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8 de dezembro de 2007

União vai acelerar programa nuclear

Plano prevê a construção de 6 a 8 usinas até 2030; ‘Temos de ganhar o tempo perdido’, diz ministro

Alessandra Saraiva

O governo tem a firme intenção de acelerar o andamento do programa nuclear brasileiro, que prevê a construção de seis a oito usinas até 2030. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, admitiu ontem que o programa, atualmente, é “modesto” - mesmo adjetivo usado pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, que está no Brasil.

“Estamos tomando medidas para aumentar a capacidade de enriquecimento de urânio da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e explorar novas jazidas. O programa está modesto, mas é ambicioso e vai ser acelerado nos próximos anos”, disse. Em evento ontem na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no Rio, o ministro informou que também se encontrou com o diretor-geral da AIEA. “O Mohamed tem toda a razão. Mas o programa está modesto porque ficou paralisado por 15 anos.”

O governo estaria preocupado com a formação de mão-de-obra qualificada, necessária para a construção das plantas. Rezende reconheceu que a formação de recursos humanos na área nuclear ficou parada durante muitos anos. “Por isso, nos próximos dias, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) lançará edital para concessão de bolsas de mestrado e doutorado para várias áreas estratégicas e a área nuclear é uma delas.”

“Agora, nós temos de ganhar o tempo perdido e vamos trabalhar para dar ao programa a dimensão que ele precisa ter”, completou. Rezende lembrou que o governo tem a meta de originar 5% da matriz energética do País de energia nuclear, em 2030.

FINEP

A Finep vai ampliar em torno de 16% seu quadro de funcionários, atualmente de 500 pessoas, e deve focar a alocação de recursos em grandes empreendimentos - além de informatizar todo o processo de tramitação de projetos. Essas são as algumas das mudanças previstas para entrarem em ação já em 2008, segundo o presidente da instituição, Luis Fernandes.

Ele comentou que as modificações são necessárias para uma movimentação eficaz do orçamento recorde previsto para o ano que vem, de R$ 2,8 bilhões. O orçamento de 2007, de R$ 2 bilhões, já foi completamente executado, de acordo com Fernandes.

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