3.18. Mártires a não mais
acabar - Martiri a non finire No mesmo ano 250, na Ásia Menor, foi martirizado Acácio, bispo de
Antioquia da Psídia, que teria sido enganado pelo legado do imperador Décio: - Vives sob a
lei romana; amas, então, os nossos príncipes.
- Ninguém ama o imperador mais do que nós - respondeu Acácio - que
dirigimos a Deus constantes orações pela sua longa vida de governo justo dos
povos na paz; oramos também pela salvação dos saldados e pela prosperidade do
império e do mundo, mas o imperador não pode exigir que nós que aos deuses sacrifiquemos.
Máximo, homem do povo, que exercia o pequeno comércio, preso e lavado
diante do procônsul da Ásia, suportou as torturas em nome do Senhor, achando-as
doces como bálsamo em relação às eternas.
- Se fosse infiel aos mandamentos do meu Senhor - dizia - se não
seguisse o Evangelho, perderia a minha vida... não sinto nem as chicotadas, nem
as unhas de ferro, nem o fogo, pois está em mim a graça de Cristo.
Em Nicomédia (ainda na Ásia Menor) entre 250 e 251 foram queimados vivos
Luciano, que, de antigo "perseguidor", tornara-se
"pregador", e
Marciano, que já havia adorado deuses falsos e se tinha convertido ao culto do
Deus verdadeiro.
3.19. Martírio de Conão Na Panfília (Ásia Menor) foi
martirizado o velho Conão, "servo de
Cristo, sem malícia, alma simples". O governador: Diz-me, grande homem, de
onde és? Quem são os teus pais, e qual o teu nome? Conão: Sou de Nazaré da
Galiléia, mas não tenho parentela com o Cristo, que nós reconhecemos como Deus
do universo e a quem servimos de pai para filho.
O tirano: Se reconheces o Cristo, porque não reconhecer os nossos
deuses? Conão: Que descaramento blasfemar assim contra o Deus do universo! O
tirano, então, ordenou que o fizessem correr com os pés presos ao seu carro,
enquanto era chicoteado por dois soldados; ele, porém, não opunha resistência,
mas cantava as palavras do salmo.
- Coloquei toda a minha esperança no senhor, que se curva para mim e
escuta a minha oração. Perdidas as forças, caiu elevando os olhos ao Mestre: -
Senhor Jesus Cristo, recebe a minha alma... Depois, entregou a alma a Deus.
Organizado e publicado por
Domingos Teixeira Costa
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