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31 de out. de 2007

Sarkozy intercede por ONG suspeita

Líder francês quer evitar que ativistas sejam condenados no Chade por seqüestro de 103 crianças

Andrei Netto

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse ontem que seu governo e o Chade precisam encontrar um acordo para retirar as acusações de seqüestro contra os seis ativistas da ONG francesa Arca de Zoé detidos na quinta-feira, quando tentavam levar 103 crianças africanas para a Europa.

Os ativistas 'agiram errado', disse Sarkozy. 'Paris condena essas atividades', prosseguiu, assinalando ter dito isso ao presidente do Chade, Idriss Deby, por telefone. 'Vamos tentar acertar um acordo para que ninguém neste caso fique mal', acrescentou. 'Precisamos saber por que e para que essas crianças foram pegas.

'A Arca de Zoé é acusada pelo governo do Chade de liderar uma operação de 'seqüestro de crianças' em Darfur, região do Sudão em guerra civil. O governo chadiano acusa os seis ativistas franceses de seqüestro e tráfico de seres humanos. Se condenados, podem pegar de 5 a 20 anos de prisão com trabalho forçado. Dois chadianos, três jornalistas franceses e sete tripulantes espanhóis do avião que transportaria as crianças do Chade para a França são acusados de cumplicidade. Antes do telefonema de Sarkozy, Deby havia pedido duras punições e sugerido que as crianças poderiam acabar sendo vendidas para uma rede de pedofilia ou de tráfico de órgãos.

Na noite de ontem, a ministra francesa de Direitos Humanos, Rama Yade, disse na Assembléia Nacional que não abandonará os ativistas. As declarações da ministra e de Sarkozy representam uma reviravolta na posição francesa em relação ao caso. Na segunda-feira, o embaixador Bruno Foucher havia defendido que o julgamento dos acusados ocorresse no Chade. Na manhã de ontem, um conselheiro do chanceler Bernard Kouchner revelou que a maioria das 103 crianças - com idades entre 3 e 10 anos - é do próprio Chade, negando tratar-se de órfãos de Darfur, como afirmam os ativistas. A porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Annette Rehrl, também disse acreditar que não se trata de órfãos.

O novo porta-voz da Arca de Zoé, Christophe Letien, e o advogado de defesa Gilbert Collard convocaram uma entrevista coletiva em Marselha para expor sua versão. Collard descreveu a atitude da ONG como 'desrespeito anárquico' à lei, em nome da sobrevivência das crianças. Letien disse que a 'ação de resgate' foi organizada para 'salvá-las da morte' na guerra civil. Na França, os supostos órfãos de Darfur seriam entregues a famílias previamente contactadas, que teriam contribuído para a operação. Em média, cada uma das 258 famílias envolvidas teria doado 2,4 mil à Arca de Zoé. Letien negou que as doações representassem 'compra' de crianças. 'As acusações de pedofilia e de tráfico que sofremos são grotescas', disse.

Carole Montillet, ex-campeã de esqui francesa e amiga do fundador da Arca de Zoé, Eric Breteau - um dos presos no Chade -, defendeu a organização. 'Eric é uma boa pessoa. É preciso que todos lembrem que ele ajudou a salvar crianças asiáticas na época do tsunami', disse ao Estado.

Em Paris, o presidente da Liga de Direitos Humanos, Jean-Pierre Dubois, pediu uma atitude imparcial do governo. 'Há grande desinformação sobre o caso. Nós partimos do pressuposto de que todos são inocentes até que se prove o contrário. O governo deveria defender o direito de seus cidadãos, mas em vez disso os recrimina', disse ao Estado.

Do Site:

Explosão em ônibus mata oito no centro da Rússia

Da Associated Press

Uma bomba explodiu em um ônibus de passageiros em Togliatti, no centro da Rússia, matando ao menos oito pessoas e ferindo outras 48, informaram autoridades locais.

Investigadores russos tentam determinar se os explosivos eram transportados por um passageiro ou se foram deixados em algum local do ônibus, segundo agências russas.

A explosão ocorreu no momento em que o veículo passava por um movimentado ponto de ônibus no centro da cidade, em um momento em que muitas pessoas iam para o trabalho.

Não ficou claro se os feridos incluem pessoas que não estavam dentro do ônibus.

Andrei Derbenev, porta-voz dos serviços de emergência de Togliatti, disse à agência ITAR-Tass que a força da explosão fez quebrar as janelas de edifícios residenciais próximos.

Localizada no centro da Rússia, Togliatti é uma cidade da região do rio Volga conhecida por ser sede da AvtoVAZ, a principal montadora de automóveis russa.

O município tem a reputação de ser alvo da violência entre grupos que disputam o controle do lucrativo negócio.

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u341333.shtml

30 de out. de 2007

Autoridades acusam 16 europeus de rapto e fraude

Dezasseis europeus foram acusados de rapto e fraude pelas autoridades chadianas. Em causa está uma tentativa de transferir 103 crianças africanas para a Europa, uma operação da responsabilidade de uma organização não-governamental francesa. As autoridades do Chade acusaram nove franceses e sete espanhóis de ilegalmente fazerem sair do país 103 crianças africanas entre os três e os dez anos de idade. Estes 16 europeus, acusados de rapto e de fraude, foram presos na quinta-feira quando tentavam colocar estas crianças, de nacionalidade sudanesa e maliana, num avião que as conduziria a França. Os cidadãos franceses, seis membros da organização não-governamental francesa Arche de Zoé e três jornalistas, arriscam-se a penas que podem variar entre os cinco e os 20 anos de trabalhos forçados. Já os cidadãos espanhóis, todos da tripulação do avião que deveria transportar as crianças, foram acusados de cumplicidade nesta suposta tentativa de rapto, acusação que foi lançada também contra outros dois cidadãos do Chade. Os acusados deverão, entretanto, ser transferidos de Abeché, no leste do Chade, onde estavam alojadas as crianças, para a capital chadiana, N'Djamena, alegadamente devido a razões de segurança. O presidente do Chade, classificou esta situação como «crime contra crianças», tendo Idriss Deby exigido penas duras contra estes europeus que poderiam estar envolvidos na venda de crianças a pedófilos ou em redes de comércio de órgãos humanos. Deby foi ainda mais longe ao considerar que os europeus tratam os africanos «como animais». «Então esta é a imagem da salvadora Europa, que dá lições aos nossos países. Esta é a imagem da Europa que ajuda os africanos», afirmou o presidente chadiano, citado pelo site da sua presidência. A organização Arche de Zoé, cuja actuação foi já criticada pelas autoridades francesas, pretendia levar órfãos do Darfur para a Europa, aliviando assim estas crianças do sofrimento que há muito afecta esta região sudanesa. A ministra francesa da Justiça, Rachida Dati, já indicou que por agora não vai ser activado o convénio que permite à França pedir ao Chade para tratar do caso. «O sistema de justiça chadiano é soberano», acrescentou. Entretanto, as autoridades espanholas já manifestaram o seu desacordo pela detenção dos seus cidadãos, tendo já exigido a sua libertação.

Crítica a eleitorado portenho antecipa tensão da 'era Cristina'

Ministro kirchnerista causa reação furiosa da oposição ao dizer que Buenos Aires vota como 'uma ilha' SÃO PAULO - Um dos focos de tensão que prometem conturbar o governo de Cristina Kirchner na Argentina ganhou força nesta terça-feira, 30, com as críticas de um alto funcionário da Casa Rosada ao eleitorado que não escolheu a governista como sua represenante nas eleições presidenciais de domingo. A disputa acontece menos de dois dias após a confirmação da vitória da primeira-dama e a pouco mais de um mês antes da posse, no dia 10 de dezembro. A polêmica começou na segunda-feira, 29, depois que o chefe-de-gabinete do governo, Alberto Fernández, chamou o eleitorado de Buenos Aires de "soberbo" por votar majoritariamente na candidata da oposição, Elisa Carrió. Nesta terça, ao explicar sua declaração, ele voltou a dizer que a capital não integra um "projeto integrado de país". "Outro dia me fez rir esta idéia de que os maiores soberbos desse país estejam reivindicando a Cristina sua condição de soberba", disse Fernández à Rádio América. Em seguida, ele recomendou "que a cidade se integre, seja parte do país e deixe de votar como uma ilha". Apesar da vitória histórica e arrasadora (Cristina obteve aproximadamente 45% dos votos do eleitorado argentino, um resultado que não acontecia em anos), a presidente eleita foi derrotada por Carrió em Buenos Aires e outros centros urbanos, num claro sinal de que seu governo dificilmente contará com a simpatia das classes alta e média do país. Mais do que um fato isolado, o resultado em Buenos Aires é a confirmação de uma tendência. Há quatro meses, o ministro da Educação de Kirchner, Daniel Filmus, perdeu as eleições para o governo da capital para o líder oposicionista Mauricio Macri. As declarações de Fernández geraram forte reação na oposição. Já na segunda-feira, a chefe de campanha de Carrió, Patricia Bullrich, classificou o chefe-de-gabinete de Kirchner de "intolerante". "As declarações de Fernández demonstram cabalmente seu espírito intolerante e irreflexivo. Não podemos permitir que faltem com o respeito aos portenhos, qualificando-os de soberbos. A sociedade não precisa de funcionários que se dediquem a gozar os que pensam diferente", disse Patricia em declarações ao Clarín. Segundo ela, o resultado na capital, que se repetiu em "outras localidades", coloca o partido de Carrió, a Coalizão Cívica à frente da oposição argentina. Mais barulho O acirramento das tensões entre governo e oposicionistas continuou nesta terça-feira, com a "tréplica" de Fernández, que rejeitou as interpretações de suas declarações de segunda como uma afronta à população portenha. Ele destacou ser ele mesmo um cidadão de Buenos Aires, e disse "amar a cidade". Ainda assim, ele voltou a insistir que os "portenhos sistematicamente" votam "diferente do resto do país". "O que expressei foi um pensamento pessoal meu. Me encantaria ver alguma vez a cidade de Buenos Aires se juntar a um projeto integrado de país", explicou o chefe-de-gabinete de Kirchner. Carrió também se pronunciou pessoalmente nesta terça-feira sobre as declarações de Fernández. Segundo ela, "as grandes classes médias argentinas" que a apoiaram não tiveram um voto soberbo, mas sim pronunciaram-se contra um "estilo (de governo) que implica em corrupção, nepotismo, falta de justiça social e de desenvolvimento econômico". Ela destacou ainda, em entrevista à rádio 'La Red', que a mensagem das urnas de Buenos Aires é de que as classes média e alta argentinas não querem uma "república de bananas". Para ela, seus eleitores "não votaram contra o crescimento", mas sim porque "simplesmente disseram aos poderosos: 'queremos ser como nos ensinaram nossos avós'".

29 de out. de 2007

Tentativa de rapto em África

Presidente francês condena actuação de organização humanitáriaO Presidente Nicolas Sarkozy condenou a actuação duma organização humanitária francesa que tentou retirar ilegalmente mais de cem crianças da região de fronteira entre o Chade e o Sudão. O caso está a provocar uma polémica internacional.

SIC Uma organização humanitária tentou retirar ilegalmente do continente africano mais de cem crianças

À primeira vista parecia uma operação humanitária destinada a dar uma vida melhor a mais de cem crianças órfãs. Nove cidadãos franceses recolheram as crianças na zona de fronteira entre o Chade e a região de Darfur, no Sudão.

Fretado um avião duma companhia de baixo custo espanhola, as crianças seriam levadas para França e entregues para adopção.

A operação levantou suspeitas e as autoridades do Chade seguiram os movimentos da organização. No momento em que as crianças se preparavam para embarcar a polícia deteve os nove franceses e oito elementos da tripulação espanhola.

Afinal as crianças não serão órfãs e terão sido raptadas ou compradas. O Presidente do Chade afirma ainda que a organização francesa pretendia vender as crianças a redes de pedofilia ou de tráfico de órgãos.

O Governo francês já condenou a actuação da organização humanitária. Nicolas Sarkozy foi mais longe e afirmou que este tipo de missão é ilegal e inaceitável. O Presidente francês já prometeu todo o tipo de ajuda para esclarecer todos os contornos do caso.

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Diplomata da UE critica sanções de Israel contra Gaza

A comissária de relações exteriores da União Européia (UE), Benita Ferrero-Waldner, criticou hoje a decisão israelense de impor cortes no fornecimento de combustível e de energia elétrica à Faixa de Gaza, qualificando a represália de Israel como punição coletiva. De acordo com os palestinos, Israel reduziu ontem em 30% o fornecimento de combustíveis, apesar de militares israelenses terem alegado que a redução ficou entre 5% e 11%, dependendo do tipo de combustível.

A comissária da UE manifestou sua preocupação durante visita a Jerusalém. A diplomata reconheceu a "aflição" provocada pelos disparos de foguetes palestinos, mas acredita que "a punição coletiva jamais serve como solução".

Israel alega que as novas punições têm como objetivo forçar o Hamas a impedir o lançamento quase diário de foguetes rústicos na direção das cidades israelenses. Os habitantes de Gaza dependem de Israel para ter acesso a todo o combustível e a metade da energia elétrica consumidos no território.

Em setembro, Israel declarou Gaza uma "entidade hostil" e aprovou um plano de sanções com o objetivo de interromper os disparos de foguete. O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, aprovou a implementação das sanções na semana passada.

Ontem, dez grupos de defesa dos direitos humanos ingressaram na Suprema Corte de Israel contra as sanções. A máxima instância judicial do país deu ao Estado cinco dias para apresentar seus argumentos, disse Sari Bashi, representante do Gisha, um dos dez grupos que assinaram a petição.

Em episódios de violência ocorridos hoje em Gaza, um militante e um civil palestinos e um soldado israelense morreram durante uma breve incursão promovida pelo Exército de Israel contra o território litorâneo. Outro militante palestino morreu num incidente distinto. Fonte: Agencia Estado - AE-AP

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