Serge Brammertz, adverte sobre a degradação da situação política no Líbano, o que pode ter um impacto negativo no desenvolvimento da investigação.

Hariri foi morto em 14 de fevereiro de 2005, na explosão de um carro-bomba em Beirute. O relatório indica que indivíduos "que tiveram um papel central na preparação e execução do atentado" usaram "seis telefones móveis, de maneira coordenada", para vigiar os movimentos de Hariri nas semanas anteriores ao atentado.

Segundo o documento, Ahmed Abu Adass, que reivindicou o atentado contra Hariri em um vídeo, não foi o terrorista suicida responsável pela explosão do carro-bomba.

"A comissão investigadora adotou várias medidas necessárias para facilitar a transferência do caso ao tribunal internacional" (criado pela ONU para julgar os assassinos de Hariri), destaca o informe.

ga/LR

Empresas do setor turístico terão crédito para capital de giro

A partir de agora, as empresas do setor turístico terão acesso a crédito especial para capital de giro, com prazo de 24 meses e taxas de 9,22% ao ano. Até então, os empresários do setor só tinham como opção uma taxa em torno de TJLP + 14%. De acordo com a ministra Marta Suplicy, o giro setorial é uma boa alternativa para dar fôlego ao turismo.

"Hoje o setor é o quinto gerador de divisas em moeda estrangeira no país. O FAT Giro Setorial é uma estratégia para fomentar os negócios no turismo", disse ela. De acordo com o secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, José Evaldo Gonçalo, uma vez que o FAT Giro Setorial passa a disponibilizar recursos também para o turismo, o empresário do setor vai evitar buscar apoio financeiro em fontes mais onerosas. "É dessa maneira que a empresa consegue equilibrar o seu fluxo de caixa a um custo compatível com a rentabilidade. Com essa desoneração, o setor do turismo pode melhorar as condições de prazo e preço dos pacotes oferecidos ao turista", afirmou ele.

Na prática, a aprovação do pleito do MTur vai reduzir os juros dos créditos obtidos pelas empresas de turismo para pagar despesas administrativas, aquisição de material de consumo, pagamento de tributos, entre outros. "O turismo hoje é um dos principais produtos na pauta de exportação brasileira, mas até então não tinha conseguido ser beneficiário de alguns programas de governo que foram criados justamente para fortalecer as empresas exportadoras", explicou Marta Suplicy.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), Eraldo Alves da Cruz, confirmou que essa conquista é um marco para o turismo brasileiro. "A ministra já demonstrou que está disposta a atender as reivindicações do setor", falou. A proposta do MTur, apresentada pela ministra do Turismo, foi aprovada, na última quarta-feira (11/07), pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).

A inclusão do turismo no FAT Giro Setorial também pode fortalecer o programa Viaja Mais Brasil Melhor Idade, que será lançado em agosto. Afinal, o crédito do FAT, ao desonerar o capital de giro, possibilita que as empresas ofereçam pacotes turísticos nas condições que o Ministério do Turismo vem negociando para os aposentados e pensionistas do INSS.

Os pacotes turísticos do programa Melhor Idade devem custar de R$ 500 a R$ 600 e serão parcelados em até 12 vezes com juros bem abaixo de 1% ao mês. O Conselho Deliberativo do FAT assegurou ainda o repasse de R$ 50 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador para financiar os pacotes do programa.

12 de jul. de 2007

Localizado planeta com água fora do Sistema Solar

Ao analisar a luz de uma estrela, depois de filtrada pela atmosfera de um planeta 64 anos-luz distante do Sol, uma equipe internacional de cientistas concluiu que o planeta HD 189733b, um gigante gasoso semelhante a Júpiter, tem água.

A aparente ausência do líquido nos corpos localizados fora do Sistema Solar vinha intrigando cientistas há tempos. A detecção da substância em HD 189733b é a primeira considerada conclusiva.

As observações mais recentes, descritas na edição desta semana da revista Nature, foram conduzidas por uma equipe liderada por Giovanna Tinetti, da Agência Espacial Européia (ESA). HD 189733b orbita uma estrela na constelação de Vulpecula ("pequena raposa", em latim), a 64 anos-luz do Sol.

O planeta tem a propriedade de passar diretamente entre sua estrela e a Terra, o que permitiu aos cientistas analisar a luz estelar que atravessa as bordas de sua atmosfera. Eles descobriram que o planeta projeta uma "sombra" maior quando observado em uma faixa de luz específica, e concluíram que esse efeito é produzido pela absorção dessa faixa de luz pela água presente na atmosfera. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

BBC pede perdão à Elizabeth II por ´insinuar sua irritação´

AP
Reação de Elizabeth II quando Annie Leibovitz pediu para que tirasse a coroa
Canal lamenta que seqüência de trailer de documentário passe essa impressão
Efe

Reação de Elizabeth II quando Annie Leibovitz pediu para que tirasse a coroa

LONDRES - Em um comunicado emitido nesta quinta-feira, 12, a rede BBC pediu desculpas à rainha britânica Elizabeth II por "insinuar erroneamente" que ela saiu furiosa de uma sessão de fotos com a fotógrafa americana Annie Leibovitz, uma das mais famosas do mundo.
O canal lamentou o trailer do documentário A Year With the Queen (Um Ano com a Rainha, em tradução livre para o português), que foi exibido pela primeira vez na quarta-feira e pode ter causado a impressão de que Elizabeth II não estava gostando de ser fotografada.
O documentário, que fará sua estréia mundial em outubro, mostra que a rainha resolveu concluir bruscamente a sessão de fotos quando Annie Leibovitz pediu que tirasse a coroa. "Creio que (a foto) ficaria melhor sem a coroa", pediu Annie e, antes que ela pudesse pronunciar "está extraordinário", a rainha teria dito: "Menos elegante. O que é isso?".
Depois da cena que mostra as duas "discutindo", a rainha caminha pelo Palácio de Buckingham, conversando com sua dama de companhia. "Não tenho intenção de mudar nada. Já foi suficiente me vestir dessa forma, muito obrigada", diz Elizabeth. Na realidade, o material foi filmado antes que a rainha começasse a posar para as fotos.
"No trailer, há uma seqüência que insinua que a rainha abandonou a sessão, de forma prematura. Isso não é o que aconteceu e a verdadeira seqüência de acontecimentos está distorcida", afirmou a BBC em seu comunicado.
As famosas imagens de Elizabeth II, de 81 anos, clicadas por Annie, mostram a rainha sentada em uma cadeira, com uma coroa que era de sua mãe, a rainha Maria, na cabeça, e ao lado de uma janela com vista para os jardins do palácio e um céu nublado.
A Year With the Queen é um documentário que homenageia os 80 anos da rainha. Além de retratá-la, captura momentos da vida pessoal da família real britânica, como o príncipe Charles e seus filhos, William e Harry.

10 de jul. de 2007

Ex-ministro condenado por corrupção é executado na China

AFP
Um ex-ministro acusado de corrupção foi executado nesta terça-feira na China, o que é considerado um exemplo e uma advertência a poucos meses do congresso do Partido Comunista (PC), que estará centrado na "harmonia" para desativar as tensões sociais e o mal-estar da população.
A Suprema Corte rejeitou a apelação apresentada pelo ex-diretor da Administração do Estado para a Alimentação e os Medicamentos na China, Zheng Xiaoyu, 62 anos, condenado à morte no final de maio por ter recebido 6,4 milhões de yuans (620.000 euros) de suborno por parte de empresas farmacêuticas e por descumprimento do dever.
A execução do ex-ministro, demitido há dois anos, aconteceu dentro de um contexto de escândalos que questionam a qualidade dos produtos do país, em particular para a exportação.
"É uma decisão muito política", disse Nicholas Bequelin, pesquisador da organização Human Rights Watch em Hong Kong.
"O objetivo é enviar uma mensagem clara ao interior da China para destacar que o governo não aceitará a corrupção", acrescentou.
Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e do congresso no qual o mandato do governante chinês Hu Jintao deve ser renovado, o PC decidiu enfatizar o combate à corrupção.
Há vários meses, a imprensa dá destaque a reportagens sobre o estilo de trabalho dos quadros dirigentes.
Em uma entrevista recente à revista Study Times, He Yong, vice-secretário da Comissão de Disciplina do PC, organismo responsável por descobrir os dirigentes corruptos, manifestou suas inquietações e afirmou que esta é "uma questão de vida ou morte para o Partido e o Estado".
Também advertiu contra as desvios dos que utilizam seu poder em benefício próprio, de amigos ou familiares, enquanto a população enfrenta dificuldades crescentes: preço dos aluguéis, emprego, previdência social, gastos escolares, problemas de meio ambiente, expulsões, pedidos de terra no campo.
"Devido ao trabalho mal feito, à burocracia e ao não cumprimento do dever, os problemas não foram resolvidos, o que agrava a situação e leva inclusive a incidentes de massa que perturbam a estabilidade social", disse He.
"É preciso punir severamente as faltas dos dirigentes", acrescentou.
Para He Weifang, professor de Direito na Universidade de Pequim, a execução de Zheng está destinada "a acalmar a revolta popular".
O ex-ministro Zheng Xiaoyu foi demitido em junho de 2005 depois de comandar durante oito anos a Administração de Alimentação e Medicamentos (SFDA), no qual implementou um sistema de autorização de remédios particularmente polêmico.
Dois ex-assessores de Zheng também foram condenados por corrupção, um à pena de morte com clemência de dois anos e outro a 15 anos de prisão.

9 de jul. de 2007

Suplicy e Izar pedem afastamento de Renan Calheiros

Para ambos, só assim senador se defenderia das denúncias de maneira isenta
Paulo Maciel, da Agência Estado
SÃO PAULO - O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado Ricardo Izar (PTB-SP) concordam que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deveria se afastar do cargo para se defender das denúncias de maneira isenta. "O ideal é ele se afastar e fazer a defesa da tribuna do plenário e no Conselho de Ética", ponderou o presidente do Conselho de Ética da Câmara durante o programa Em Questão, da TV Gazeta. "Todos os representados na Câmara dos Deputados estiveram no Conselho de Ética, coisa que ele não fez até agora", sustentou Izar.
O senador Suplicy, que participou do mesmo programa, confidenciou que Renan Calheiros já teria se comprometido a depor no Conselho. "Na quarta-feira ele disse para mim que vai ao Conselho de Ética", revelou Suplicy. "Agora, como a Polícia Federal pediu 20 dias para concluir a perícia, (o depoimento) vai ficar para o início de agosto."
Roriz

O presidente da Comissão de Ética da Câmara preferiu fazer uma distinção clara entre os casos envolvendo os senadores Joaquim Roriz (PMDB-DF) e Calheiros. Izar foi taxativo ao afirmar que Roriz não tinha tradição no Congresso e seria "infeliz" na própria defesa. "Ele errou: as provas eram concretas, ele seria cassado", concluiu Izar, que presidiu a comissão que analisou os processos de cassação dos deputados envolvidos com o mensalão. "Ele saiu porque quer ser candidato a governador de novo." Para ele, Roriz seria cassado e Renan, absolvido. Porém, ressalvou que o fato de Renan Calheiros não ter se afastado até este momento só complica a situação dele. "Agora ficou muito mais difícil para o Renan."
Diferenças
Ao analisar a atuação do Conselho de Ética do Senado comparado com o Conselho da Câmara, Izar foi bastante crítico: "Logo no começo da legislatura nós escolhemos os membros do Conselho e houve uma eleição sem influência política. O senado não fez isso", lembrou.
Além disso, o deputado paulista criticou o que considera falta de isenção na escolha do relator do processo: "Como que o relator pode ser do mesmo partido da pessoa representada", indagou. "Na Câmara não pode, o nosso regulamento não permite." Izar promete, agora, lutar pelo fim do voto secreto no caso de análises de cassações.
Mudança de rumo
Suplicy elogiou as últimas decisões do Senado, que, segundo ele, estaria pronto para arquivar o caso envolvendo o presidente Renan Calheiros. O senador sustenta que a pressão da opinião pública teria provocado essa mudança de rumo. "Todos fomos tão cobrados que a Mesa do Senado resolveu remeter o processo de volta para o Conselho de Ética", enfatizou o petista. "Ao definir três relatores, o Conselho de Ética efetuou um equilíbrio razoável e esses resolveram pedir à Polícia Federal para terminar a perícia."
O senador do PT disse que, no caso de ser afastado, o presidente do Senado sairia "fortalecido" do episódio. "Quando pessoas do seu próprio partido (PMDB) - como Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon - estão recomendando que se licencie para que faça a sua própria defesa, eles estão falando como amigos", sustentou o senador paulista. E explicou o motivo: "Porque eu acho que ele estaria mais forte para fazer a sua defesa se gastasse todo o seu tempo e energia dedicando-se à sua própria defesa."
Suplicy disse que tentará aprovar emenda constitucional para acabar com o cargo de suplente: "Dei entrada esta semana a uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que não haverá mais suplentes, senão eleitos diretamente pelo povo."