da Efe, em Moscou
A Rússia opinou hoje que o relatório sobre o Kosovo entregue ontem à ONU é "objetivo" e não impõe recomendações, e criticou os Estados Unidos por tentarem promover a independência da região sérvia de maioria albanesa.
"Acho que o relatório expõe um quadro bastante objetivo e espero que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tire as conclusões pertinentes", declarou à imprensa o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.
Ele acrescentou que "o relatório não predetermina nada, e contém apenas uma cuidadosa descrição" das negociações entre sérvios e albano-kosovares, durante 120 dias, sobre o futuro status do Kosovo. As conversas contaram com a mediação dos EUA, Rússia e União Européia.
Segundo Lavrov, "a parte albanesa foi rígida ao querer negociar apenas os parâmetros e termos da independência". A Rússia defende a postura sérvia, contrária à independência do Kosovo.
"Infelizmente, alguns países ocidentais, principalmente os EUA, promovem a independência do Kosovo e rejeitam estudar as alternativas. Por enquanto esse é o principal obstáculo para a busca de uma solução negociada", analisou.
O chefe da diplomacia russa assistiu ontem em Bruxelas a uma reunião do Conselho OTAN-Rússia. Ele conversou à parte com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, discutindo em particular o problema do Kosovo.
"A julgar por tudo, nossos parceiros americanos não nos ouviram", resumiu, segundo a agência russa "Interfax".
Rice afirmou ontem que a mediação no Kosovo chegou a seu fim e que é o momento de "dar um novo passo". Foi uma clara alusão a uma independência tutelada do Kosovo, contra a vontade da Sérvia e da Rússia.
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