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20 de ago. de 2007

Lula: o Brasil não está com medo dessa crise

Agencia Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "o Brasil não está com medo dessa crise. Nós temos a preocupação natural de um país emergente, como qualquer país emergente desse mundo. Agora, é importante saber o seguinte: nós temos US$ 160 bilhões de reservas". A afirmação foi feita hoje durante o programa semanal de Rádio, Café com o Presidente, e se refere à turbulência verificada nos mercados recentemente por conta da crise no setor de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos.

Ele disse que é importante que "nós consigamos dizer para a sociedade brasileira que essa é uma crise eminentemente americana. É uma crise do setor imobiliário americano, ou seja, e de alguns fundos que compraram títulos pensando em ganhar muito dinheiro, sabe, de terceira categoria nos Estados Unidos. Então, na hora que os EUA resolverem o seu problema não terá problema no mundo".

Para Lula, o Brasil está tranqüilo em relação à turbulência do mercado financeiro e que "nós temos segurança pra eventual especulação financeira". Ele disse que se deseja é que "as pessoas continuem acreditando que o País atingiu "um índice de maturidade tão grande que a seriedade não é mais uma coisa eventual, um comportamento eventual, é uma coisa definitiva. O Brasil não vai retroceder. Este país é um país sério, é um país governado com seriedade, nós aprendemos a fazer a lição de casa".

O recado final de Lula no seu programa de rádio foi o seguinte: "quando muitos ficavam gritando pela imprensa que nós deveríamos gastar, nós preferimos economizar e hoje nós temos a estabilidade macroeconômica necessária, as reservas necessárias pra gente dizer: a crise que está acontecendo não vai afetar o Brasil".

Estado de Emergência na Jamaica

Árvores derrubadas e casas destruídas são os efeitos visíveis da passagem do furacão Dean

APVentos fortes e chuvas intensas já provocaram o derrube de várias árvores na Jamaica

As autoridades da Jamaica decretaram o Estado de emergência, por 30 dias, devido à passagem do furacão Dean. Árvores derrubadas e casas destruídas são para já os principais efeitos da chuva intensa e dos fortes ventos que atingiram o país. Há também notícia de uma pessoa desaparecida.

SIC

Os ventos fortes sentidos, em especial na costa sul da Jamaica, chegaram aos 230 km por hora.

Os danos materiais deverão ser elevados, mas são ainda difíceis de contabilizar. Árvores derrubadas e casas destruídas são por enquanto os efeitos imediatos da passagem do Dean.

Pelo menos uma pessoa é dada como desaparecida, depois do furacão ter destruído totalmente a habitação onde se encontrava.

O medo de pilhagens levou grande parte da população a manter-se em casa. A maior parte dos refúgios disponibilizados pelas autoridades, em igrejas, escolas e instalações desportivas, ficaram vazios.

O receio de instabilidade após a passagem do furacão levou também o Governo de Kingston a decretar o Estado de Emergência.

Dean pode subir à categoria 5

O furacão Dean está actualmente na categoria 4, mas depois da passagem pela Jamaica, receia-se que possa ascender à categoria 5. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos prevê que nas próximas horas o furacão atinja o México e as ilhas Caimão.

A passagem do Dean pelas Caraíbas já provocou a morte de pelo menos seis pessoas.

Escala de Furacões

No início dos anos 70, o engenheiro Herbert Saffir e o então director do Centro Nacional de Furacões nos Estados Unidos, Robert Simpson, construíram uma escala onde classificaram furacões com ventos ininterruptos de 118km/h ou mais. A Tabela Saffir-Simpson utiliza uma escala de 1 até 5 e enumera os potenciais danos, de acordo com a pressão barométrica, a velocidade dos ventos e a elevação do nível do mar. A escala é apenas utilizada para descrever furacões que se formam no Oceano Atlântico e a Norte do Oceano Pacífico.

Tempestade Tropical

Ventos (km/h): 63 - 117 Nível do mar (m): 0 - 0,9

Categoria 1

Ventos (km/h): 119 - 153 Nível do mar (m): 1,2 – 1,6 Pressão barométrica (pa): Menor que 980 Danos potenciais: Não provoca quaisquer danos nas estruturas dos edifícios. A principal consequência regista-se ao nível das regiões costeiras, com possibilidade de pequenas inundações. Pode provocar queda de árvores.

Categoria 2

Ventos (km/h): 154 - 177 Nível do mar (m): 1,7 – 2,5 Pressão barométrica (pa): 965–979 Danos potenciais: Danos verificam-se em janelas, portas e telhados de casas. Podem ser arrancadas árvores com a força dos ventos. As culturas ficam muito danificadas. Embarcações ancoradas junto à costa podem ser afectadas. Possibilidade inundações em zonas costeiras.

Categoria 3

Ventos (km/h): 178 - 209 Nível do mar (m): 2,6 – 3,8 Pressão barométrica (pa): 945–964 Danos potenciais: Provoca danos estruturais em pequenas casas e edifícios. Destrói construções feitas de madeira. Inundações perto da costa destroem pequenas estruturas e danificam construções maiores, inundação de terrenos. Neste caso, o Centro Nacional de Furacões de Miami já recomenda a retirada das pessoas do local onde o furacão possa passar.

Categoria 4

Ventos (km/h): 210 - 249 Nível do mar (m): 3,9 – 5,5 Pressão barométrica (pa): 920–944 Danos potenciais: Provoca grandes danos em áreas habitadas. Casas e prédios podem ser derrubados pelos ventos. Chuvas torrenciais provocam alagamentos em enormes áreas, grandes inundações. Necessidade de retirar em larga escala todos aqueles que residem nas regiões por onde o furacão passe.

Categoria 5

Ventos (km/h): Mais que 249 Nível do mar (m): Mais que 5,5 Pressão barométrica (pa): Menor que 920 Danos potenciais: Fenómeno considerado "raro" pelos meteorologistas, pode destruir tudo que estiver no seu caminho. Áreas costeiras podem ser invadidas até dez quilómetros. Colapso das estruturas. É obrigatória a retirada de todas as pessoas que morem perto da costa.

Delegação da AIEA chega a Teerã para terceira rodada de negociações

Teerã, 20 ago (EFE).- Uma delegação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) iniciou hoje uma visita ao Irã para realizar uma terceira rodada de negociações com as autoridades deste país, em uma tentativa de encontrar uma saída para a disputa envolvendo o plano nuclear iraniano.

Segundo a televisão estatal, a delegação chegou nesta madrugada a Teerã, onde permanecerá dois dias e se reunirá com representantes do Organismo de Energia Atômica iraniano e do Conselho Supremo da Segurança Nacional (CSSN), presidido pelo principal negociador iraniano no caso nuclear, Ali Larijani.

A parte iraniana estará presidida por Javad Vaeedi, o assessor de Larijani, enquanto a delegação da AIEA é encabeçada pelo subdiretor desta organização internacional, Olli Heinonen.

As negociações começaram no dia 11 de julho em Teerã em uma tentativa de alcançar, durante 60 dias, um "plano marco" sobre a solução das "questões pendentes" no caso nuclear.

Uma segunda rodada aconteceu em Viena do dia 24 desse mês, quando as duas partes anunciaram um acordo que permitiu a visita - seis dias depois - de uma equipe da AIEA à usina de água pesada de Arak, no centro do Irã.

Com suas negociações com a AIEA, o Irã tenta conseguir que seu caso nuclear seja tratado por esta organização e não pelo Conselho de Segurança da ONU, para evitar o endurecimento das sanções contra o país por sua recusa em suspender o programa de enriquecimento de urânio.

A AIEA investiga há cinco anos o programa atômico da República Islâmica e até agora não pôde descartar com toda certeza se os esforços nucleares desse país são militares.

O Conselho de Segurança da ONU já adotou duas resoluções com regimes de sanções diplomáticas e comerciais para obrigar o Irã a abandonar o enriquecimento de urânio, um material de duplo uso, civil e militar.

EFE fá-msh mh

Incidente com avião da Gol gera pânico em Goiânia

Um avião da Gol, que fazia o vôo 1355, de Goiânia para Guarulhos, teve problemas na decolagem no Aeroporto de Goiânia. Os passageiros entraram em pânico. Segundo Flávia Fonseca, mulher do cantor Luciano, da dupla Zezé de Camargo e Luciano, que estava no avião ao lado da assessora Arleide Caldas, o avião estava preparado para subir quando, de repente, brecou e bateu fortemente no solo.

"Eu estava na primeira fileira, ele estava em alta velocidade, acelerando. O bico não estava mais no solo. Do nada, brecou e foi quicando no solo. Sentimos como se estivesse quase saindo da pista. Foi uma cena de horror. As pessoas levantaram e começaram a gritar e pedir para descer. Muitos tiveram crise nervosa", conta Flávia, que falou por telefone com O Globo Online.

Flávia afirmou que machucou o braço e está com muita dor no pescoço. Ela reclama que a Gol não deu satisfação para os passageiros.

"O comandante não disse o que aconteceu. Mandou apenas que ficassem calmos e disse que voltaria para que pudéssemos desembarcar. Estávamos todos desesperados e eles disseram que iam fazer manutenção no avião", diz ela.

Flávia retornou para o flat onde estava hospedada em Goiânia e comprou uma passagem para viajar a São Paulo num vôo de 18h, da TAM.

Segundo ela, os demais passageiros ficaram no aeroporto."Muita gente vomitou e ficou com o nariz sangrando. Ninguém deu satisfação e sequer prestaram assistência", diz.

A Gol divulgou nota afirmando que o avião que fazia o vôo 1355, que partiria de Goiânia, em Goiás, com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, teve um "acendimento da luz de aviso do sistema hidráulico". Segundo a empresa, os passageiros foram desembarcados e reacomodados em outros vôos.

Da Agência O Globo

19 de ago. de 2007

País marcado pela violência

Afeganistão festejou dia da sua independência

Uma cerimónia no estádio de Cabul, que incluiu um desfile militar, assinalou ontem o aniversário da independência do Afeganistão. Mas o dia-a-dia no país continua a ser marcado pela violência.

Só este ano já morrem 3.400 pessoas. O Afeganistão, confrontado com uma espiral de violência que este ano causou pelo menos 3.400 mortos, festejou ontem o dia da sua independência, obtida da Grã-Bretanha em 1919, com uma cerimónia no estádio de Cabul que incluiu um desfile militar.

“A educação é a única via para nos levar ao progresso e ao desenvolvimento”, disse o presidente afegão, Hamid Karzai, num discurso pronunciado durante este acto. Após a sua intervenção, teve lugar um desfile militar e de grupos tribais, que depois deu lugar a um grupo de crianças que exibiu danças tradicionais do país.

“O 88º aniversário da independência do Afeganistão das forças britânicas é celebrado num tempo em que o nosso país está de novo ocupado pelas mesmas forças”, ironizou o mulá Omar, líder dos talibãs, num texto publicado na página Internet dos insurrectos.

O líder dos talibãs apelou a todos os afegãos que apoiam o Governo a unirem-se aos insurrectos na sua “luta pela liberdade do país”. A violência no Afeganistão recrudesceu com a chegada da Primavera ao país, onde são constantes os combates entre as forças internacionais e afegãs com a rebelião talibã.

RaptoÀ margem das cerimónias, decorrem intensas buscas para encontrar uma alemã raptada sábado em Cabul por homens armados, em plena luz do dia, informaram fontes diplomáticas na capital afegã. “Estamos a actuar com vista à libertação” da mulher, de 31 anos e funcionária da organização não governamental Ora Internacional, confidenciaram diplomatas ligados ao processo.

“Contamos encontrar depressa uma solução” para este sequestro, acrescentaram, justificando que na fase actual “não estão autorizados a fornecer mais informações”.

O porta-voz do ministério do Interior afegão, Zamara Bashary, informou que as forças da polícia “isolaram a zona do rapto” e que existe esperança de um bom resultado. “Vamos prender os criminosos e metê-los na prisão”, afirmou, garantindo que as autoridades afegãs não tencionaram negociar com os sequestradores.

Os raptores foram de imediato classificados como “bando de criminosos” por aparentemente não estarem ligados aos talibãs.

Intensas buscas para encontrar uma alemã raptada Desfile militar assinalou o aniversário da independência do AfeganistãoEPA/Lusa

Gás vaza e menina de 12 anos morre em flat no Rio de Janeiro

Irmã, de 5 anos, ficou ferida e está internada; apenas uma ambulância estava disponível para o resgate

Fabiana Cimieri, do Estadão

RIO - Um vazamento de gás provocou a morte de uma menina de 12 anos em um flat na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Na tarde de sábado, 18, Kawai Baisotti estava tomando banho com a irmã, Keilua, de 5 anos, enquanto o padastro das meninas falava com a mãe delas, ao telefone.

Apenas uma ambulância estava disponível para socorrer as meninas. O médico-bombeiro optou por levar Keilua para o hospital porque Kawai já estava com parada cardíaca. Segundo o relações-públicas do Corpo de Bombeiros, as manobras de ressuscitação cardiovascular não podem ser feitas com a ambulância em movimento. Uma equipe de enfermeiros tentou reavivar Kawai, mas não teve sucesso.

O delegado Carlos Nogueira, da 16ª Delegacia de Polícia (Barra), investiga a hipótese de homicídio culposo (sem intenção de matar) no vazamento de gás que matou Kawai e deixou Keilua ferida. "Em princípio parece um acidente, mas vamos apurar se houve descuido de quem tomava conta delas ou do condomínio. Instaurei um procedimento para apurar se houve homicídio culposo", disse o delegado, depois de ouvir o depoimento do padrasto das meninas, o contador Antonio José Dutra.

Depoimento

Chamado para prestar depoimento à polícai, o padrasto das meninas afirmou que o que aconteceu foi um acidente. "Foi uma fatalidade, perdemos a luz das nossas vidas", disse, chorando muito. O enterro de Kawai depende da chegada dos pais da menina. Elas moravam com a mãe na Itália e estavam de férias na casa dos avós maternos. Ao saber do acidente, mesmo sem ter sido informada da morte da neta mais velha, a avó passou mal e está internada num hospital particular da Barra da Tijuca.

Antonio José contou à polícia que, na hora do vazamento, estava com a mulher no telefone. Ele estranhou a demora e, como elas não responderam, entrou no banheiro e encontrou-as desmaiadas no chão. De acordo com os bombeiros, quando eles chegavam, os corpos haviam sido movidos para a sala.

Nesta tarde, Keilua foi transferida para a UTI pediátrica de um hospital particular na zona sul do Rio. Seu estado de saúde era estável e ela respirava sem aparelhos, mas ainda não estava se alimentando normalmente. Segundo amigos da família, ela ainda não foi informada da morte da irmã. O corpo de Kawai continuava no Instituto Médico-Legal aguardando que algum parente fizesse a liberação.

Causas

A perícia preliminar, segundo Nogueira Pinto, aponta para a falta de conservação da instalação de gás. O banheiro não possuía janela e, uma das hípóteses é a de que a chama-piloto do aquecedor tenha apagado. O delegado pretende ouvir ainda o proprietário do imóvel e a Companhia Estadual de Gás (CEG), responsável pela distribuição de gás no Rio.

Em nota, a CEG lamentou o acidente e informou que "as causas são desconhecidas, e que dará toda assessoria técnica necessária para detectar o motivo do acidente".

Na segunda-feira, às 11 horas, técnicos da companhia irão acompanhar os peritos do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE) numa vistoria técnica do local "para detectar se o aquecedor está regulado e instalado de acordo com as normas de segurança".