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10 de ago. de 2007

UE pode fazer esforço adicional para concluir Doha, diz Barroso

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A União Européia pode fazer um esforço extra para que um acordo na Rodada de Doha de liberalização comercial seja alcançado, mas o prazo para o trabalho é exíguo, disse o presidente da Comissão Européia, o português José Manuel Durão Barroso.

"A União Européia poderá fazer um esforço adicional na parte de tarifas agrícolas. A margem é limitada, mas podemos fazer o esforço se outros países fizerem um esforço (em outras áreas)", disse Barroso a jornalistas após proferir palestra na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

Ele criticou o foco, na sua opinião excessivo, do Brasil e de outros países na questão agrícola nas discussões da OMC (Organização Mundial do Comércio).

"É um erro ver a rodada como acontece com a opinião pública aqui no Brasil como uma rodada agrícola. O comércio mundial não é só agricultura. Há mercados de serviços e produtos industriais", disse.

"O G20, do qual faz parte o Brasil, deve fazer mais gestos na direção dos produtos não agrícolas e no mercado de serviços. É essencial para chegarmos a um acordo".

Barroso acredita que o mês de novembro seria a data limite para o fim das negociações da Rodada de Doha, uma vez que a partir do início de 2008 os Estados Unidos estarão envolvidos na sucessão presidencial.

"As eleições nos EUA em 2008 tornarão mais difícil um compromisso. A posição norte-americana é decisiva na questão agrícola. É preciso um esforço rápido, porque haverá sucessivas eleições e será difícil conseguir uma conjunção de idéias", declarou.

"Seria péssimo não fechar Doha. Seria um ponto negativo para a economia global, uma brecha no multilateralismo, e uma desilusão para os países mais pobres do mundo".

Barroso acrescentou que a UE pretende, em um eventual acordo, tornar livre o acesso a seu mercado por parte dos países mais pobres. Ele afirmou que acha o cenário atual das negociações favorável ao Brasil.

"Se se fechar a rodada como está, será uma grande vitória para o Brasil. Quando se quer muito é possível sair sem nada", disse ele durante a palestra.

"Vejam o que está na mesa, porque já é positivo", acrescentou Barroso, cobrando também um esforço complementar do Brasil e de outros países em desenvolvimento para o sucesso da rodada, que está praticamente paralisada desde que uma reunião na Alemanha entre Brasil, EUA, Índia e UE não alcançou acordo.

Ele opinou que a economia brasileira, e também da América Latina em geral, é ainda muito fechada, criando um obstáculo para negociações na OMC.

"A economia brasileira está se abrindo, mas por razões históricas e pelo modelo de desenvolvimento escolhido, ainda há um potencial para mais abertura (na região), ainda há dificuldades burocráticas e administrativas no comércio entre os países", disse, ao lembrar que não há barreiras entre os 27 países membros da UE, ao passo que o Mercosul ainda tem tarifas entre os países membros.

"Temos de superar idéias de populismo chauvinista, protecionismo e isolacionismo".

(Por Rodrigo Gaier)

Maddie: três meses depois o mistério continua

O caso da inglesinha Madeleine McCann ainda é um completo mistério três meses depois de seu desaparecimento, enquanto a imprensa especula sobre os vestígios de sangue encontrados no quarto ocupado pela família McCann durante as férias que passavam no sul de Portugal.

Em entrevista à televisão portuguesa, Gerry e Kate McCann, pais de Maddie, disseram que a polícia os informou que a investigação havia voltado à estaca zero, sem que fosse apresentada qualquer prova da morte da menina, hipótese que agora é considerada.

"Quando a polícia passou a acreditar que a investigação não estava levando a lugar nenhum, concordamos em voltar ao ponto de partida para ajudar nas buscas por Madeleine, ainda que isso implique em voltarmos ao centro das investigações" como suspeitos, declarou Gerry McCann à rede de TV portuguesa TVI.

O casal está convencido de que a menina está viva e realiza uma campanha internacional com o apoio de personalidades como o jogador de futebol David Beckham e a autora de Harry Potter, J.K. Rowling,

A última iniciativa dos McCann foi anunciada nesta sexta-feira. Os pais de Maddie inauguraram uma nova sessão no portal de vídeos americano YouTube sobre crianças desaparecidas.

Há uma semana, os meios de comunicação portugueses afirmam que a investigação teve uma reviravolta com a descoberta dos vestígios de sangue no quarto do apart-hotel Ocean Club, cujas amostras estão sendo analisadas por um laboratório britânico.

Além disso, as acusações contra Robert Murat, único suspeito oficial do caso, poderiam ser retiradas já nos próximos dias, afirmou nesta sexta-feira o jornal britânico The Times.

No fim de semana passado, no entanto, policiais portugueses e britânicos ainda rastreavam o jardim da mansão do inglês de 33 anos, localizada a apenas cem metros do Ocean Club, em busca de novos indícios. Robert Murat se diz inocente.

Kate e Gerry, ambos médicos, haviam deixado Madeleine e seus irmãos gêmeos de dois anos dormindo no quarto enquanto jantavam com amigos em um restaurante a 50 metros de distância. O casal afirma que a cada meia hora ia até o quarto para ver as crianças.

"Sabemos que somos completamente inocentes", afirmou Gerry à rede de televisão britânica BBC.

"É duro quando alguém dá a entender que sua filha está morta e que você pode estar envolvido nisso", lamentou.

À luz dos novos elementos coletados pelos investigadores, os pais da pequena e os amigos com quem jantavam na noite do desaparecimento devem prestar novos depoimentos à polícia judicial.

"Estamos absolutamente convencidos de que não estão envolvidos, mas o importante é o que a polícia pensa", disse Gerry à TVI.

Por sua vez, o diretor nacional da polícia judicial portuguesa, declarou à agência de notícias Lusa que o enigma está longe de ser resolvido.

"Temos novos elementos, mas ainda não sabemos onde irão nos levar", disse. Kate e Gerry organizaram para este sábado várias iniciativas para marcar cem dias sem Maddie.

Nos últimos meses, várias pessoas afirmaram ter visto a menina em diferentes países, mas nenhuma pista deu resultado até agora.

lf/mvm-erl/jr/ap

Conselho de Segurança amplia papel da ONU no Iraque

Agencia Estado

O Conselho de Segurança (CS) aprovou por unanimidade hoje uma resolução expandindo o papel da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque. A resolução autoriza a ONU, a pedido do governo iraquiano, a ajudar a promover conversações entre os diferentes grupos étnicos e religiosos do país e levar adiante um diálogo regional sobre questões como segurança das fronteiras, energia e refugiados. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, co-patrocinadores da resolução, manifestaram a crença de que a ONU poderia exercer um papel importante na tentativa de pacificar o Iraque por ser vista por muitos como uma entidade neutra, capaz de atuar como facilitadora de negociações entre partes em conflito.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, recebeu com satisfação a decisão do CS de renovar e expandir o mandato da missão da entidade no país árabe. "As Nações Unidas estão profundamente comprometidas em ajudar o povo iraquiano e estou satisfeito por ter agora a oportunidade de intensificar, onde for possível, nossas contribuições em áreas cruciais como a reconciliação nacional, o diálogo regional, a assistência humanitária e os direitos humanos", disse Ban perante o CS da ONU.

O embaixador dos EUA no Iraque, Zalmay Khalilzad, disse que a adoção da resolução "marca uma nova e importante fase no papel da ONU no Iraque" e manifestou a esperança de que a medida sirva para "impulsionar a conquista de apoio internacional ao governo e ao povo iraquianos". "Essa resolução expõe a crença generalizada de que o que acontece no Iraque tem implicações estratégicas não somente para a região, mas também para o mundo", prosseguiu ele.

Combates do Exército filipino com guerrilha do Abu Sayyaf matam 52

Número de feridos chega a 25; para militares, terroristas recebem apoio de uma facção dissidente da FMLN

Efe

ZAMBOANGA, Filipinas - Combates entre o Exército e guerrilheiros do Abu Sayyaf, grupo islâmico ligado à Al-Qaeda, mataram 52 pessoas e feriram 25. Os confrontos aconteceram na ilha de Jolo, cerca de 980 quilômetros ao sul de Manila, informou nesta sexta-feira a rede de TV GMA News.

A emissora elevou a 27 o número de rebeldes mortos nos choques. As outras vítimas eram, em sua maioria, militares. Mas também morreram civis, como um adolescente que foi atingido por vários tiros.

O primeiro dos confrontos aconteceu durante uma emboscada na aldeia de Maimbung contra um caminhão do 33º Batalhão de Infantaria. Nesse combate, nove soldados perderam a vida e dois ficaram feridos.

Horas mais tarde, nas montanhas próximas a Maimbung, houve outro enfrentamento, no qual mais dez militares morreram. As outras mortes aconteceram em diversos choques, sobre os quais a emissora não deu detalhes.

Segundo o Exército, as tropas do governo têm enfrentado um grupo de rebeldes liderado por Radullah Sahiron, um dos chefes do Abu Sayyaf.

Fontes militares também disseram que os terroristas recebem apoio de uma facção dissidente da Frente Moura de Libertação Nacional (FMLN).

O Abu Sayyaf foi fundado em 1991, na ilha de Basilan, perto de Jolo, por um grupo de correligionários que lutaram na guerra do Afeganistão contra a União Soviética.

9 de ago. de 2007

Gol sai de lucro para prejuízo de R$ 35,371 milhões

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 35,371 milhões no segundo trimestre, contra lucro líquido de R$ 106,685 milhões do mesmo período do ano passado, de acordo com o padrão contábil norte-americano (US Gaap).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 63,9 milhões, contra o número positivo de R$ 148,2 milhões. A margem Ebitda (relação entre receita líquida e Ebitda)foi negativa em 5,5%, o que significou uma queda de 23 pontos porcentuais quando comparada com os 17,5% positivos do segundo trimestre de 2006.

O Ebitdar (equivalente ao Ebitda antes das despesas com arrendamento de aeronaves) caiu 67,4% e ficou em R$ 72,2 milhões. A receita líquida totalizou R$ 1,151 bilhão, com avanço de 36,4%. O resultado operacional foi negativo em R$ 93,414 milhões, conta um resultado positivo de R$ 132,258 milhões.

O lucro líquido da companhia aérea, conforme o padrão brasileiro atingiu R$ 157,074 milhões no segundo trimestre, com alta de 60% sobre o mesmo intervalo do exercício anterior.

Fonte: Agência Estado

Traficante quer colaborar com polícia dos EUA

Segundo advogado, Abadía prefere ser extraditado, mas medida depende de decisão da Justiça brasileira

Rodrigo Pereira, Marcelo Godoy e Vannildo Mendes

Um dos maiores traficantes do mundo, o colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, quer se tornar colaborador da Agência Antidrogas Americana (DEA, na sigla em inglês). Ramiréz Abadía deseja ser extraditado para os Estados Unidos e cumprir as condenações por tráfico e assassinato que pesam contra ele naquele país. Quem afirma tudo isso é o advogado de Abadía no Brasil, Sérgio Alambert."Meu cliente pediu que eu entrasse em contato com o DEA e demonstrasse a vontade dele em colaborar", disse Alambert.

Segundo o advogado, o colombiano já esteve contato com agentes da DEA. "Na hora da prisão havia dois agentes da DEA, que tentaram interrogá-lo lá." Mas Ramírez Abadía se recusou a falar com eles. "Tenho minha vida inteira para falar com vocês quando estiver lá (nos EUA)", disse o colombiano aos homens da DEA.

Segundo o advogado, o traficante "assume e tem consciência dos crimes imputados a ele nos Estados Unidos e quer ser deportado para lá". O Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda a comunicação da prisão do colombiano para definir se dá preferência ao pedido de extradição ou ao processo que ele responde na Justiça Federal por lavagem de dinheiro. Caso prevaleça a segunda hipótese, Abadía será primeiro julgado no Brasil e terá de cumprir pena, de 3 a 10 anos de reclusão, se condenado. Depois, será transferido aos EUA, onde é acusado de tráfico e assassinatos.

"Ele deixou claro que, já que vai ter que enfrentar o problema, que seja logo, de uma vez", prossegue o advogado, que espera conseguir a extradição antes da conclusão do processo sobre lavagem de dinheiro que levou a PF a prender o colombiano.

O traficante exige, no entanto, uma "extradição condicionada" - que a pena seja limitada a 30 anos, como determina a legislação brasileira. Isso impediria que recaísse contra ele uma eventual prisão perpétua ou a pena de morte, condenações comuns nos tribunais americanos para os crimes que o colombiano admite ter cometido.

"Há jurisprudência no Supremo que determina isso. Então, ele só pode ser deportado se os Estados Unidos assinarem um termo se comprometendo a não ultrapassar os 30 anos de prisão", diz Alambert. Em 1996, o colombiano fez um acordo com a Justiça colombiana. Entregou-se em troca da redução de sua pena de 24 anos para 13 anos . Ele cumpriu 6 anos e foi posto em liberdade. O advogado acredita que a extradição será rápida, "pois há um interesse muito grande dos americanos". Os EUA fixaram em US$ 5 milhões o prêmio por sua captura. Até agora, o STF não expediu o decreto de prisão para fins de extradição, pedida pelos EUA em 31 de julho e distribuída ao ministro Eros Grau em 2 de agosto.