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28 de dez. de 2007

Dívida do governo cai para 42,6% do PIB, menor desde 1998

Queda no indicador reflete revisão do PIB feita pelo IBGE, segundo chefe do Depec do Banco Central

Fernando Nakagawa e Fabio Graner, da Agência Estado

BRASÍLIA - A dívida líquida do setor público consolidado fechou novembro em 42,6% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 1,127 trilhão, segundo informou nesta sexta-feira, 28, o departamento econômico do Banco Central. O resultado é o menor desde dezembro de 1998, quando o indicador ficou em 38,9%.

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Economia do governo para pagar juros supera meta para 2007

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, explicou que a queda desse indicador na comparação com outubro reflete a revisão do cálculo do PIB feita após a divulgação dos dados do terceiro trimestre e já inclui a projeção de crescimento da economia de 5,2% para 2007, como anunciado na quinta-feira no Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central.

Segundo o relatório divulgado pelo BC nesta sexta, "o efeito da desvalorização cambial sobre os ativos indexados ao dólar" também ajudou na redução da relação.

A nota observa ainda que a dívida caiu 2,1 pontos porcentuais no acumulado do ano. "Contribuíram favoravelmente para essa redução o superávit primário, com 4,3 pontos porcentuais do PIB, e o efeito do crescimento do PIB valorizado, com 4,4pp. Em sentido contrário, contribuíram a apropriação de juros nominais, com 5,6pp, e o ajuste decorrente da valorização cambial, de 16,6% acumulada no ano, com 1pp."

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Angola:Sociedade civil diz «sim» à data, coloca um «mas»

«Sim, mas...» é a melhor expressão para traduzir a forma como a sociedade civil angolana recebeu o anúncio feito na quinta-feira pelo Presidente da República quanto à data das eleições legislativas, a 05 e 06 de Setembro de 2008.

«Sim», é o comentário da generalidade dos representantes da sociedade civil ao anúncio de José Eduardo dos Santos, porque é uma oportunidade há muito esperada para normalizar a vida democrática no país.

«Mas», diz o analista e jornalista Ismael Mateus, com base na lei eleitoral angolana quanto aos dois dias escolhidos para a votação em vez de um só.

Em declarações à Agência Lusa, Ismael Mateus sublinha a «boa decisão» do presidente José Eduardo dos Santos, «porque permite retirar toda a pressão que havia sobre o processo eleitoral» com o constante protelamento da sua realização.

«Os partidos políticos reclamavam a marcação da data das eleições para possibilitar a programação das tarefas eleitorais», aponta Mateus, adiantando que esse problema está agora ultrapassado.

No entanto, o analista aponta um «novo problema» relativamente aos dois dias de votação, uma vez que «a lei eleitoral aponta apenas um dia para o pleito» e que já mereceu a recusa da UNITA, o maior partido da oposição angolana, que pediu ao chefe de Estado para rever a sua posição, no sentido de conferir maior transparência ao acto eleitoral.

A plataforma de organizações da sociedade civil para as eleições, que aglutina diversas associações, defende que «o ideal» era a realização das eleições legislativas em apenas um dia, como acontece em vários países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Segundo Onésimo Setukula, dirigente desta plataforma, é preciso agora discutir e concluir se as eleições devem ser feitas em dois dias ou apenas num único dia.

«Se recorrermos à experiência de alguns países da SADC, como a República Democrática do Congo, que possui mais eleitores e tem mais dificuldades do que Angola, este país conseguiu realizar as eleições em apenas um dia», lembrou Setukula.

Já o Centro Nacional de Aconselhamento (CNA), considera o anúncio das legislativas «um passo» para levar a credibilidade a todo o processo eleitoral.

De acordo com Reis Luís presidente do CNA, «a data indicativa é bem-vinda, mas o facto de ser em dois dias é algo questionável».

«O anúncio em si é bastante importante para a credibilidade do próprio processo eleitoral, mas o Presidente da República deve honrar a sua palavra em nome da nação que espera pela realização das eleições legislativas», frisou.

«Manifestamos a nossa preocupação face à opção pelos dois dias, uma sexta-feira e um Sábado, porque a lei eleitoral não prevê isso», aponta Reis Luís.

E diz que podem enfrentar-se consequências bastante negativas porque, no sábado, todos os que integram a igreja do Sétimo Dia apenas se dedicam à actividade religiosa e não irão votar. Contrariamente às primeiras eleições realizadas em Angola, em 1992, as legislativas realizam-se agora separadamente das presidenciais, previstas para 2009.

Nas eleições gerais de 1992, o MPLA venceu as legislativas, mas as presidenciais não passaram da primeira volta, tendo, entretanto recomeçado a guerra civil no país, que só terminou em 2002, depois da morte em combate de Jonas Savimbi, líder da UNITA.

As eleições de 1992 foram convocadas no âmbito do Acordo de Bicesse, assinado entre o MPLA e a UNITA, em Lisboa, a 31 de Maio de 1991.

Na primeira e única volta das presidenciais, José Eduardo dos Santos conseguiu cerca de 49% dos votos enquanto Savimbi obteve perto de 41%. Para vencer à primeira volta um dios concorrente teria de arrecadar mais de metade dos votos (50% mais um).

Diário Digital / Lusa

Novas regras para uso de capacete entram em vigor dia 1º

Do CorreioWeb

A partir do primeiro dia de 2008, os usuários de motocicletas e veículos similares deverão redobrar os cuidados com o capacete. É quando uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), feita em 2006 e que estabelece regras sobre o uso do aparato de segurança, passa a vigorar. As normas valem em todo o País, para motoristas e passageiros, e serão fiscalizadas com rigor no próximo ano.

A resolução reforça que é obrigatório o uso do capacete para todos que utilizarem motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclo e quadriciclos motorizados em circulação nas vias públicas. A primeira mudança das regras de utilização diz respeito à obrigatoriedade do selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro.

O novo modelo deverá ter também um adesivo refletivo nas laterais e na traseira, para que o usuário seja notado a longas distâncias. A proteção dos olhos poderá ser feita de duas maneiras. Pela viseira, que não pode mais ter película escura, ou por um óculos especial, parecido com o utilizado na prática de motocross. Óculos de sol e de grau só serão permitidos por baixo da viseira. À noite, a proteção só poderá ser transparente.

O supervisor comercial, Luís Ottávio Caixeta de Araújo, 26 anos, utiliza motocicletas há oito anos e seu capacete já está adaptado às novas regras. “Acho importante essas normas porque tem gente que usa praticamente uma casca de ovo na cabeça”, comenta. Porém ele acredita que a simples regulamentação não é satisfatório para impedir que haja danos à vida do condutor. “O Estado é eficiente para criar medidas de arrecadação de dinheiro, mas não para evitar acidentes, como a manutenção das vias”, reclama. “Se eu bater ou cair e quebrar o pescoço, o capacete não vai adiantar nada”.

O que pode acontecer com quem não respeitar as regras:

• Usar capacete sem o selo ou o adesivo refletivo: infração grave – 5 pontos na carteira nacional de habilitação (CNH), multa de R$ 127,69 e retenção do veículo, até a troca do capacete por um regularizado;

• Estar sem o capacete ou com um que não tenha viseira ou óculos especial de proteção ou ainda utilizar viseira com película: infração gravíssima - suspensão da CNH, multa de R$ 191,54 e retenção do veículo;

• Utilizar capacete com viseira escura à noite: infração gravíssima - suspensão da CNH, multa de R$ 191,54 e retenção do veículo. Confira a resolução do Contran:

http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao203_06.pdf

27 de dez. de 2007

Americanos matam 11 militantes dissidentes no Iraque

Agencia Estado

Soldados dos Estados Unidos mataram hoje 11 integrantes de um grupo dissidente do Exército de Mahdi, a milícia xiita iraquiana liderada pelo clérigo radical Muqtada al-Sadr, informaram funcionários norte-americanos. O Exército dos EUA também anunciou ter detido outros dois suspeitos de capturarem três soldados americanos há alguns meses.

Um dos suspeitos teria "facilitado" o seqüestro dos soldados americanos capturados durante uma emboscada em maio, perto de Yusufia, cerca de 20 quilômetros ao sul de Bagdá, e ter usado sua casa para esconder os soldados seqüestrados, afirmou o Exército dos EUA em comunicado. Uma arma que pertenceu a um dos soldados foi encontrada na residência de outro suspeito.

Os homens foram detidos na segunda-feira e na terça-feira desta semana, em Ramadi. Presume-se que os soldados americanos estejam mortos. Os combates de hoje ocorreram em Kut, 160 quilômetros ao sudeste de Bagdá, disse um agente da polícia local que falou sob anonimato porque não está autorizado a falar com a imprensa.

Já o Exército iraquiano anunciou hoje a captura de um importante integrante da rede terrorista Al-Qaeda. Ahmed Turki Abbas, ministro da Defesa do grupo islâmico Estado do Iraque (vinculado à rede liderada por Osama bin Laden), foi preso em uma operação no sul de Bagdá.

Risco Paquistão sobe após assassinato de Benazir

Por Renato Martins

Agência Estado Os preços dos títulos da dívida dos países emergentes caíram, em dia marcado pelo aumento da aversão ao risco, motivado pelo assassinato da líder oposicionista paquistanesa Benazir Bhutto. Medido pelo índice EMBI Global Diversified, do JP Morgan, o risco Paquistão, medido pelo spread entre os títulos soberanos do país e os títulos equivalentes do Tesouro dos EUA, teve uma alta de 41 pontos-base, para 451 pontos-base; o spread do EMBIGD, por sua vez, subiu 4 pontos-base, para 251 pontos-base.

Os swaps de default de crédito da dívida soberana do Paquistão foram negociados entre 460 pontos-base e 510 pontos-base, de cerca de 400 pontos-base antes de ser divulgada a notícia do assassinato. As informações são da Dow Jones.

Angola marca eleições legislativas para setembro de 2008

Luanda, 27 dez (Lusa) - O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, anunciou nesta quinta-feira para 5 e 6 de setembro de 2008 a realização das eleições legislativas, pedindo que aconteçam em "clima de paz, harmonia e fraternidade".

O chefe de Estado, dirigindo-se ao país numa mensagem de fim de ano, lida aos microfones da Rádio Nacional de Angola, destacou a importância de afastar do período eleitoral "a violência verbal ou física", pedindo "respeito pela opinião e pelas idéias alheias".

"A vontade do povo angolano deve exprimir-se com verdade e sem limitações nos dias 5 e 6 de setembro de 2008, nas eleições legislativas que serão oportunamente convocadas", disse José Eduardo dos Santos.

Para que as eleições decorram no clima apontado pelo Presidente angolano, este diz que "é fundamental que seja completamente garantida a segurança dos cidadãos e a proteção dos seus bens, pois a ordem pública é uma condição indispensável", apelando à Polícia Nacional que seja o "garante da ordem".

José Eduardo dos Santos, no seu discurso lembrou ainda o "bom momento" que o país atravessa, destacando que Angola é um dos países cuja economia mais cresce no mundo.

Sendo, por isso, este "um momento de grande esperança e de grande confiança" para o povo Angolano.

Mas lembrou igualmente que "as dificuldades que o país ainda vive são imensas", embora "os resultados alcançados neste curto período de paz - cinco anos - mostram que Angola pode garantir uma vida digna a todos os cidadãos no futuro".

"A nossa economia precisa crescer durante muitos anos mais do que cresce a nossa população. Assim criaremos mais riqueza para distribuir, e poderemos combater a pobreza de modo mais eficaz e garantir melhores condições sociais dos cidadãos".

José Eduardo dos Santos afirmou que "o governo está a fazer a sua parte", mantendo a "inflação sob controle", e a gestão das finanças públicas "está melhor articulada com a gestão da moeda e das reservas internacionais detidas pelo país".

O Presidente da República garantiu ainda que os recursos mobilizados para a área social nestes últimos três anos "privilegiaram a reintegração social e produtiva dos desmobilizados e das pessoas deslocadas durante a guerra".

Disse ainda que esses recursos "priorizaram o melhoramento da prestação dos serviços sociais básicos, a promoção da harmonia social e a redução significativa da fome e da miséria".

"Acredito por essa razão que estamos no bom caminho mas ainda é imenso o que está por fazer, sobretudo nas periferias das cidades e nas zonas rurais", disse, adiantando que o governo "deverá prestar mais atenção às famílias que vivem nestas áreas".

"O povo angolano tem sabido assumir com maturidade e espírito solidário as suas responsabilidades históricas", disse.

José Eduardo dos Santos saudou a "atitude patriótica" dos angolanos e o seu "senso crítico" sobre a realidade de Angola, que "permite apontar os erros dos governantes" para que estes "colham os caminhos mais certos".

Garantiu ainda que o governo vai continuar a trabalhar para, "entre outros", assegurar "o direito de propriedade, o respeito aos contratos, os direitos dos consumidores, a defesa da concorrência e a regulação dos serviços públicos e operadores privados".

A continuação da política de crédito adequada e a aposta na qualificação da mão-de-obra nacional foram ainda temas abordados pelo chefe de Estado na sua mensagem de ano novo.

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