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29 de julho de 2011

Relatório sobre voo Rio-Paris mostra alertas ignorados

PARIS (Reuters) - Investigadores franceses disseram nesta sexta-feira que a tripulação do voo Rio de Janeiro-Paris da Air France, que caiu há dois anos, ignorou alertas sobre a velocidade e procedimentos padrão.




O BEA, agência francesa que investiga acidentes aéreos, emitiu 10 novas recomendações de segurança, incluindo mais treinamento sobre como pilotar aeronaves manualmente em grandes altitudes


O relatório mostrou que os pilotos não discutiram os repetidos alarmes sobre perda de velocidade antes de o Airbus que pilotavam cair 38 mil pés e mergulhar no oceano a 200 quilômetros por hora, matando todas as 228 pessoas a bordo.


Também foi revelado que os passageiros não receberam nenhum alerta enquanto os pilotos tentavam evitar o acidente.


O relatório atualizado sobre os minutos finais do voo 447, baseado nas recém-descobertas caixas pretas, confirmou a informação obtida em maio de que a tripulação respondeu aos alertas de velocidade fazendo algo que tem confundido especialistas em aviação desde então -- apontando o nariz do avião para cima e não para baixo.


Uma perda aerodinâmica --que não deve ser confundida com motores parados-- é uma condição perigosa que ocorre quando as asas não conseguem suportar a aeronave. A forma padrão de responder a isso é apontar o nariz do avião para baixo para capturar ar a um ângulo melhor.


Mas isso é um evento raro num avião comercial, especialmente a uma altitude elevada, por isso investigadores do acidente têm deixado claro que havia pouco ou nenhum treinamento específico.


O relatório pode gerar um conflito entre a Airbus e a Air France sobre se a atitude dos pilotos ou a perda temporária dos leitores de velocidade, devido aos sensores congelados, é o principal motivo que levou ao acidente.



(Reportagem de Tim Hepher)



br.reuters.com


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21 de julho de 2011

COPOM aumenta juros, mas sinaliza ser a última elevação do ano


Estamos conformados. A taxa Selic subiu de novo. Nesta 4ª feira (ontem), o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) elevou os juros de 12,25% para 12,50% ao ano, um aumento de 0,25%, ainda que pelo tom do comunicado oficial pós-reunião, seja o último reajuste do ano.

O objetivo do aumento, segundo o COPOM-BC é diminuir o consumo. De acordo com os exegetas da doutrina oficial e sagrada, o novo reajuste de 0,25% veio porque o Brasil errou e muito. Devia investir e poupar e não consumir.

Repetem, assim, as mesmas justificativas apresentadas para os aumentos anteriores, da mesma forma que agora o mantra da nova religião ortodoxa é ficar contra o aumento do emprego e dos salários. Pior, não só repetem o mantra, como já estamos vendo as medidas para arrochar os salários e diminuir a criação de emprego.


Pressão contra os bancos oficiais e seus juros menores
Dessa forma, aos poucos vamos caminhando para o centro da doutrina – digo meta. As razões são as mais absurdas. Segundo alguns o cenário internacional é excepcional, excelente, pelo aumento das commodities e excesso de liquidez.

Mas, no fundo o objetivo deles continua o mesmo: trabalhar e tomar medidas em cima da tese do PIB potencial de 3,5% e da taxa de risco de 6% real. Assim, vamos nos transformando no paraíso do capital especulativo e retomando um caminho que já fizemos.

Com os resultados que todos conhecem: o povo ficava esperando o bolo crescer para comer as migalhas. A culpa de tudo, dizem, é do BNDES, dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste), dos juros subsidiados. Sem estas instituições de crédito oficiais, repetem, estaríamos no melhor dos mundos.



http://correiodobrasil.com.br



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18 de julho de 2011

Bolsas europeias fecham em queda, puxadas por bancos

Por Danielle Chaves

Londres - As bolsas europeias fecharam em queda, pressionadas pelo setor bancário em consequência da decepção com os resultados dos testes de estresse divulgados na sexta-feira, que não levaram em conta os piores cenários de risco. Na Bolsa de Milão, os negócios com algumas ações de bancos chegaram a ser suspensas depois de terem fortes baixas. O índice Stoxx Europe 600 caiu 1,8%, para 262,10 pontos.

Os bancos despencaram, com destaque para ING Group, que recuou 7,1% em Amsterdã, e Intesa Sanpaolo, que perdeu 6,5% em Milão. Na bolsa italiana, as ações do UniCredit e do Monte dei Paschi di Siena tiveram os negócios com suas ações suspensos por algum tempo e terminaram o dia com quedas de 6,36% e 7,22%, respectivamente. O índice FTSE MIB de Milão caiu 3,06%, para 17.885,74 pontos.

As perdas vieram depois de os investidores terem a primeira chance de reagir aos resultados dos testes de estresse, que foram divulgados após o fechamento das bolsas na sexta-feira. A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) afirmou que oito bancos fracassaram nos testes e que a deficiência de capital é de 2,5 bilhões de euros.

O veredicto geral dos analistas foi de que os testes não tiveram credibilidade. Muitos viram as hipóteses como muito bondosas e criticaram os testes por não incluírem o cenário de um default (moratória) da Grécia, que está se tornando cada vez mais provável.

Na Bolsa de Londres, Royal Bank of Scotland Group caiu 6%, Barclays cedeu 7% e Lloyds Banking Group recuou 7,5%. Essas perdas pesaram sobre o índice FT-100, que fechou em baixa de 1,55%, aos 5.752,81 pontos.

O índice DAX da bolsa de Frankfurt declinou 1,55%, para 7.107,92 pontos, pressionado pelas quedas de 3,5% do Deutsche Bank e de 4,6% do Commerzbank. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 2,04%, para 3.650,71 pontos, com as ações dos bancos Société Générale e BNP Paribas caindo 5,5% e 3,6%, enquanto a seguradora AXA cedeu 5,4%.

O PSI-20 de Lisboa recuou 2,55%, para 6.560,71 pontos, e o Ibex-35 de Madri perdeu 1,44%, para 9.347,80 pontos. São cada vez maiores as preocupações com um contágio da crise da Grécia na Espanha e na Itália. Hoje o yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos da Espanha superou 6,30% pela primeira vez desde a introdução do euro.

O yield dos bônus de 10 anos da Itália superou 6%, levando o spread (prêmio) com relação aos bunds alemães à máxima na era do euro de 336 pontos-base, antes de recuar para 5,96% no fim da tarde na Europa, de acordo com a Tradeweb. As informações são da Dow Jones.



http://veja.abril.com.br/noticia/economia/bolsas-europeias-fecham-em-queda-puxadas-por-bancos


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16 de julho de 2011

Dilma quer que ministro afaste envolvidos em irregularidades


A presidente Dilma Rousseff determinou ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que afaste ou demita servidores envolvidos em irregularidades, em meio a denúncias que já atingiram assessores da pasta e provocaram a saída do ministro anterior, Alfredo Nascimento, no início do mês.

"Eu tenho clara determinação da presidenta da República, é no sentido de fazer os ajustes, promover o afastamento ou até mesmo a demissão, se necessário, de quem quer que seja que tenha comprovadamente uma conduta pública incompatível com aquilo que deve ser a postura de um servidor público", disse o ministro a jornalistas.


Nascimento e dois assessores da pasta deixaram seus cargos por denúncia, divulgada pela revista Veja, de que fariam parte de um suposto esquema de arrecadação de propinas em favor do Partido da República (PR). A legenda e Nascimento negam as acusações.


Na sexta-feira, outros servidores ligados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também foram afastados, após reportagens. O diretor-executivo órgão, José Henrique Sadok de Sá, foi afastado temporariamente do cargo após denúncias de suposta corrupção. Sadok de Sá ocupava interinamente a diretoria-geral do órgão depois que o titular, Luís Antônio Pagot, foi afastado no começo do mês, devido a denúncias de praticar irregularidades no Dnit. Pagot nega as acusações.


O Dnit informou, por meio da assessoria, que também foi afastado na sexta Frederico Augusto de Oliveira Dias, que atuaria como assessor do departamento.


Passos não descartou que outros servidores sejam substituídos, desde que haja "cabimento" e "razões" que as justifiquem.




(Reportagem de Maria Carolina Marcello) 





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6 de julho de 2011

Defuntos recebem tratamento médico do SUS em Porto Velho

TCU descobriu


O pioneirismo de Porto Velho em todas as áreas é inesgotável. Agora mesmo a capital do Estado se destaca como a terra onde defunto recebe tratamento médico do SUS sem precisar ficar vivo de novo, conforme se depreende dos resultados apresentados por uma auditoria realizada por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) entre os anos de 2008 e 2010, que constatou o pagamento de procedimentos médicos de alta complexidade após as datas de óbitos de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em 15 municípios brasileiros, entre eles Porto Velho cidade administrada pelo prefeito petista Roberto Sobrinho.

Na cidade teriam sido pagos Autorizações de Internação Hospitalares (AIH’s) e Autorizações de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo (Apac) com datas alteradas. Os resultados foram obtidos pelos auditores através do cruzamento de informações constantes nos bancos de dados das Autorizações de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo (APAC) e do Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi) mantido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.

Além de Porto Velho, também foram fiscalizados recursos aplicados nos municípios de São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Aparecida de Goiânia (GO), Recife (PE), Belém (PA), Rio Grande (RS), Porto Alegre (RS), Cabo Frio (RJ), Goiânia (GO), Cascavel (PR), Fortaleza (CE), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Juiz de Fora (MG) e Campina Grande (PB).

Em todo o país, também foram constatados outros 890 casos de internações que teriam prosseguido após o falecimento do paciente. Os pagamentos realizados pelo SUS nessas duas situações superam R$ 14 milhões. Segundo o relatório, a maioria das internações realmente ocorreu, porém em períodos diferentes aos informados na Autorização de Internação Hospitalar (AIH), havendo indícios de cobranças indevidas.

O TCU determinou ao Ministério da Saúde e ao Departamento de Informática do SUS que adotem mecanismos que impeçam alteração de dados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Também determinou aos municípios auditados que apurem as irregularidades encontradas e, em 120 dias, apresentem as medidas corretivas implementadas. Veja o que diz o TCU sobre o assunto no Acórdão 1377/2011 - Plenário:


"98. Contabilizaram-se 185 municípios nos quais houve registro de abertura de Apac após o óbito do paciente. Desse total, foram desconsideradas as Apac em que o procedimento questionado estava relacionado à doação de órgãos, ou seja, para as quais poderia haver justificava para procedimento após falecimento do paciente. Restaram então 182 municípios, que compõem o universo de possíveis irregularidades, o que totaliza um valor de R$ 3.823.549,62.
99. A análise desses dados revela que 51% dos recursos envolvidos estão relacionados a sete municípios (São Paulo - SP, Recife - PE, Cabo Frio - RJ, Porto Velho - RO, Cascavel - PR, Carazinho - RS e Cachoeiro de Itapemirim - ES). Devido a maior materialidade dos recursos relacionados a esses municípios, será proposta determinação no sentido de que as Secretarias de Saúde responsáveis realizem apuração em todas as Apac abertas após o registro do óbito do paciente e providencie, se for o caso, o respectivo ressarcimento ou glosa dos recursos pagos indevidamente.
100. Além disso, considerando que a análise dos dados aponta que 31% do montante envolvido estão relacionados a 24 municípios e a materialidade envolvida, será proposta recomendação de apuração das Apac questionadas pelas respectivas Secretarias de Saúde."


Fonte: TCU
Autor: Alexandre Araujo



http://www.rondoniagora.com/






5 de julho de 2011

Ministro diz que foi mal interpretado em declaração sobre gays


O ministro indiano da Saúde, Ghulam Nabi Azad, afirmou nesta terça-feira que foi mal interpretado quando disse que considera a homossexualidade uma doença e que a Aids teria sido levada para a Índia por estrangeiros.

Alvo de uma série de críticas, Azad falou em uma entrevista coletiva que foi "totalmente mal interpretado".

"Eu sei, como ministro da Saúde, que homens fazendo sexo com homens não é uma doença", esclareceu.

Na véspera, Azad provocou uma grande polêmica no país após assegurar em uma conferência sobre a Aids que a homossexualidade é "antinatural e não é boa para a Índia".

Até 2009, a homossexualidade podia ser punida com até dez anos de prisão no país. Apesar da lei ter sido extinta, o preconceito está arraigado em grande parte da sociedade.

ONU

Nesta terça-feira, a Unaids, o órgão da ONU de combate à Aids, enfatizou que a homossexualidade não é uma doença e que não há mais espaço para discriminação por orientação sexual.

"A rica tradição da Índia de inclusão e justiça social precisa incluir homens que fazem sexo com homens e transsexuais", disse Michel Sidibe, diretor-executivo da Unaids, em comunicado.

"Consistente com a classificação de doenças da OMS [Organização Mundial de Saúde], a Unaids não considera a homossexualidade uma doença", completou.






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