O maior perigo para a segurança mundial "é o material radioativo cair em mãos erradas, de terroristas, de extremistas", afirmou hoje o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, no seminário internacional "Energia Nuclear como Alternativa Sustentável? Um diálogo Europa-América Latina". De acordo com ele, "nenhum país pode dizer que seu programa é completamente seguro" e deve-se criar padrões internacionais mínimos de segurança a serem seguidos em cada país.
Além disso, há riscos de armas nucleares construídas por governos. "Eu queria dizer que estamos humilhados, oprimidos por governos, na falta de boa governança", afirmou. "Temos que criar um mundo livre de armas atômicas". Ele reconheceu, porém, que esse desejo é difícil de realizar. Apesar dos avanços recentes com o Irã e a Coréia do Norte no sentido de não levarem adiante planos de construção de armas nucleares, não há solução de curto prazo para fazer países com bomba nuclear como Índia e Paquistão aderirem a algum tratado de não proliferação de armas.
De acordo com ele, no Oriente Médio, Israel tende eliminar armas dentro das negociações de paz. Mas não vê um controle coletivo maior no horizonte. "Cada um dos países terá que achar as soluções", afirmou. O diretor da AIEA avaliou também que Brasil e Argentina podem constituir um centro pacífico de abastecimento de energia nuclear para outros países da América Latina.
Fonte: Agência Estado
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http://jc.uol.com.br/2007/12/07/not_156020.php
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