Sinforosa e seus filhos
3.5. Martírio di santa
Sinforosa e dei suoi sette figli. A construção da vila Adriana em Tívoli fora
concluída em 135 dC, e deve-se remontar a essa época o martírio de Sinforosa,
sacrificada como vítima propiciatória nos "habituais nefandos ritos
pagãos" de consagração da vila imperial. O trecho que fala do seu martírio
mostra o imperador Adriano, indisposto em relação ao cristianismo (passaram-se
os tempos das pacatas instruções ao procônsul Minucio Fundanos) e propenso a
crer nas calúnias dos sacerdotes pagãos.
O próprio imperador, e não um seu funcionário, chama aquela mulher, e
procura induzi-la a renegar a fé, fazendo o mesmo com seus filhos. "O
imperador Adriano fizera construir um palácio para si e queria consagrá-lo com
os habituais nefandos ritos pagãos. Começou a pedir, com sacrifícios, aos
ídolos e demônios, que neles habitam, a resposta dos oráculos, e esta foi a
resposta: "A viúva Sinforosa, com seus sete filhos, aflige-nos todos os
dias invocando o seu Deus. Se ela com seus sete filhos sacrificarem segundo o
nosso rito, nós vos prometemos conceder tudo o que pedis".
Adriano, então, mandou prende-la
com os filhos, e de maneira insinuante, exortou-os a sacrificar aos deuses.
Sinforosa, porém, disse-lhe: "Meu esposo Getúlio e seu irmão Amâncio,
quando combatiam no teu exército como tribunos, enfrentaram muitos gêneros de
tortura por não aceitarem sacrificar aos ídolos, e como atletas valorosos,
venceram os demônios com a própria morte.
Preferiram, de fato, ser decapitados a deixar-se vencer, sofrendo a
morte em nome de Cristo, trouxe-lhes ignomínia no mundo dos homens ligados aos
interesses terrenos, mas deu-lhes honra e glória eterna na assembleia dos
anjos. Vivem agora entre os anjos e, levantando os troféus da própria paixão,
gozam no céu da vida eterna com o eterno rei".
O imperador respondeu a Sinforosa: "Ou sacrificas com teus filhos
aos deuses onipotentes, ou farei imolar-te com teus filhos". Acrescentou,
em seguida, Sinforosa:
"Donde vem-me a graça de merecer ser oferecida com os meus filhos
como vítima a Deus?". E o Imperador: "Eu te farei sacrificar aos meus
deuses". A bem-aventurada Sinforosa respondeu: "Teus deuses não podem
aceitar-me em sacrifício, mas se for imolada em nome de Cristo meu Deus, eu
terei o poder de fazer que teus demônios se tornem cinzas". Disse, então,
o imperador: "Escolhe uma das duas propostas: ou sacrificas aos meus
deuses ou morrerás de morte trágica". Sinforosa, então, respondeu:
"Crês que possa mudar o meu propósito por um temor qualquer,
enquanto o meu desejo mais vivo é repousar em paz junto do meu esposo Getúlio,
que fizeste morrer pelo nome de Cristo?".
O imperador Adriano, então, mandou-a levar ao templo de Hércules e ali
primeiramente fez com que fosse esbofeteada, depois dependurada pelos cabelos.
Vendo, contudo, que de modo algum e com nenhuma ameaça conseguia demove-la do
seu propósito, mandou atar-lhe uma pedra ao pescoço e afogá-la no rio. Seu
irmão Eugênio, que tinha um cargo na cúria de Tívoli, recolheu o seu o corpo e
sepultou-o na periferia daquela cidade.
No dia seguinte, o imperador Adriano mandou chamar à sua presença os
seus sete filhos ao mesmo tempo. Quando viu que de modo algum, nem com
promessas nem com ameaças, conseguia levá-los a sacrificar aos deuses, mandou
levantar sete postes ao redor do templo de Hércules, e com a ajuda de máquinas,
fez afligir os jovens. Em seguida mandou matá-los: Crescente, trespassado no
pescoço; Juliano, no peito; Nemésio no coração; Primitivo, no umbigo; Justino,
nas costas; Estacteno, no peito; Eugênio foi esquartejado da cabeça aos pés.
O imperador Adriano, retornando ao templo de Hércules do dia seguinte,
mandou levar seus corpos embora e lançá-los numa fossa profunda, numa
localidade que chamaram: "Aos sete justiçados".
Houve, depois disso, trégua de um ano e seis meses na perseguição; foi
dada, nesse tempo, uma sepultura honrosa aos corpos dos mártires e foram
construídas sepulturas para aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da
vida. Os mártires Sinforosa e seus sete filhos repousam na via Tiburtina, a
cerca de oito milhas de Roma, sob o reinado de nosso Senhor Jesus Cristo, a
quem são devidas honra e glória nos séculos dos séculos. Amém".
Organizado e publicado por:
Domingos Teixeira Costa
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