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15 de set. de 2007

Futebol feminino do Brasil vence China por 4 a 0

Agencia Estado

Apesar da torcida contra, a seleção brasileira não se inibiu e conseguiu a sua segunda goleada na Copa do Mundo Feminina de Futebol ao superar as anfitriãs chinesas por 4 a 0, na manhã deste sábado (horário de Brasília), no Wuhan Stadium. A vitória dirigida pelo técnico Jorge Barcellos contou com grandes apresentações de Marta e da atacante Cristiane, que marcaram dois gols cada.

Com o triunfo, o Brasil, campeão no Pan-Americano do Rio, segue na liderança do Grupo D com seis pontos e precisa apenas de um empate diante da Dinamarca na última rodada da primeira fase para garantir a classificação às quartas-de-final e o primeiro lugar da chave - a partida acontece na próxima quarta-feira, no Estádio Dragon, em Hangzhou.

No jogo preliminar, as dinamarquesas passaram pela lanterna e já eliminada Nova Zelândia por 2 a 0 e ocupam a segunda colocação com três pontos, assim como a China - as donas da casa jogam com a equipe da Oceania na rodada final, também na quarta, em Tianjin.

Apesar do placar elástico, o Brasil sofreu um grande susto aos 25 minutos do primeiro tempo, quando a zaga falhou e Song ficou cara a cara com a goleira Andréia. A camisa 1 brasileira fez excelente defesa ao sair e abafar o chute à queima-roupa da adversária. Recomposta, a seleção conseguiu abrir o marcador nos instantes finais da primeira etapa. Após bom lançamento de Formiga, Marta partiu livre e, com um toque de gênio, tirou a goleira Wenxia Han da jogada para completar para o gol vazio.

Melhor em campo, o time nacional voltou mais disposto para o segundo tempo e ampliou a vantagem logo na primeira tentativa. A atacante Cristiane aproveitou falha da zaga chinesa e bateu, colocando a bola no fundo das redes. Dois minutos depois, Marta rouba a bola perto da área e tocou para Cristiane completar e fazer o terceiro. A goleada foi encerrada aos 24 minutos, quando Marta ganhou a disputa com a sua marcadora, de dentro da área, e chutou para fazer o seu quarto gol no Mundial - ele já havia marcado dois na goleada por 5 a 0 sobre a Nova Zelândia na estréia.

Dando as cartas

Funcionários dos Correios paralisam 80% dos serviços nas agências espalhadas pela capital baiana

Mariana Rios

No segundo dia de greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos na Bahia (ECT), as agências em Salvador registraram uma redução em mais de 80% do movimento. Apenas encomendas via Sedex estão sendo aceitas e encaminhadas, mas sem prazo preciso de entrega. O plano de contingência tenta dar conta da demanda deste tipo de correspondência, considerada prioritária, assim como telegrama e malote. Em toda a Bahia, são 4.800 trabalhadores que reinvindicam, junto com funcionários da ECT de outros 22 estados brasileiros, aumento linear de R$200 e reposição salarial de 47,77%.

Em uma das 33 agências franqueadas da capital, a atendente confirma a ausência de clientes. “Eu fazia cem atendimentos diários. Hoje (ontem, 16h), fiz 17”, contabilizou Silene Carvalho. No local, não estão sendo aceitas encomendas normais, Sedex 10 e PAC. Em outra franqueada, localizada na Federação, a rotina foi alterada, com a queda nos atendimentos. Além disso, os pedidos para entrega via Sedex estão sendo levados pela própria agência para o posto dos Correios no aeroporto. Antes, o recolhimento era feito pela ECT. “Até agora fiz 11 atendimentos, enquanto, em média, este número normalmente ultrapassa 80”, contou a atendente de balcão, Rita de Cássia Dias. Lá, encomendas para Sedex 10 não estão sendo recebidas, ao contrário das cartas – mas, que acabam retidas na agência.

A informação contradiz o que divulga os Correios em seu site na internet: “O atendimento ao público está normal em todas as agências do país”. Nas agências próprias, no entanto, encomendas como Sedex 10 não estão sendo aceitas. Para tentar desafogar o serviço, as entregas estão sendo feitas segundo um planejamento prévio, que descentraliza as encomendas. A estratégia é não comprometer a entrega por piquetes, por exem-plo. Anteontem, foi registrada uma pequena retenção, mas como a postagem diminuiu, foi possível agilizar a entrega com os funcionários que continuam na atividade.

Em toda a Bahia, os Correios possuem 465 agências próprias e 90 franqueadas. Normalmente, a carga de correspondências é direcionada para centros de tratamento de cartas e encomendas e destes para o centro de distribuição domiciliar (CDD). Em Salvador, existem 17 CDDs – locais diretamente afetados pela greve.

Ontem, em mais uma assembléia, a categoria reiterou o estado de greve por tempo indeterminado e aguarda para segunda-feira uma nova proposta. A concentração para a reavaliação do movimento está prevista para às 17h, na Praça da Inglaterra, no Comércio. A proposta da direção central dos Correios, rejeitada pelos grevistas, foi reajuste linear de R$ 50 em janeiro e reajuste salarial de 3,74% retroativo a agosto, além de um abono de R$ 400 divididos em duas parcelas.

A subprocuradora geral do trabalho, Lélia Guimarães Carvalho, que enviou ontem, via Sedex, para a Espanha, sua tese de doutorado O poder do empregador e os direitos fundamentais dos trabalhadores, não sabia da greve, mas apóia o movimento. “É o único direito legítimo e legitimador do trabalhador para defesa de seus direitos”, declarou. Já o contador Ricardo Simões, 30 anos, voltou para casa com as encomendas simples que iria enviar. Ele comercializa bolsas feitas com fitas do Senhor da Bonfim pela internet. “Podem pedir devolução do dinheiro, porque já foram pagas. Espero que não”, afirmou.

14 de set. de 2007

GAZETA: Renan procura inimigos para reabrir diálogo

BRASÍLIA, 14 de setembro de 2007 - Um dia depois de ser absolvido pelos seus pares da acusação de ter a pensão alimentar concedida à filha que teve fora do casamento paga por um lobista da construtora Mendes Júnior, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) chegou ao plenário da Casa, ontem, demonstrando força. Começou por negar qualquer intenção de se licenciar do cargo, diante das pressões da oposição. Afirmou que se absteve de votar na sessão que definiu sua sobrevivência ao processo no Senado e minimizou o desgaste sofrido durante os mais de 100 dias de crise que atravessou por conta de quatro representações no Conselho de Ética da Casa.

O vigor renovado pela absolvição e o trânsito pelas bancadas tanto da oposição quanto do governo são os argumentos exibidos por Renan para convencer a parte insatisfeita do Senado de que, hoje, ele é o único com poder para voltar a unificar a Casa.

Para os adversários, a primeira demonstração de força aconteceu pouco depois da chegada de Renan ao Congresso, ainda no cafezinho do Senado. Lá, Renan afirmou ter sido um dos seis que se abstiveram de votar. Sinalizou, com isso, que tinha certeza da vitória, por ter votos entre os partidos de oposição. Perguntado se tiraria férias para descansar da crise, desdenhou. "Não estou cansado", desafiou.

A postura de firmeza no cargo é hoje a principal arma usada pelo presidente do Senado para reatar relações com seus pares. Tão logo o painel da Casa mostrou sua absolvição, na noite de quarta-feira, Renan começou a ligar para todos os parlamentares e presidentes de partidos representados na Casa. O primeiro foi o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), com quem Renan travou os mais duros embates em plenário desde que foi iniciado o primeiro processo no Conselho de Ética. A primeira ligação pegou Agripino durante entrevista para uma emissora de TV. O mesmo aconteceu com a segunda. Na terceira tentativa, o senador atendeu a ligação.

Com ele e com os demais senadores com quem conversou, Renan usou o mesmo discurso. Disse que sua prioridade zero é "distensionar o ambiente da Casa". Deu a entender que o placar de sua vitória em plenário é a prova de seu trânsito pelas bancadas do governo e da oposição. Falou em reerguer pontes. Assegurou não guardar mágoas de quem quer que seja. "Se eu não tiver condições de presidir o Senado, quem é que vai ter, num quadro de absoluta divisão", questionou ontem no cafezinho do Senado, mantendo o tom usado com os colegas. As ligações para senadores, aliados ou não, entraram pela madrugada. Na comemoração da vitória, na casa de seu advogado, ou mais tarde, na casa da líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA), Renan não desgrudou do celular. Dormiu pouco, recebeu aliados na residência oficial.

Aconselhado por assessores, foi ao Senado à tarde, ocupar sua cadeira na Mesa Diretora da Casa. Voltou a abordar Agripino, para marcar uma conversa. Pouco reagiu, enquanto adversários defendiam seu licenciamento imediato do cargo. (Karla Correia - Gazeta Mercantil)

'Caso Renan': 2° processo pode ser arquivado sem depoimentos envie esta matéria por e-mail

Do Diário OnLine

O senador João Pedro (PT-AM), relator do segundo processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética da Casa, disse nesta sexta-feira que não vai ouvir ninguém antes de apresentar seu parecer sobre a denúncia, algo que deve acontecer na próxima semana.

Neste processo, o peemedebista é acusado de ter revertido uma dívida de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e à Receita Federal. Em troca, a cervejaria teria comprado uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

De acordo com João Pedro, o relatório será baseado apenas nas denúncias apresentadas pela revista ‘Veja’ contra Renan, na representação protocolada pelo PSOL e nos argumentos de defesa do parlamentar alagoano.

Para o senador amazonense, não é função dele, por exemplo, ouvir os diretores da Schincariol. “O Conselho de Ética não é uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), não tem autonomia, não tem competência para isso”, assinalou.

Segundo rumores que correm nos bastidores do Congresso Nacional, o relatório do petista deve sugerir o arquivamento das denúncias contra Renan por falta de provas. Além disso, de acordo com senadores da base aliada do governo federal e da própria oposição, a denúncia deveria estar mais concentrada na Câmara, já que o irmão de Renan é deputado.

Caso o relatório de João Pedro realmente sugira o arquivamento da acusação e seja aprovado pelos membros do Conselho de Ética, o colegiado voltará sua atenção para as outras duas denúncias contra Renan.

Em uma delas, o presidente do Senado é acusado de ter utilizado ‘laranjas’ para adquirir meios de comunicação no Estado de Alagoas. Na outra, ele é suspeito de ter participado de um esquema de arrecadação de propina em ministérios comandados pelo PMDB.

Na quarta-feira desta semana, Renan Calheiros foi absolvido pelo plenário do Senado da primeira acusação que enfrentou na Casa, quando era acusado de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.

Por essa mesma denúncia, o peemedebista havia sido considerado culpado pelo Conselho de Ética e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Mas as medidas destes órgãos tornaram-se nulas com a decisão final do plenário pela absolvição.

Dignificar – João Pedro, que evitou vincular uma denúncia à outra, já que é obrigado a analisar apenas o “caráter técnico” da acusação, disse também nesta sexta que seu relatório vai dignificar o Senado. “Vou fazer meu parecer com a maior tranqüilidade, mergulhado nos dois pilares que envolvem esse debate: o técnico e o político, pois essa Casa é política”.

Segundo parecer contra Renan sai semana que vem

Agencia Estado

O senador João Pedro (PT-AM) afirmou hoje que apresentará no início da semana que vem ao Conselho de Ética do Senado o relatório do segundo processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre suposto favorecimento à cervejaria Schincariol. A primeira representação, rejeitada na quarta-feira pelo plenário da Casa, tratava da denúncia de que ele tinha contas pessoais pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior.

Desta vez, Calheiros é acusado de atuar politicamente em favor da Schincariol para reduzir multas impostas à cervejaria no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pela Receita Federal. Em troca, a empresa teria pago R$ 27 milhões pela fábrica de refrigerante pertencente ao irmão do parlamentar, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), que estava deficitária. A denúncia foi feita pela revista Veja, da Editora Abril.

João Pedro disse não querer vincular seu relatório à primeira representação, apesar de saber que, politicamente, elas estão coladas. Ele afirmou que seu documento será apresentado "sem interferência de ninguém e com a maior tranqüilidade", segundo a Agência Senado, e disse que o relatório vai "dignificar o Senado".

Depois da representação sobre o caso Schincariol, o Conselho de Ética deve analisar a acusação de que Calheiros teria usado "laranjas" para comprar empresas de comunicação em Alagoas.

Moradores protestam após morte de enfermeira no Rio

Agencia Estado

Moradores de Del Castilho, na zona norte do Rio de Janeiro, colocaram panos e faixas negras nos portões de suas casas hoje em protesto contra a morte de Virgínia Santana de Almeida Silva. A enfermeira foi atropelada e arrastada ontem por um carro, ao longo de cerca de 150 metros, durante ação de criminosos. Segundo informações da Polícia Militar, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu hoje no Hospital Salgado Filho.

Moradores se dizem chocados com as marcas do acidente no local. O episódio remeteu ao assassinato do menino João Hélio, de sete anos, morto após ser arrastado por bandidos pendurado a um carro que roubaram.

A polícia investiga se o carro que atropelou Virgínia era dirigido por bandidos que davam cobertura a um roubo de carro ou por uma vítima apavorada, que tentava fugir de dois homens armados com pistolas. Segundo a polícia, os criminosos praticaram uma série de assaltos e roubos de carros, em seqüência, em quatro bairros da zona norte, antes do atropelamento da enfermeira.