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2 de outubro de 2007

Hospitais não atendem SUS

SAÚDE PÚBLICA

Cerca de 300 estabelecimentos médicos da rede privada suspendem a partir desta terça-feira, 2, o atendimento a pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente em emergências da área de ortopedia. A decisão foi unânime da assembléia que terminou nesta segunda-feira, 1°, por volta das 20 horas, promovida pela Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (AHSEB) e pelo Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Sindhosba).

Os presidentes da AHSEB, Marcelo Moncorvo Britto, e do Sindhosba, Raimundo Correa, estiveram reunidos durante a tarde com os secretários de Saúde do Estado e do município, Jorge Solla e Carlos Alberto Trindade, mas as propostas não foram aceitas.

Unidades como Cato, Clínica São Bernardo, Insbot, COB, entre outras, deixarão de fazer mais de 10 mil atendimentos por dia em Salvador, o que corresponde a 95% dos atendimentos pelo SUS nas unidades privadas. Segundo Marcelo Britto, os representantes dos estabelecimentos exigem reposição da cota de 25% de atendimentos a partir deste mês, enquanto o secretário Jorge Solla acenou com a possibilidade de avaliar a situação e oferecer uma proposta a partir de 15/10. Diante da decisão, informou Britto, o secretário Solla teria retirado as demais ofertas.

Reunião – Na Sesab, além da rodada de negociação no dia 15, foram oferecidos mais quatro pontos pelo governo: devolução da cota de 25% referente a maio/07; início em novembro do processo de licitação pública para firmar convênios com o SUS, com novo credenciamento; elevação do teto de financiamento a depender da prorrogação da CPMF; aumento da consulta de R$ 7,50 para R$ 10.

O clima na Sesab era de otimismo, mas apesar de a assembléia aceitar os demais pontos, rejeitou a possibilidade de adiar a decisão sobre o teto. “Nosso papel é trazer a proposta, mas ficou patenteada a insatisfação dos associados”, disse Britto. “Não sei o que será pior, suspender o atendimento de vez ou dizer ao paciente que não podemos atendê-lo porque a nossa cota mensal acabou”, desabafou o presidente do Sindhosba.

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