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28 de dezembro de 2009

Nos Jornais: Suriname promete reforçar segurança de brasileiros

Jornais: Suriname promete reforçar segurança de brasileiros



O Estado de S. Paulo



Após ataque, Suriname promete reforçar segurança de brasileiros

O governo do Suriname informou ao Brasil que reforçou a segurança na cidade de Albina, a cerca de 150 quilômetros da capital, Paramaribo, para garantir a integridade física de brasileiros que vivem na região. A chanceler interina do Suriname, Jane Aarland, ligou na noite de sábado para o secretário-geral do Itamaraty, Antônio de Aguiar Patriota, para relatar as providências tomadas após o conflito ocorrido na noite de Natal.

Na ocasião, brasileiros e chineses que participavam de uma festa em Albina foram atacados por surinameses. O padre José Vergílio, diretor da Rádio Katólica, de Paramaribo, que foi ao local na sexta-feira, disse à emissora de TV a cabo Globonews que pelo menos sete pessoas haviam sido mortas. O Itamaraty não confirmou as mortes - registrou apenas a existência de quatro feridos graves, que foram levados para a capital e internados.

Ainda segundo a versão do padre, o conflito teria começado após o suposto assassinato de um morador local por um brasileiro. Veículos e casas foram queimados. Também foram registrados saques em lojas de comerciantes de origem chinesa.

O embaixador brasileiro no Suriname, José Luiz Machado e Costa, que no sábado relatou a existência de pelo menos 25 brasileiros feridos, foi ontem para Albina, cidade de cerca de 10 mil habitantes, acompanhado de autoridades do Suriname.

Na noite de ontem, o Itamaraty divulgou nota em que afirma que "não houve comprovação de mortes de brasileiros". "As declarações dos nacionais ouvidos coincidiram no sentido de que não testemunharam nenhum assassinato de brasileiro. A maioria dos relatos se referia à violência das agressões e à brutalidade do ataque, mas sem qualquer menção a mortes", diz a nota.

Repressão ´exporta´ garimpeiros

Reprimidos por leis ambientais cada vez mais duras, combinadas com ações da Polícia Federal e forte reação de povos indígenas, os garimpeiros brasileiros passaram nos últimos anos a atravessar a linha de fronteira.

Segundo levantamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), têm sido comuns as escaramuças na fronteira com Peru, Bolívia, Colômbia e Venezuela, além das Guianas, frequentemente invadidas por brasileiros. Em 1º de dezembro, a Venezuela expulsou cerca de mil garimpeiros ilegais, entre eles mais de 100 brasileiros.

O governo não tem dados precisos, mas estima-se que eles somam 200 mil, o equivalente ao efetivo do Exército. São nordestinos retirantes, sulistas aventureiros, trabalhadores sem-terra, desempregados urbanos e até foragidos da Justiça.

Estudo da Funai mostra que os garimpeiros praticam um modelo econômico altamente predatório. Após explorar os recursos minerais, deixam um cenário de terra arrasada, com núcleos remanescentes assolados por alta criminalidade, doenças, alcoolismo e prostituição. Sem contar a destruição ambiental.

´´Escapei da morte porque dei tudo o que tinha´´

O paraense Maurice Dias Alves trabalhava em um mercado que foi invadido, saqueado e incendiado por cerca de 500 pessoas em Albina, no Suriname, na véspera do Natal. "Me tranquei no quarto, mas eles conseguiram arrombar a porta. Achei que seria assassinado a golpes de facões, paus e machados, mas escapei da morte porque dei tudo o que tinha", contou Alves, por telefone, ao Estado. Levado em um avião da FAB para Paramaribo, o sobrevivente relata que ficou só com a roupa do corpo e teve documentos queimados.

O que aconteceu em Albina?

Foi uma coisa horrível, uma carnificina. Os marrons (grupo que seria responsável pelo ataque) não são humanos. A brutalidade é impressionante.

O que eles fizeram?

Era uma multidão. Todos estavam armados. Era revólver, facão, punhal, terçado, pedaço de pau, até dinamite. Saíram invadindo as casas onde moram os brasileiros e batiam com muita violência. Estupravam as mulheres na frente de todo mundo e roubavam tudo o que encontravam pela frente. Uma coisa monstruosa. Nunca vou esquecer o que vivi na véspera do Natal. Um pesadelo.

Você viu algum brasileiro ser assassinado?

Não, não vi. Ouvi brasileiros, amigos meus de Belém, dizendo que uns 20 brasileiros tinham sido mortos e esquartejados. Não sei se foi isso. Não queriam deixar provas. Eu soube que tem muita gente desaparecida. Não sei se também foram mortos.

Quando começou o ataque, o que você fez?

Na hora em que eles apareceram nas ruas, armados, muita gente correu e se trancou dentro de casa. Eu fui para o meu quarto, na casa do chinês para quem trabalhava, mas os homens invadiram as casas, derrubando portas e janelas. O meu quarto foi arrombado por eles. Tive muito medo.

Rio gastará cem vezes mais em publicidade

A poucos dias de encerrar seu primeiro ano à frente da Prefeitura do Rio, Eduardo Paes (PMDB) se prepara para multiplicar por quase 100 o gasto anual do município com publicidade, passando-o de pouco mais de R$ 600 mil em 2009 para R$ 60 milhões. Uma licitação para contratar três agências do setor e uma empresa de eventos por 24 meses, ao preço de R$ 120 milhões, já está em curso, devendo quebrar um padrão anterior da administração municipal - o de gastar pouco na área.

"Aqui não tinha agência, o Cesar Maia não fez", diz Paes, admitindo que seu antecessor gastou pouco com divulgação na gestão passada. Ele afirma, entretanto, não ter pressa para fechar o contrato e, apesar da presença forte que tem na mídia, nega tê-la como prioridade. "É uma publicidade institucional. Minha ideia é gastar institucionalmente, fazer campanhas, divulgar as ações da prefeitura, mas não tenho ainda foco definido", diz Paes. "Não estou com muita pressa, estou há um ano lançando o edital. Não é o que está me angustiando."

Na proposta orçamentária, com votação prevista para hoje, a publicidade tem pouco mais de R$ 20 milhões reservados - será necessário fazer uma suplementação, depois da licitação. Não será difícil, se o prefeito conseguir aprovar o índice de 30% de remanejamento de verbas sem consulta ao Legislativo. É o que propõe no projeto de lei. Em 2005, a despesa empenhada pela prefeitura para publicidade foi R$ 1.947.461; em 2006, 166.866; em 2007, R$ 818.029,11; em 2008, R$ 448.286,20; em 2009, R$ 649.492.

Paes reconhece que apertou muito as despesas em 2009. Também obteve algumas receitas extras, como o aumento de arrecadação do IPVA, devido à Operação Lei Seca, do governo estadual, para reprimir a mistura de bebida e direção - nas blitze, checa-se também se os tributos do veículo estão em dia. Levantamento do Fórum Popular do Orçamento mostra o tamanho do garrote. Até o fim de novembro, a prefeitura investira apenas R$ 453 milhões, cerca de R$ 200 milhões abaixo dos R$ 673 milhões investidos em 2005, primeiro ano da última gestão de Maia. Os números já estão corrigidos pelo IPCA.

"O caixa veio muito apertado", diz Paes. "Apertei no custeio, nos cargos." Mesmo não investindo, Paes garantiu noticiário positivo com o "choque de ordem" - operações contra ambulantes, sujeira e desordem urbana - e atividades de rua.

Oposição critica atuação de Paes

O estilo do prefeito Eduardo Paes (PMDB) teve repercussão positiva na Câmara Municipal carioca, que ele e seu governo procuraram prestigiar, pelo menos no primeiro semestre de 2009, reconhece a vereadora Andréa Gouvêa Vieira (PSDB), da oposição. "Ele mesmo trouxe à Casa projetos de interesse do Executivo e os secretários vieram discuti-los", diz.

A postura, entretanto, teria mudado no segundo semestre, quando, afirma Andréa, pareceu haver a decisão de entregar a relação entre governo e Câmara a quem "sabe fazer". Paes, diz ela, uniu os grupos dos vereadores Jorge Felippe (PMDB), atual presidente da Casa, e Jorge Pereira (PT do B), até então rivais, e legitimou parlamentares "fichas-sujas". Um deles, conta, foi Cristiano Girão, do PMN. O parlamentar foi preso na semana retrasada, acusado de integrar uma milícia.

"O prefeito também distribuiu as vilas olímpicas da prefeitura a vereadores", acusa a parlamentar. Ela também afirma que Paes usou vereadores "laranjas" para assumir o desgaste por projetos de repercussão ruim, como o Plano de Estruturação Urbana das Vargens, que alterou regras de ocupação em Vargem Grande e Vargem Pequena, e a criação da Taxa de Iluminação Pública.

Andréa diz, porém, que a prática política do prefeito, que chama de "muito ruim", se combina com iniciativas "interessantes" de gestão, como o estabelecimento de metas por secretaria. "O PPA (Plano Plurianual) que ele lançou tem muitas coisas boas, muito boas, bons indicadores para acompanhar e ver resultados", admite. Paes foi do PSDB, antes de se mudar para o PMDB.

O Globo

PAC faz 3 anos com apenas 10% das obras concluídas

Levantamento mostra ainda que 62% dos projetos não saíram do papel

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) completa três anos em janeiro longe de concluir metade do proposto pelo governo. Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que, das 12.520 obras do programa em todo o país, apenas 1.229 foram concluídas, o que representa 9,8% do total, incluindo os projetos de habitação e saneamento.

Sem esses dois setores - que são maioria no PAC- os números melhoram e apontam para 31% dos empreendimentos concluídos. Do total, as obras que nem sequer saíram do papel - estão em fase de contratação, em ação preparatória ou em licitação - chegam a 62%. Nos últimos meses, o PAC foi engordado e passou a ter orçamento de R$ 646 bilhões até 2010.

A Casa Civil contesta o levantamento e diz que ele leva em consideração apenas o número de obras. No Rio, a Petrobras ajudou a puxar os investimentos.

Para Minc, Lobão parou no tempo

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou as declarações de seu colega de Minas e Energia, Edison Lobão, que reclamou do mau humor e da lentidão do Meio Ambiente. "Parece que ele parou no tempo", disse.

Vítimas deixam o Suriname

Dos 81 brasileiros que fugiram de Albina, no Suriname, onde foram vítimas de uma onda de violência, cinco já voltaram ao Brasil. O governo confirma 17 feridos, três deles ainda internados. Uma mulher, grávida de três meses, perdeu o bebê. O Itamaraty não confirma o relato de sobreviventes de que há mortos.

Folha de S.Paulo

"A gente paga pelas escolhas", diz Genoino

Aos 63 anos, José Genoino é, hoje, quase irreconhecível para quem acompanhou sua trajetória política. Antes polêmico, barulhento e provocativo, tornou-se um parlamentar discreto, que concentra sua atuação nas comissões e na defesa de projetos como o da reforma política.

Evita os holofotes da imprensa, que antes perseguia. Após quase quatro anos recluso por conta do escândalo do mensalão, que o fez renunciar à presidência do PT e o tornou réu na ação penal que corre no STF (Supremo Tribunal Federal), Genoino recebeu a Folha em seu escritório, em São Paulo, para uma rara entrevista.

Ele sustenta que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) não foi uma candidata imposta pelo presidente Lula ao PT, defende a política de alianças com o PMDB e se diz um defensor incondicional do governo Lula.

Diante de perguntas sobre o mensalão, responde, mas evita a polêmica.

"Eu não tenho arrependimento. Foram escolhas políticas. E a gente paga por elas." Com os fios de cabelos totalmente brancos, uma certa fala mansa, mas firme, Genoino conserva um hábito em meio aos novos modos: em duas horas de conversa, acendeu três cigarros. "É o único vício do qual não me libertei."

FOLHA - Como foi retornar à Câmara depois da crise?

JOSÉ GENOINO - Foi bom voltar à Câmara legitimado pelo eleitor. A solidariedade dos petistas, dos militantes e do eleitor petista foi muito importante para me colocar de novo lá.

FOLHA - O que fez antes?

GENOINO - Fui dar aulas, como avulso. Aulas de política, de história. Dei um curso lá no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, durante seis meses, contratado. E fazia palestras. Foi assim que eu vivi em 2005 e 2006.

FOLHA - Em que se concentra sua atuação parlamentar hoje?

GENOINO - Minha grande causa é viabilizar uma reforma política institucional. Tenho debatido a necessidade de cada partido discutir esses temas na campanha de 2010 e em 2011 a gente fazer um Congresso revisor para votar a reforma política. Trabalho com essas áreas, além da questão maior: a defesa intransigente do governo Lula.

FOLHA - Essa defesa do governo Lula é incondicional?

GENOINO - Ela é uma defesa radical porque entendo que o PT e o governo Lula estão transformando o Brasil. Todas as medidas que o governo manda para a Câmara eu concordo, defendo.

FOLHA - O PT não tem mais nenhum papel crítico no governo?

GENOINO - O PT e o governo Lula estão conduzindo um projeto estratégico. É um projeto processual: tem hora que a gente avança, tem hora que a gente recua. Mas está dando certo. É só ver os resultados, os indicadores. As lutas para ganhar a eleição, as dificuldades, os dilemas que nós enfrentamos são em função deste projeto. Tenho uma admiração e um respeito pela capacidade política, intuição, sensibilidade e competência do Lula. O PT, quando se divide, perde. Por isso sou defensor da unidade do PT e da política de alianças para ganhar as eleições, para governar. Dei minha contribuição, em todos os sentidos. Nunca fiz nada sem correr riscos.

FOLHA - O PT tem que se submeter ao PMDB pela eleição de 2010?

GENOINO - A prioridade das prioridades é eleger a Dilma. Governar o Brasil por mais um mandato presidencial é uma vitória estratégica. Nos Estados, quem estiver melhor situado é cabeça de chapa, seja do PT, PMDB ou PSB. Eleger a Dilma, fazer bancadas na Câmara e no Senado, e eleição a governador: estou colocando nesta ordem.

Aliança PT-PMDB esbarra no fator Ciro

A consolidação da aliança do PT com o PMDB na sucessão presidencial de 2010 esbarra não apenas nos complicados arranjos regionais de poder. O suspense em torno de uma possível candidatura de Ciro Gomes (PSB) à Presidência divide alas do PT.

Parte expressiva do partido ainda não digere a provável indicação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), à Vice-Presidência na chapa liderada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e, paralelamente, os petistas não creem na disposição de Ciro em se lançar candidato ao governo de São Paulo.

Ciro candidato a presidente ou a vice de Dilma são os cenários que perseguem as mentes petistas. "Existe, sim, um movimento dentro do PT para puxar o Ciro para a [vaga de] vice", afirma um dirigente petista.

"O Ciro quer ser candidato à Presidência. Ele acha que tem espaço para isso. O PSB não está discutindo a vice", avisa o senador Renato Casagrande (ES), secretário nacional do PSB.

Os movimentos recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do pré-candidato Ciro Gomes no jogo sucessório -que causaram polêmica nas últimas semanas- não podem ser entendidos como acaso, tampouco deslize, dizem dirigentes petistas. Lula, ao afirmar que a escolha do vice é como casamento e, por isso, caberá a Dilma "escolher" o nome do noivo dentro de uma lista tríplice, não cometeu um deslize, disseram à Folha integrantes do partido.

"Dentro do PT há uma avaliação generalizada de que desequilibramos demais a relação com o PMDB no segundo mandato, após a crise [do mensalão]. Fragilizados, abrimos espaço demais para o PMDB. Lula, agora, deu um recadinho ao PMDB", confidenciou um membro da cúpula petista.

Por outro lado, quando Ciro ataca a aliança PT-PMDB, age não somente em causa própria, mas também em sintonia com o Planalto, que acha necessário pôr freios no apetite peemedebista. "Parte do PT pressente que o PMDB vai se comportar como sempre em 2010. Nos Estados, o PMDB sempre faz a política que acha mais conveniente", alerta outro dirigente, incomodado com a falta de comprometimento do PMDB com a candidatura de Dilma, que pode ter dificuldades com palanques peemedebistas.

O que Ciro quer é se manter em evidência, concordam as cúpulas de PT e PSB. Mas, para se manter pré-candidato, depende de bons resultados nas pesquisas. Enquanto isso, dá estocadas no PMDB e aumenta o número de amigos no PT.

Geddel usa tática de ACM para levar votos do carlismo na BA

Principal candidato a herdeiro político do carlismo na Bahia, o ministro peemedebista Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) intensifica as viagens pelo Estado, a distribuição de recursos a aliados e as aparições públicas para tentar ocupar o vácuo eleitoral deixado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007.

Pré-candidato ao governo baiano, Geddel segue estratégia parecida à de ACM durante a hegemonia do carlismo no Estado, com distribuição de recursos a aliados e influência em meios de comunicação.

Das verbas do Ministério da Integração Nacional destinadas à Bahia, 68% do total foi repassado por convênios a prefeituras do PMDB. De acordo com Geddel, que comanda o ministério desde março de 2007, os critérios são técnicos.

Sem dispor de um império midiático como ACM (com canais de TV, rádio e jornal impresso), Geddel criou um jornal partidário, virou comentarista semanal na rádio Metrópole -do ex-prefeito carlista Mário Kertész- e exerce forte influência sobre blogs importantes no interior baiano.

Para fortalecer a candidatura, Geddel intensificou a agenda de inaugurações de obras no interior do Estado. Em média, são visitados quatro municípios por final de semana.

Apesar de todo esforço, Geddel ficou em terceiro lugar na primeira pesquisa Datafolha após o racha, em agosto deste ano, entre PT e PMDB no Estado. Na pesquisa feita em dezembro, Geddel aparece com 11%, atrás do governador petista Jaques Wagner (39%) e do ex-governador carlista Paulo Souto (DEM), com 24%.

Lula é eleito "o cara", mas Itamaraty coleciona atritos

Em 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi chamado de "o cara" por Barack Obama e aclamado como "o personagem do ano" pelo jornal espanhol "El País" e "homem do ano" pelo francês "Le Monde", mas a política externa do Brasil tem sido polêmica e duramente criticada à esquerda e, principalmente, à direita no mundo.

Pautada pela corrida por um lugar de liderança no mundo pós-crise econômica, a política externa é elogiada como "ousada" pelos aliados e como "megalomaníaca" por adversários.

Sai de 2009 deixando um rastro de gestos, ações e questões mal resolvidas. Os pontos centrais do ano da diplomacia brasileira atendem por dois nomes de países: Honduras e Irã. Mas é com um terceiro que o Brasil tenta -"infantilmente", segundo a oposição- medir forças: os Estados Unidos.

O Brasil entrou bem na crise hondurenha, encabeçando a grita uníssona internacional contra o golpe de Estado e a favor da democracia, mas atrelou-se excessivamente a uma das partes, a do presidente deposto, Manuel Zelaya, e acabou perdendo as condições de intermediação no conflito.

Sem saída, Lula, o ministro Celso Amorim e o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, tiveram de cair na armadilha criada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que estimulou Zelaya a se abrigar na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Zelaya não se fez de rogado. Tomou conta da sede brasileira, com familiares e mais de uma centena de aliados.

O que foi considerado o principal erro do governo, porém, foi ter pedido socorro aos Estados Unidos, mas, quando eles apresentaram a solução para Honduras -acatar as eleições e ir em frente-, o Brasil não aceitou. Recusou-se a reconhecer o eleito, Porfírio Lobo, alongando a crise e colaborando para dividir a OEA (Organização dos Estados Americanos).

No caso do Irã, Planalto e Itamaraty conseguiram trazer ao país num só mês, novembro, os presidentes da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, de Israel, Shimon Peres, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

O Brasil tem sido bastante criticado pelos que consideram o Irã uma ditadura sangrenta e por setores internacionais que veem no país um risco nuclear. A crítica aumentou quando o Brasil absteve-se de votar a favor de censura da ONU ao programa nuclear iraniano.

O argumento brasileiro é que a melhor política é a do não isolamento, mas a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, mandou um recado público, criticando os que "flertam" com o regime iraniano.

Provocações, inclusive pela imprensa, marcaram as relações de Brasília com Washington ao longo de 2009, enquanto Obama e Lula trocavam cartas e os diplomatas organizavam a vinda de Hillary e do presidente dos EUA no início de 2010.

As desavenças são muitas: as tarifas americanas ao etanol brasileiro, o fracasso da Rodada Doha de comércio, o desfecho da crise em Honduras, o arriscado jogo brasileiro com o Irã e a desconfiança gerada na América do Sul, Venezuela à frente, com a ampliação de tropas dos EUA na Colômbia.

Bancos públicos superam os privados em lucro e tamanho

Os bancos públicos federais superaram as instituições privadas nacionais em tamanho e em lucratividade, segundo dados dos balanços referentes ao terceiro trimestre deste ano organizados pelo Banco Central.

Esses resultados foram obtidos, principalmente, pelo bom desempenho do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que recebeu grande aporte de recursos da União para aumentar seus empréstimos durante o período mais agudo da crise.

Também contribuiu para isso a consolidação das aquisições realizadas pelo Banco do Brasil, que comprou a Nossa Caixa e metade do banco Votorantim.

Os ativos dessas duas instituições, somados aos da Caixa Econômica Federal, do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste, chegaram a R$ 1,39 trilhão no final de setembro. No final desse mesmo mês, instituições privadas de controle nacional listadas pelo BC possuíam R$ 1,34 trilhão.

Há três meses, os bancos nacionais privados ainda superavam as instituições públicas em ativos. Não entram nessa conta os bancos privados de controle estrangeiro que atuam no país, como Santander e HSBC, que possuem mais R$ 685 bilhões.

O levantamento também mostra que o lucro do BNDES ajudou as cinco instituições federais a registrar, juntas, um ganho maior que os bancos privados nacionais. Enquanto o lucro dos grupos estatais foi de R$ 5,3 bilhões nesses três meses, os agentes privados nacionais tiveram ganho de R$ 4,9 bilhões. No final do trimestre passado, antes dessa virada, esses bancos privados acumulavam lucro 75% acima do registrado pelos federais.

Correio Braziliense

Média diária de multas cresce até 44% no DF

A imprudência no trânsito do Distrito Federal pode ser medida em dados concretos: em seis das sete infrações mais comuns houve aumento no número de multas. A principal delas, o excesso de velocidade. Foram 864.966 registros entre 1º de janeiro e 16 de dezembro deste ano, ou 2.471 a cada dia — um acréscimo de 24,8% diariamente, em média. A falta do cinto de segurança também aparece entre os pecados mais recorrentes ao volante.

O índice de condutores ou de passageiros flagrados sem ele cresceu 11%. As multas aplicadas por uso de celular ou fone de ouvido aumentaram 19,3%. O avanço de sinal vermelho, outra infração grave, teve uma elevação de 44%. Mesmo assim, o Detran-DF espera que a quantidade de acidentes e de mortes nas vias locais seja semelhante à registrada em 2006: 369 casos fatais e 414 mortes. Neste período, a frota cresceu 28%.

Consumo leva extrato azul

A portabilidade numérica e a definição de novas regras imobiliárias estão entre as muitas conquistas dos consumidores neste ano. Mas abusos persistem em vários setores.

Fronteiras da violência - Albina, Suriname

Hotel e carros destruídos durante o ataque que feriu 17 brasileiros na noite de Natal. Avião da Força Aérea Brasileira pousou ontem à noite em Belém com cinco vítimas do atentado. Comunidade de garimpeiros denuncia surinameses de cometerem assaltos e agressões constantes.

Governo eleva gastos e estimula inflação

Crise global, aumento a servidores e reajuste do salário mínimo sobrecarregam contas públicas. Próximo ano, eleitoral, também preocupa. Futuro presidente deverá ser rigoroso no controle monetário.

Brasília lidera denúncias de abuso sexual

Canal da Secretaria dos Direitos Humanos recebe, por dia, 80 casos de crianças vítimas da violência. Em termos proporcionais, Brasília lidera ranking.

Como serão as eleições após a Caixa de Pandora

Cenário eleitoral mudou depois da impossibilidade de reeleição do atual governador. Políticos quase descartados podem se lançar na disputa.

Jornal do Brasil

Turista estrangeiro ocupa 40% dos hotéis

A redução dos efeitos da crise global, a escolha da cidade para sede da Olimpíada de 2016 e as ações da prefeitura para melhorar a infraestrutura da festa na orla fizeram aumentar a procura de turistas estrangeiros pelo Réveillon do Rio.

A Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) estima que o número de turistas aumente 15% em relação a 2008. Já a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio (ABIH-RJ) calcula que os estrangeiros vão ocupar 40% das unidades, contra 20% no ano passado.

Indústria do Rio aposta em 2010

O setor industrial fluminense crê que a economia brasileira, em 2010, seguirá em prosperidade. Segundo pesquisa da Firjan, entre representantes de 225 empresas, 95,1% disseram estar confiantes ou muito confiantes em um ano de bom desempenho.

Suriname: padre relata 7 mortes

O padre José Vergílio, que visitou Albina, no Suriname, disse que sete brasileiros morreram no ataque de surinameses a um grupo de garimpeiros na véspera do Natal. O Itamaraty, que não confirmou a informação, enviou ontem diplomatas ao país.







Fonte : CONGRESSO EM FOCO Autor :



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