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23 de dezembro de 2007

Olmert diz que "guerra" contra militantes em Gaza continuará

Reuters/Brasil Online

JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, excluiu no domingo a possibilidade de um diálogo com os militantes do Hamas que controlam a Faixa de Gaza e disse que o exército vai continuar a atacar os que disparam foguetes contra Israel.

"Esta guerra vai continuar", afirmou Olmert a ministros do governo, referindo-se aos ataques israelenses intensificados que mataram 20 militantes palestinos na Faixa de Gaza na última semana.

O premiê israelense pareceu indicar que são pouco prováveis as perspectivas de um acordo de cessar-fogo com o Hamas, que tomou o controle da Faixa de Gaza em junho, depois de expulsar do território as forças leais ao presidente palestino Mahmoud Abbas.

"O Estado de Israel não tem interesse em negociar com aqueles que se recusam a aceitar os princípios básicos do Quarteto", acrescentou Olmert, referindo-se às exigências apresentadas pelo Quarteto de mediadores no Oriente Médio.

"Isso se aplica ao Hamas, à Jihad Islâmica e a qualquer outro grupo. Aquele que aceita os princípios do Quarteto é parceiro em conversações, mas aquele que não está disposto a aceitá-los não é parceiro, e nossa política não vai mudar."

O Hamas desprezou as exigências do Quarteto -composto por Estados Unidos, União Européia, Rússia e Nações Unidas- de que reconheça Israel, renuncie à violência e obedeça aos termos dos acordos de paz interinos.

O Hamas não excluiu a possibilidade de um cessar-fogo se Israel primeiro suspendesse seus ataques à Faixa de Gaza.

"Se a ocupação se comprometer a suspender todas as formas de agressão contra nosso povo, então, e apenas então, as facções poderão discutir essa questão. Mas até lá, não haverá discussão entre as facções sobre uma calma", disse Sami Abu Zuhri, um representante do Hamas.

Os líderes do Hamas ofereceram uma trégua de longo prazo com Israel em troca de um Estado palestino viável na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza.

O grupo islâmico continua a dizer que não vai reconhecer Israel formalmente, e sua carta fundadora, de 1988, pede a destruição do Estado judaico.

(Por Joseph Nasr, com reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi em Gaza)

do site: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2007/12/23/327737234.asp

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