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27 de dezembro de 2007

Angola marca eleições legislativas para setembro de 2008

Luanda, 27 dez (Lusa) - O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, anunciou nesta quinta-feira para 5 e 6 de setembro de 2008 a realização das eleições legislativas, pedindo que aconteçam em "clima de paz, harmonia e fraternidade".

O chefe de Estado, dirigindo-se ao país numa mensagem de fim de ano, lida aos microfones da Rádio Nacional de Angola, destacou a importância de afastar do período eleitoral "a violência verbal ou física", pedindo "respeito pela opinião e pelas idéias alheias".

"A vontade do povo angolano deve exprimir-se com verdade e sem limitações nos dias 5 e 6 de setembro de 2008, nas eleições legislativas que serão oportunamente convocadas", disse José Eduardo dos Santos.

Para que as eleições decorram no clima apontado pelo Presidente angolano, este diz que "é fundamental que seja completamente garantida a segurança dos cidadãos e a proteção dos seus bens, pois a ordem pública é uma condição indispensável", apelando à Polícia Nacional que seja o "garante da ordem".

José Eduardo dos Santos, no seu discurso lembrou ainda o "bom momento" que o país atravessa, destacando que Angola é um dos países cuja economia mais cresce no mundo.

Sendo, por isso, este "um momento de grande esperança e de grande confiança" para o povo Angolano.

Mas lembrou igualmente que "as dificuldades que o país ainda vive são imensas", embora "os resultados alcançados neste curto período de paz - cinco anos - mostram que Angola pode garantir uma vida digna a todos os cidadãos no futuro".

"A nossa economia precisa crescer durante muitos anos mais do que cresce a nossa população. Assim criaremos mais riqueza para distribuir, e poderemos combater a pobreza de modo mais eficaz e garantir melhores condições sociais dos cidadãos".

José Eduardo dos Santos afirmou que "o governo está a fazer a sua parte", mantendo a "inflação sob controle", e a gestão das finanças públicas "está melhor articulada com a gestão da moeda e das reservas internacionais detidas pelo país".

O Presidente da República garantiu ainda que os recursos mobilizados para a área social nestes últimos três anos "privilegiaram a reintegração social e produtiva dos desmobilizados e das pessoas deslocadas durante a guerra".

Disse ainda que esses recursos "priorizaram o melhoramento da prestação dos serviços sociais básicos, a promoção da harmonia social e a redução significativa da fome e da miséria".

"Acredito por essa razão que estamos no bom caminho mas ainda é imenso o que está por fazer, sobretudo nas periferias das cidades e nas zonas rurais", disse, adiantando que o governo "deverá prestar mais atenção às famílias que vivem nestas áreas".

"O povo angolano tem sabido assumir com maturidade e espírito solidário as suas responsabilidades históricas", disse.

José Eduardo dos Santos saudou a "atitude patriótica" dos angolanos e o seu "senso crítico" sobre a realidade de Angola, que "permite apontar os erros dos governantes" para que estes "colham os caminhos mais certos".

Garantiu ainda que o governo vai continuar a trabalhar para, "entre outros", assegurar "o direito de propriedade, o respeito aos contratos, os direitos dos consumidores, a defesa da concorrência e a regulação dos serviços públicos e operadores privados".

A continuação da política de crédito adequada e a aposta na qualificação da mão-de-obra nacional foram ainda temas abordados pelo chefe de Estado na sua mensagem de ano novo.

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