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15 de dezembro de 2007

A Única Razão do Natal

A única razão do Natal

Por: efenetto

Observando os acontecimentos dos últimos 10 anos, podemos verificar que o brasileiro está cada dia mais vulnerável em todos os sentidos. Caminhamos a passos largos para a institucionalização e instalação de um novo poder: a corrupção. Conseqüentemente, não há segurança, é cada vez mais crítica a questão da saúde, a escola pública virou caso de polícia. Polícia? Mas que Polícia? Esta que está ai, assaltando e matando adultos e crianças?

Só mesmo conhecendo e confiando na Palavra de Deus para entender o que está acontecendo em nosso País, nada diferente do que aconteceu na época de Eliseu, Habacuque, Jeremias e tantos outros profetas de Deus que não só profetizaram, mas, testemunharam sobre a decadência da criatura, hoje, cada vez mais distante do seu Criador.

Se não vejamos: é de deixar qualquer pessoa de bom senso e compromissada com o Brasil, impressionada com os resultados até agora apresentados em relação aos fatos vergonhosos e macabros do mensalão que levaram autoridades dos poderes executivo e legislativo a saquearem os cofres das instituições públicas. Verdadeiras quadrilhas que há anos operam dentro do Governo, mudando apenas as caras. Dói na alma quando vemos o Poder Judiciário, em todas as suas instâncias, vendendo sentenças que colocam inocentes atrás das grades enquanto soltam traficantes e ladrões do dinheiro público.

Depois de inúmeras denúncias, extremamente transparentes e comprometedoras, até mesmo, já bem conhecidas da população, o Congresso Nacional, o maior celeiro de corrupção e escândalos desse País, acaba de absolver mais um descarado de colarinho branco, o seu próprio presidente. E de quebra, empunhando a bandeira de que “estamos permitindo as investigações”, como se pudesse fazer diferente, o Governo lava as mãos, confiando exclusivamente na curta memória do povo brasileiro. E toda grana roubada, onde foi parar? Ninguém fala neste assunto enquanto nosso Presidente continua insistindo em afirmar que não sabe e não viu. O povo parece ter acostumado com esta situação. Ou se sente impotente?

O fato é que vivemos no país das desigualdades. E como as coisas por aqui só pegam mesmo para ladrão de galinha, certamente, toda grana que tem sido subtraída da nação brasileira por centenas destes ladrões, capadócios, se não foi suficiente para calar a boca de muita gente nos mais diversos escalões e poderes da República, no mínimo, deixou de construir milhares de novas salas de aula, de contratar mais profissionais para as áreas de saúde e educação, deixou de gerar os empregos que milhares de famílias estão chorando neste Natal, e foi parar nas contas de inescrupulosos, muitos dele, inclusive, pleiteiam reeleição para os próximos mandatos a serem disputados em 2008.

Recompor os programas sociais saqueados ao longo de todos esses anos, por exemplo, é um dever moral de qualquer governo que pretenda ser verdadeiramente democrático. Mas não é o suficiente. A sociedade exige uma postura mais firme dos homens sérios que ainda militam na vida pública brasileira, e, não importa se senador, deputado, juiz, desembargador, prefeito, governador, empresário, ou outra coisa qualquer, cada brasileiro quer ter a certeza de que ainda verá a grana roubada de volta aos cofres públicos e os ladrões presos.

Não mais é possível continuar assistindo a famílias inteiras morrendo de fome, milhares de brasileiros e brasileiras desfalecendo nas filas da Previdência Social e dos atendimentos de emergência (que não atendem), enquanto o governo insiste em dizer que está combatendo a violência vivida em cada esquina. Violência maior do que podemos ver nas ruas, são os constantes assaltos feitos aos cofres públicos por quem deveria estar cuidando dos recursos destinados ao bem estar de todos. Violência maior do que os assaltos a mão armada e outros do gênero, são os acordos espúrios realizados nos bastidores palacianos para proteger de forma vergonhosa os interesses dos chamados ladrões de colarinho branco, que de tão comuns, já estão se institucionalizando. Violência maior do que aquela que se pode observar nas ruas, é termos a certeza de que toda riqueza mineral do estado do Pará, proclamada pelos quatro cantos do mundo, não tem sido suficiente para por fim ao analfabetismo e ao abandono total, que remetem a grande maioria dos paraenses e outros tantos brasileiros que aqui vivem à miséria e à discriminação, o grande mal do século.

Estamos vivendo mais um período do Natal. Nada muda! Permanecem a violência, a fome, a miséria e os corruptos, cada vez mais corruptos. Só há uma única esperança que está na verdadeira razão do Natal, que permanecerá para sempre capaz de mudar os corações, mesmo aqueles mais endurecidos pela prepotência, egoísmo e desejo de poder. Não podemos perder essa esperança!

Mais um Novo Ano se aproxima. Que possamos ter a clara visão de estarmos compromissados com nosso País, em particular, com milhares de brasileiros, irmãos nossos que vivem em situação de risco, sem emprego, sem teto, sem comida, sem justiça, sem tantas outras coisas. Inclusive, sem qualquer perspectiva de poder dividir um pão com seus filhos neste Natal. Se temos a oportunidade de agradecer a Deus, neste momento, por nossos filhos em segurança, no conforto de nossas casas, não podemos deixar de sentir a violência sofrida por milhares de crianças, jovens e adolescentes, vivendo a prostituição, o sub mundo das drogas, destruindo suas vidas e colocando a de outros em risco, por absoluta falta de amor. E podem ter certeza: se eu e você, continuarmos, como dizia Raul Seixas “...com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar...” nada vai mudar, nunca.

Que tenhamos a coragem de refletir sobre o que podemos fazer para enfrentar e mudar de vez este estado de coisas e de compreendermos a necessidade urgente de assumirmos o nosso “ide”, e que, seja qual for o nosso desejo ou projeto para contribuir com as mudanças que o mundo necessita, não poderemos, em hipótese alguma, perder de vista, menos ainda deixar de confiar e buscar a presença daquele que foi, é e será sempre a Única Razão do Natal: Jesus Cristo.

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