Agencia Estado
Os preços futuros do petróleo no mercado americano apresentaram hoje um novo recorde, US$ 84 o barril, com a continuidade das tensões entre Turquia e Estados Unidos sobre os rebeldes Curdos e o Iraque.O preço de US$ 84 para novembro, é considerado o novo recorde no preço da commodity.
Ontem, os mercados futuros já apresentavam uma alta, com o preço chegando aos US$ 83. Os analistas entendem que além da tensão entre os curdos, o Iraque e os turcos, também há os dados semanais de estoques nos Estados Unidos que apontaram uma queda esta semana.
Por volta das 12h30, o contrato com entrega em novembro subia 0,78 centavos de dólar, para US$ 83,86 dólares por barril, após ter sido negociado entre US$ 82,69 e US$ 84.O mercado acompanha com atenção esta variação de preços do petróleo, como já havia alertado a Agência Internacional de Energia (AIE).
Um estudo desenvolvido por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Helder Queiroz Pinto Júnior, Mariana Iootty e Camila Fernandes diz que desde meados de 2003, o preço internacional abandonou a denominada banda de preços entre US$ 22 e US$ 28 que, durante alguns anos conferiu certo grau de tranqüilidade para o mercado internacional.
Dizem ainda que no caso da indústria petrolífera, a instabilidade dos preços continua sendo um traço marcante e afirmam que após os episódios de 11 de setembro de 2001, e da guerra do Iraque em 2003, as transformações no cenário geopolítico conduziram a um quadro de maior incerteza, elevando os preços e, simultaneamente, tornando seu comportamento mais volátil.
E os cientistas da UFRJ concluíram que "tal situação persistirá, ou mesmo se agravará com novos aumentos e retorno de maior grau de volatilidade, enquanto perdurar a conjugação de um cenário geopolítico tenso com as condições de oferta limitada pelo esgotamento da capacidade de produção excedente e de demanda aquecida".
O inverno se aproxima no hemisfério norte, e os preparativos para formação de estoques de petróleo podem representar novos aumentos no seu preço daqui para a frente, salientam economistas que acompanham o mercado e que foram consultados.
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