A comissária de relações exteriores da União Européia (UE), Benita Ferrero-Waldner, criticou hoje a decisão israelense de impor cortes no fornecimento de combustível e de energia elétrica à Faixa de Gaza, qualificando a represália de Israel como punição coletiva. De acordo com os palestinos, Israel reduziu ontem em 30% o fornecimento de combustíveis, apesar de militares israelenses terem alegado que a redução ficou entre 5% e 11%, dependendo do tipo de combustível.
A comissária da UE manifestou sua preocupação durante visita a Jerusalém. A diplomata reconheceu a "aflição" provocada pelos disparos de foguetes palestinos, mas acredita que "a punição coletiva jamais serve como solução".
Israel alega que as novas punições têm como objetivo forçar o Hamas a impedir o lançamento quase diário de foguetes rústicos na direção das cidades israelenses. Os habitantes de Gaza dependem de Israel para ter acesso a todo o combustível e a metade da energia elétrica consumidos no território.
Em setembro, Israel declarou Gaza uma "entidade hostil" e aprovou um plano de sanções com o objetivo de interromper os disparos de foguete. O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, aprovou a implementação das sanções na semana passada.
Ontem, dez grupos de defesa dos direitos humanos ingressaram na Suprema Corte de Israel contra as sanções. A máxima instância judicial do país deu ao Estado cinco dias para apresentar seus argumentos, disse Sari Bashi, representante do Gisha, um dos dez grupos que assinaram a petição.
Em episódios de violência ocorridos hoje em Gaza, um militante e um civil palestinos e um soldado israelense morreram durante uma breve incursão promovida pelo Exército de Israel contra o território litorâneo. Outro militante palestino morreu num incidente distinto. Fonte: Agencia Estado - AE-AP
Nenhum comentário:
Postar um comentário