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21 de junho de 2010

Meia Hora


 

 

 

Para Gostar de Matemática (Postagem Temática)


Foto Garimpada neste SITE




Muitos reclamam da falta de tempo.

Seu problema é matemático: flagelo mesmo é desconhecer aritmética.
Porque o infinito reside em todo espaço, inclusive de tempo, se é  que ainda não captaram o conceito: entre 1 e 2 minutos, por exemplo, há o infinito de 1, 0000000000009; 1,0000000000010, e assim sucessivamente, de modo que entre dois pontos, meus caros, há infinitas possibilidades.

Imaginem duas pessoas: em relacionamentos, há sempre infinitas possibilidades, porque infinitos também são os pensamentos.

Muitos relacionamentos amorosos, então, acabam, porque às pessoas falta muita criatividade, reduzindo a infinidade e, se há algo destrutor no mundo, com certeza é a ausência ou a insuficiência de ideias.

Amistosos também, porque, muito embora amigos riam juntos, o que evidencia a perenidade, a inabilidade de rir de si mesmos e dos outros, sem maldade, tende a aniquilar eternidades.

O dito popular é inexorável - cuidado, que o tempo é curto e não para de passar!; a matemática, compassiva - o tempo é longo, longuíssimo, eternal!, o que nos assegura que, ainda que dure um segundo, entre o zero e o primeiro segundo, houve vida, sopro nas narinas. Nascimento, vida e morte num átimo.

De tal arte que se sucedem os segundos e a eternidade entre cada um deles, sobrevindo minutos e o infinito de uns para outros, chegando a meia hora e depois uma, duas, três...

De modo que o que interessa mesmo não é o tempo, mas o modo como é vivido.
Porque a eternidade reside em sempre emprestar ao infinito entre minutos o infinito de si mesmo.

Se a um indivíduo faltar a visão do eterno, dificilmente perceberá que ele vem impresso no tempo e na própria vida.

A tais reserva a existência a amargura do tempo curto, ressaltando o efêmero de cada passo dado.

Aos que, diversamente, enxergam nas pessoas, nas coisas, no próprio tempo, a delicadeza  pia da matemática, um minuto será pleno, meia hora uma vida.

Porque 30 minutos são curtos para quem não pensa, mas perenais para quem sabe contar.
Ou viver.
Dá no mesmo.

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Esta é uma postagem temática ("Meia Hora") proposta pelo Blog Sintonizados



http://apoenamiope.blogspot.com





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12 de junho de 2010

Convenção do PMDB confirma chapa Dilma-Temer à presidência


Candidato a vice-presidente na chapa da petista Dilma Rousseff, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) disse neste sábado (12) que, sem a atuação dos ... Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O PMDB confirmou, por 560 votos, Michel Temer como vice da presidenciável Dilma Rousseff (PT)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
LARYSSA BORGES
Direto de Brasília
A convenção nacional do PMDB confirmou neste sábado (12), por 560 votos, o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), como nome a ser apresentado para compor a chapa da petista Dilma Rousseff à presidência da República. O fim da votação foi anunciado pelo vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp, às 15h06. Ao todo, houve 473 convencionais contabilizando 660 votos. O número de votos é maior que a quantidade de convencionais pelo fato de alguns políticos, como lideranças ou presidentes de diretórios estaduais, terem direito a votar mais de uma vez.
Com a confirmação do nome do parlamentar presidente da Câmara, ficam derrotadas as candidaturas independentes do ex-governador do Paraná, Roberto Requião, e do jornalista Antônio Pedreira, que disputavam a aprovação da legenda para concorrer ao Palácio do Planalto. Roberto Requião ficou com 95 votos. Antônio Pedreira teve 4 votos, houve seis votos em branco e dois votos nulos.
Ao chegar à convenção peemedebista, Temer afirmara que o governo Lula não teria tido todas as conquistas sociais e políticas adquiridas nos últimos sete anos e meio sem a participação da legenda, responsável pelo controle de sete ministérios (Agricultura, Minas e Energia, Comunicações, Defesa, Integração Nacional, Banco Central e Saúde). Para Temer, caberá à agremiação o papel de "protagonista" no pleito de outubro, apoiando Dilma em seu eventual novo governo.
Neste sábado também foi lançada, em Salvador, a candidatura do tucano José Serra à presidência da República. Com dificuldades de encontrar um vice para compor a chapa, o ex-governador de São Paulo atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chegou a comparar o chefe do Poder Executivo ao rei Luís XIV, autor da frase "o Estado sou eu". O tucano insinuou ter mais experiência que Dilma e relembrou "escândalos do mensalão" e "esquadrões de militantes pagos com dinheiro público".



http://noticias.terra.com.br



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7 de junho de 2010

Lésbicas celebram 1º casamento gay em Portugal


Casal comemora o primeiro casamento gay português desde que entrou em vigor uma lei que permite a união de casais do mesmo sexo



Um casal de lésbicas se casou nesta segunda-feira em Lisboa, no primeiro casamento gay realizado em Portugal desde que entrou em vigor no país, no mês passado, uma lei que permite a união de casais do mesmo sexo.
"Esta é uma grande vitória, um sonho se tornando realidade", disse Teresa Pires, após se casar com Helena Paixão em uma cerimônia de 15 minutos realizada em um cartório em Lisboa. As duas estão juntas desde 2003 e participaram ativamente da campanha pela aprovação da lei.

Foto: AP
Teresa Pires e Helena Paixão comemoram o casamento nesta segunda-feira
A cerimônia foi realizada menos de um mês após a lei ser ratificada pelo presidente, o conservador Aníbal Cavaco da Silva, depois de ter sido aprovada pelo Parlamento em janeiro. A adoção da lei faz de Portugal o sexto país europeu a permitir a união entre homossexuais.
O governo de centro-esquerda disse que a lei faz parte de seus esforços para modernizar Portugal, onde o homossexualismo era crime até 1982. Pires e Paixao vivem com suas duas filhas, que tiveram de casamentos anteriores.



http://ultimosegundo.ig.com.br/



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23 de maio de 2010

Lula já conta com sanções contra Irã

Em relação a Lula, a iniciativa com a Turquia foi positiva para seu futuro político



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está pessimista em relação à provável decisão do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o acordo que Brasil e Turquia realizaram com o Irã no último dia 17. Lula já conta com a aprovação de sanções contra Teerã.
Para tentar salvar o acordo, o brasileiro deverá se empenhar para que o presidente Mahmoud Ahmadinejad sustente os termos do entendimento com Brasil em Turquia, apesar das prováveis sanções.
Lula pretende usar o argumento de vitória moral. Deseja estimular a sinalização de que o Irã aceita negociar, mas as grandes potências preferem a política do porrete à do entendimento.
Em relação a Lula, a iniciativa com a Turquia foi positiva para seu futuro político. O presidente ganha força para ocupar um cargo de destaque no cenário internacional depois de deixar a Presidência em 1º de janeiro de 2011.
Mesmo com o bombardeio dos EUA ao acordo, o fato é que a ação de Lula foi o assunto global de maior destaque nos últimos dias. O brasileiro rebate o carimbo de megalomania na política externa. O Brasil ganha força regionalmente, mostrando que age corretamente ao patrocinar uma política de integração latino-americana com alguma independência em relação a Washington. Globalmente, demonstra ação arrojada, sem ficar a reboque dos EUA e da Europa.

Próximo passo
Lula deveria aproveitar o bom momento com o Irã para pressionar o regime a se democratizar. O brasileiro evitou encontro com a oposição porque sua prioridade era o acordo nuclear. Agora, tem a obrigação moral de cobrar de Ahmadinejad uma abertura, com o fim da repressão à oposição e a liberdade de presos políticos.
Lula deu uma bela colher de chá ao Irã. Agora, precisa ir além no tema dos direitos humanos. Tem de fazer mais do que ajudar a libertar ativista francesa.


www.clicapiaui.com




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19 de maio de 2010

Novo ataque a tropas da Otan deixa 16 mortos no Afeganistão


Um novo ataque do Talibã contra as tropas da Otan no Afeganistão matou 16 pessoas nesta quarta-feira. Onze dos mortos eram terroristas e os outros cinco, soldados. A ação com homens-bomba ocorreu durante a madrugada em Bagram, ao norte da capital Cabul, a maior base militar da Otan no país e que está sob controle dos americanos.


O ataque aconteceu algumas horas depois da Otan perder oito soldados no Afeganistão, na terça-feira. Segundo o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, "quatro homens-bomba acionaram cinturões com explosivos e os combates prosseguem ao redor da base".
Os terroristas do grupo prometeram há poucos dias uma série de ataques contra as forças da Otan e contra os estrangeiros que estão no Afeganistão. Bagram é uma enorme base militar da Otan, que abriga também um aeroporto e uma prisão.

(Com agência France-Presse)





http://veja.abril.com.br/




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5 de maio de 2010

Vaccarezza: Aumento foi demagogia e Lula vai vetar


Líder do governo na Câmara diz que "todos os deputados" sabiam que aumento aos aposentados seria vetado e só jogaram para platéia

Severino Motta, iG Brasília

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a aprovação do aumento de 7,7% para as aposentadorias acima do salário mínimo, combinada com o fim do fator previdenciário, foi um ato demagógico dos deputados. Segundo ele, todos sabiam que a matéria seria vetada e só a aprovaram para fazer bonito para os eleitores.

“Aquilo foi um excesso de preocupação eleitoral e acho que vai pegar mal para os deputados. A sociedade não vai ver com bons olhos [a aprovação]. Todos sabiam, [que o aumento e o fator previdenciário seriam vetados]. Foi demagogia”, disse.

O líder ainda disse ter convicção que, caso o Senado mantenha o texto aprovado ontem na Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai vetar tanto o aumento quanto o fim do fator. “Sei que Lula tem responsabilidade fiscal e responsabilidade com o país. Se o texto chegar dessa maneira ele não terá alternativa se não vetar”.

No Senado, onde o texto da Câmara deve ser apreciado na semana que vem, posições divergentes começam a surgir. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta manhã que, mesmo sem conhecer os números do orçamento, a decisão dos deputados não deve ser modificada.

“Eu não conheço os números do orçamento do governo, mas acho que politicamente é muito difícil que haja qualquer modificação nesse projeto dentro do Senado”, disse.

Por outro lado, a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), disse esperar que uma solução para o problema seja encontrada no Senado para que Lula não tenha de vetar o aumento para os aposentados.

Dentro do PT, quem também falou sobre o tema foi o senador Tião Viana (AC). Segundo ele, a Câmara aprovou uma matéria com os olhos no ano eleitoral sem analisar os impactos de sua medida no orçamento do país.

“Dar o aumento e mudar o indicador sem nada em troca é proselitismo eleitoral. Eu acredito que podemos substituir o fator previdenciário, mas sem causar desequilíbrio. O que aconteceu na Câmara não me parece algo do tamanho da grandeza de nossa tarefa. Aqui no Senado vamos tratar o assunto com sensatez”, comentou.

A oposição também engrossa o coro daqueles que acreditam num debate mais profundo sobre o fim do fator previdenciário. De acordo com o senador Tasso Jereissati (PSDC-CE), a depender do tamanho do buraco que o fim do fator trará às contas públicas, pode ser necessário se reverter a situação.

“Estou preocupado com isso, não podemos ser irresponsáveis. Temos que analisar a questão a fundo. Todos querem dar o maior aumento possível para os aposentados, mas precisamos olhar com cuidado e, a depender dos números, é possível que o Senado não embarque”, disse.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (MA), disse que a bancada tucana vai se reunir na próxima terça-feira para discutir o tema e tomar uma posição conjunta. Ele comentou, contudo, que “o fator previdenciário não é uma coisa ruim, pois é preciso dar saúde à previdência”.

Fora a questão do fator, o aumento de 7,7% aprovado na Câmara não parece ser ponto controverso no Senado. De acordo com Renato Casagrande (PSB-ES), o reajuste passará com certa facilidade na Casa. “O aumento é como água de morro, desce sem ninguém conseguir segurar”.

Declaração semelhante foi dada ontem pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, difícil seria aprovar na Casa um aumento de 7%, como queria o governo. Com 7,7% a matéria passará sem maiores dificuldades.

Terrorismo


Autor da proposta que acaba com o fator previdenciário, e que chegou a ser aprovada pelo Senado em 2008 mas não pela Câmara, o senador Paulo Paim (PT-RS), chamou de “terrorismo” do governo as alegações de quem a previdência quebraria com o fim do fator.

Ao contrário de cálculos preliminares feitos pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que nesta manhã disse que somente o aumento de 7,7% geraria despesas de R$ 30 bilhões até 2014, Paim alega que o impacto global das medidas (fim do fator e reajuste) surtiriam custos de R$ 1,7 bilhão ao ano para o país.

“Isso é piada, falar nesses valores é palhaçada para inglês ver. Se o impacto do 7,7% é esse [30 bilhões] como o governo daria 7%?”, questionou.

O senador ainda disse que, caso Lula vete o reajuste ou o fim do fator previdenciário o Senado terá que derrubar o veto, caso contrário a Casa cairia em desmoralização. “Se for vetado nós derrubamos. Não é possível que em votações abertas todos sejam a favor dos aposentados e em secretas, como no caso de vetos, o governo ganhe. Seria uma desmoralização”, pontuou.




Um dos defensores da posição do governa na noite de ontem, o deputado José Genoíno (PT-SP) lamentou que propostas que, em sua visão, possam prejudicar as contas da previdência, partam de membros do PT.


“Fica difícil para o PT e o partido também tem culpa porque parte de um senador do PT o projeto para acabar com o fator”.





http://ultimosegundo.ig.com.br/





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13 de abril de 2010

Modelo processa ator Steven Seagal por abuso sexual, diz site


Jovem teria sido molestada diversas vezes ao trabalhar para Seagal.
Segundo ela, ator empregava russas para lhe prestar favores sexuais.


Do G1, em São Paulo


Ampliar FotoFoto: Divulgação

O ator Steven Seagal, que está sendo processado por modelo, segundo site. (Foto: Divulgação)

Uma modelo de 23 anos chamada Kayden Nguyen está processando o ator de filmes de ação Steven Seagal (de "Força em alerta") por abuso sexual. A informação é do site especializado em cobertura de celebridades TMZ.

Segundo Kayden, ela foi chamada para trabalhar na equipe que auxilia o ator em fevereiro. Mas ao iniciar o trabalho teria descoberto que Seagal "mantinha duas jovens atendentes russas em sua equipe, disponíveis para lhe prestar favores sexuais 24 horas por dia, sete dias por semana".

A modelo, que pede milhões de dólares no processo, afirma que uma destas "assistentes" teria pedido demissão há poucas semanas e que era para esta vaga que Seagal desejava "promover" a jovem.

Kayden conta que em seu primeiro dia no novo cargo, Seagal a tratou como "um brinquedo sexual" e apalpou suas partes íntimas. A jovem diz ter contado o ocorrido a colegas na manhã seguinte ao suposto abuso e que nada foi feito.

Em um abuso seguinte, ela diz que o ator teria tentado fazê-la consumir "pílulas ilegais" e que outros ataques sexuais foram cometidos por ele na sequência.

A jovem afirma que o ator ainda tentava convencê-la a concordar com as relações dizendo que sua esposa "não ligaria" se ele tivesse um relacionamento extra-conjugal.

Procurado, Seagal preferiu não se pronunciar, finaliza a matéria do TMZ. 





http://g1.globo.com




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12 de abril de 2010

Segurança nuclear reúne 47 nações


CÚPULA NOS EUA


Preocupação de Obama, o anfitrião do encontro, é a possibilidade de terroristas obterem armas atômicas

Líderes dos EUA, do Brasil e de outras 45 nações estarão reunidos hoje e amanhã em Washington para discutir meios de prevenção ao terrorismo nuclear – uma preocupação que o presidente americano, Barack Obama, colocou no topo de sua agenda de segurança e política internacional.

O objetivo do país anfitrião da Cúpula de Segurança Nuclear é que cada nação apresente as ações que está disposta a tomar para prevenir que armas nucleares caiam nas mãos de terroristas – protegendo materiais como plutônio e urânio enriquecido. O Brasil será representado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além dos ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Nelson Jobim (Defesa) e do assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Segundo o diretor-sênior para não proliferação do governo Obama, Gary Samore, “a cúpula é focada na cooperação para prevenir o contrabando nuclear, de forma a reduzir tanto quanto possível o perigo de que grupos de terror ou gangues de criminosos coloquem as mãos em materiais nucleares’’. Samore citou como exemplo de ações a serem anunciadas a decisão do Chile de “remover todo o urânio altamente enriquecido do país’’. E ressaltou tratar-se “da maior reunião internacional para discutir questões nucleares’’ já feita.

Mas o encontro não deve transcorrer sem polêmicas. A primeira, na semana passada, foi o anúncio de que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, havia cancelado sua presença por temer que a cúpula seja usada por Turquia e Egito para exigir que Israel assine o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Mas a secretária de Estado Hillary Clinton, em palestra na sexta na Universidade de Louisville, minimizou o cancelamento e afirmou que o vice-premier de Israel estará em Washington para a reunião.
NOVA YORK




http://zerohora.clicrbs.com.br





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8 de abril de 2010

Com apoio da Rússia, novo Governo assume controle do Quirguistão

Da EFE



Ignacio Ortega.

Moscou, 8 abr (EFE).- Após derrubar o presidente Kurmanbek Bakiyev, que não renunciou ao poder, e já com o aparente apoio da Rússia, o Governo provisório criado pela oposição assumiu hoje o controle total político e militar do Quirguistão, uma das ex-repúblicas soviéticas.

"Bakiyev já não é mais o presidente do país. Rosa Otunbayeva é a chefe do Governo provisório. O Parlamento foi dissolvido", afirmou hoje à Agência Efe o opositor Temir Sariev, vice-primeiro-ministro do novo Governo.

Segundo Sariev, as novas autoridades controlam a situação em todo o Quirguistão, com exceção da região de Jalal-Abad, no sudoeste do país e onde está Bakiyev.

"Jalal-Abad é um décimo do país e nós controlamos o resto. Não permitiremos uma guerra civil", advertiu.

Já Otunbayeva, que protagonizou a Revolução das Tulipas (2005), assegurou que as Forças Armadas passaram para o lado da oposição, mas que Bakyiev não tem a intenção de renunciar.

O presidente derrubado rompeu o silêncio para ressaltar que não renunciará. "Não posso influir na situação na república", ressaltou, porém.

"Anuncio que, como presidente, não renunciei, nem renunciarei a minhas faculdades", assinalou Bakyiev em comunicado divulgado na internet, já que a oposição controla a televisão pública.

O líder deposto qualificou a tomada do poder pela oposição de "tentativa de golpe de Estado" e, seguidamente, denunciou que "forças externas" estiveram por trás de sua derrocada, em velada alusão à Rússia.

"Não nomearei o país concreto, mas sem forças externas é impossível realizar operação coordenada semelhante", declarou à emissora de rádio "Eco de Moscou", antes de reconhecer que os protestos antigovernamentais o pegaram "desprevenido".

De acordo com ele, "apesar de o Exército e as forças da ordem terem se subordinado às novas autoridades, os corpos de segurança são incapazes de restabelecer a ordem".

"Em muitas regiões do país, especialmente na capital, se observa um completo caos, se estende a onda de violência e saque, surgem conflitos interétnicos", detalhou.

Ao mesmo tempo, disse que está disposto a assumir a responsabilidade pelo que chamou de "fatos trágicos" se houver uma investigação "objetiva e imparcial".

A respeito, Sariev antecipou que as novas autoridades processarão Bakyiev e outros dirigentes depostos por terem ordenado que atirassem, ontem, contra os manifestantes que tentavam invadir a sede do Governo em Bishkek.

Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 75 pessoas morreram, a maioria baleada, e mil ficaram feridas durante os violentos choques de ontem entre Polícia e oposição na capital e em outras cidades.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, falou hoje por telefone com Otunbayeva, no que representa um primeiro apoio às novas autoridades do Quirguistão.

"A Rússia sempre prestou e está disposta a prestar toda a ajuda humanitária necessária ao povo quirguiz", disse Putin.

Em declarações à "Eco de Moscou", Otunbayeva assegurou que Putin, que criticara ontem Bakyiev por cair no nepotismo, se interessou pela situação no país.

"Acordamos que o vice-primeiro-ministro, Almaz Atambayev, viajará para Moscou para expor nossas necessidades. Estamos agradecidos à Rússia e a seu primeiro-ministro pela significativa ajuda que nos deram para trazer à luz a verdade sobre este regime criminoso", ressaltou.

Segundo a imprensa russa, Bakiyev decepcionou o Kremlin ao permitir aos Estados Unidos instalar perto de Bishkek um centro de passagem para cargas militares com destino ao Afeganistão.

A Rússia, que conta com uma base militar em solo quirguiz (Kant), ofereceu a Bakiyev um crédito de US$ 2 bilhões e o perdão de parte da dívida externa para que fechasse a base americana, mas ele cedeu às pressões de Washington.

O próprio Bakyiev, que não admite a derrota, mas deixou aberta a possibilidade de abandonar o país, reconheceu à "Eco de Moscou" que nenhum funcionário do Governo russo tinha se interessado por seu estado nos últimos dias.

Em 2005, Putin apoiou abertamente o então presidente do Quirguistão, Askar Akayev, derrubado na Revolução das Tulipas após ser acusado de fraude eleitoral e de nepotismo. O ex-líder, então, se exilou em Moscou.

Bishkek continua como palco de manifestantes, alguns armados, que tentaram ter acesso ao bairro diplomático. Por isso, as novas autoridades liberaram a Polícia para utilizar armas de fogo para restabelecer a ordem. EFE




http://g1.globo.com



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