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24 de set. de 2007

Renan é 'excluído' de reunião entre líderes partidários no Senado

Do Diário OnLine

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi ‘excluído’ da reunião que será realizada nesta terça-feira entre os líderes partidários na Casa, já que no momento o peemedebista não tem canal de diálogo aberto com as legendas de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O encontro, cujo principal objetivo será chegar a um entendimento para destravar a pauta de votações do plenário do Senado, será comandado pelo líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), já avisou que qualquer tipo de acordo para liberar a pauta só será aceito pelos oposicionistas caso a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com votações secretas em qualquer tipo de sessão realizada no Congresso Nacional seja colocada como prioridade na pauta de votações.

A pauta do Senado hoje está trancada por cinco MPs (Medidas Provisórias) devido ao protesto encabeçado pelo PSDB e pelo DEM, que exigem o afastamento imediato de Renan Calheiros do seu cargo. O parlamentar alagoano responde a três acusações por quebra de decoro.

Processos – A semana para o presidente do Senado promete mais uma vez ser conturbada. Na manhã desta quarta-feira, o Conselho de Ética volta a se reunir para tomar uma decisão do futuro dos processos contra o parlamentar. Existe a possibilidade de as três representações contra Renan serem unificadas.

Na primeira delas, o peemedebista é acusado de ter revertido uma dívida de cerca de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e com a Receita Federal, para que em troca a cervejaria comprasse uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

Das três representações, esta é a considerada mais ‘fraca’. O relator do caso no Conselho, senador João Pedro (PT-AM), já antecipou que seu relatório pedirá o arquivamento do processo por falta de provas.

Na segunda, o parlamentar do PMDB é suspeito de ter utilizado ‘laranjas’ para adquirir meios de comunicação no Estado de Alagoas. Na terceira, ele é acusado de ter participado de um esquema de arrecadação de recursos em ministérios comandados pelo seu partido.

Absolvição – No último dia 12, Renan Calheiros foi absolvido no plenário do Senado do primeiro processo que corria contra ele no Congresso Nacional, sob a suspeita de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.

Pela mesma acusação, ele havia sido considerado culpado pelo Conselho de Ética e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Mas, com a absolvição no plenário, a decisão destes órgãos se tornaram nulas.

23 de set. de 2007

Ex-mulher prefere Salvatore Cacciola na Itália

da Folha Online

Casada durante dez anos com o ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, Adriana Oliveira torce para que o ex-marido, preso em Mônaco há oito dias, consiga voltar para a Itália, informa neste domingo reportagem da Folha (íntegra disponível só para assinantes do jornal ou do UOL).

Em entrevista à Folha, ela afirmou que estava em Porto Alegre visitando os pais quando soube da prisão do ex-banqueiro pela Interpol em Mônaco. Disse ter ficado em choque.

Sobre a possibilidade de extradição de Cacciola ao Brasil, Adriana afirmou à reportagem que ele nunca mais pensou em voltar para o Brasil. "Espero que ele não venha para cá, que volte para a Itália. Lá, ele só se dedicou a reconstruir a vida e a ser feliz."

Cacciola era dono do banco Marka e foi condenado, pela Justiça do Rio de Janeiro, a 13 anos de prisão, em 2005, pela prática dos crimes de peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro) e gestão fraudulenta do banco.

O governo brasileiro teve um prejuízo de R$ 1,6 bilhão no episódio, quando injetou dinheiro no Marka e no banco FonteCindam sob a justificativa de evitar uma crise de todo o sistema bancário. Cacciola estava foragido desde 2000.

O Ministério da Justiça providencia o pedido de extradição do ex-banqueiro, que será analisado pelas autoridades de Mônaco.

Chanceler alemã recebe Dalai Lama e apóia autonomia para o Tibet

A chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu Dalai Lama neste domingo, em um encontro histórico apesar das pressões da China, durante a qual a chefe do governo alemão ofereceu seu apoio ao projeto de autonomia cultural para o Tibet.

"A chanceler reverenciou Dalai Lama como líder religioso e garantiu a ele seu apoio para tentar preservar a identidade cultural do Tibet e sua busca pacífica pela autonomia cultural e religiosa", informou o porta-voz de Merkel, Ulrich Wilhem.

A reunião durou quase uma hora e foi a primeira vez que o líder espiritual foi recebido por um chefe de governo alemão.

Dalai Lama, de 72 anos e prêmio Nobel da Paz em 1988, explicou a Merkel seu papel como autoridade espiritual do Tibet, ocupado por forças chinesas desde 1950.

Segundo o porta-voz, Dalai Lama insistiu que não pedia a independência, mas sim uma autonomia.

O encontro suscitou tensões com o governo chinês, que considera o religioso como um separatista.

ef/pg

Angela Merkel recebe o Dalai Lama apesar das críticas da China

A chanceler alemã Angela Merkel recebeu hoje em Berlim o Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, apesar das críticas das autoridades chinesas sobre este encontro.

Merkel recebeu o líder tibetano durante cerca de uma hora, numa “conversa privada e informal”, informou em comunicado o porta-voz do Governo alemão, Ulrich Wilhelm.

A chanceler “prestou homenagem ao Dalai Lama enquanto líder espiritual do budismo tibetano e garantiu o seu apoio à preservação da identidade cultural do Tibete”, acrescentou.

Merkel, a primeira chefe de Governo alemã a aceitar um encontro deste tipo com o Dalai Lama, deu também o seu apoio “à política não violenta, visando a autonomia religiosa e cultural” da província chinesa.

Durante o encontro, o próprio líder tibetano “salientou o carácter pacífico e não violento da sua missão, que exclui explicitamente a luta para que o Tibete obtenha a sua independência da República Popular da China”, insistiu o porta-voz.

O anúncio deste encontro suscitou duras críticas das autoridades chinesas, contrárias a qualquer contacto entre o Dalai Lama – que consideram um separatista – e os Estados estrangeiros.

A 14 de Setembro a China convocou o embaixador da Alemanha em Pequim para lhe dar conta da sua desaprovação.

Além disso, a China anulou, oficialmente por “razões técnicas”, um encontro que estava marcado para hoje em Munique entre a delegação chinesa e a ministra alemã da Justiça, Brigitte Zypries, informou ontem o Ministério em Berlim.

Numa entrevista ao jornal diário alemão “Süddeutsche Zeitung”, edição de ontem, o Dalai Lama criticou Pequim por se imiscuir nos assuntos internos da Alemanha, considerando esta uma atitude de “arrogância”. “O que aprecio em Merkel é o seu compromisso firme em favor dos direitos do Homem e da liberdade religiosa, bem como do Ambiente. Talvez seja por isso que me quer ver, apesar de todas as pressões de Pequim”, acrescentou.

AFP

22 de set. de 2007

Governo americano investiga empresa por alegadamente desviar armas para o Iraque

Thaier al-Sudani/Reuters (arquivo)

Desde Janeiro que Washington suspeita da possibilidade de armas americanas estarem a ser desviadas para o Iraque

O Governo norte-americano abriu um inquérito para determinar se a empresa de segurança Blackwater, implicada na morte de dez pessoas no Iraque, fornece armas, ilegalmente, a este país, noticia hoje a imprensa.

A investigação quer saber se a empresa, que garante a segurança dos funcionários da embaixada americana no Iraque, introduziu armas e equipamentos militares no Iraque, sem autorização, segundo o jornal “News and Observer”, publicado na Carolina do Norte.

Estas armas poderão ter sido vendidas no mercado negro iraquiano e poderão estar nas mãos de organizações consideradas terroristas pelos Estados Unidos, avança o “Washington Post”, citando responsáveis em anonimato.

A investigação, dirigida pelo procurador de Raleigh, na Carolina do Norte – onde se localiza a sede da Blackwater – dispõe de elementos suficientes para proceder a detenções, acrescentam as mesmas fontes.

O jornal “News and Observer” diz ainda que dois antigos funcionários da Blackwater deram-se como culpados e cooperaram com as autoridades federais no seu inquérito.

A empresa considera estas suspeitas “sem fundamento”. Em comunicado divulgado hoje, a Blackwater apelou à agência federal responsável pelas armas de fogo e explosivos para “realizar um inquérito aprofundado”.

Desde Janeiro que Washington suspeita da possibilidade de armas americanas estarem a ser desviadas e que tenham caído nas mãos de insurgentes iraquianos ou de separatistas curdos turcos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Investigadores iraquianos dizem ter um vídeo que mostra um grupo de seguranças da Blackwater a abrirem fogo contra civis, sem ter havido provocação, num incidente ocorrido na semana passada. Morreram dez pessoas.

Teerão responderá de forma contundente em caso de ataque

O ministro de Defesa iraniano, general Mustafa Nayar, garantiu hoje que o seu país responderá de forma contundente a qualquer agressão de outros Estados, no final de um desfile militar para inaugurar a «Semana de Defesa» no Irão.

Segundo a agência oficial IRNA, Nayar indicou que, perante qualquer perigo, o seu país responderá «da maneira mais contundente possível».

O ministro iraniano qualificou, além disso, «de guerra psicológica e de propaganda mediática» as recentes ameaças da França sobre um possível ataque militar ao Irão.

«Não levamos a sério essas ameaças, temos uma perspectiva diferente», afirmou.

Por ocasião da inauguração da Semana de Defesa, o exército iraniano realizou hoje um desfile militar em frente do mausoléu do ayatollah Komeini durante o qual o presidente Mahmud Ahmadinejad fez a apresentação de um novo míssil, o Al Qadr, com 1.800 quilómetros de alcance e capaz de atingir Israel, informou a televisão Al-Jazira na sua página Internet.

Até agora, o míssil mais sofisticado desenvolvido pelo Irão era o Shihab-3, com um alcance de 1.300 quilómetros.

Sobre o poderio militar exibido no desfile, Nayar assegurou que todos os seus meios são «para defender a paz na região, a estabilidade e a segurança».

Nayar sublinhou que, apesar do embargo contra o Irão, «as forças armadas iranianas são capazes de conceber, fabricar e prover-se do seu próprio equipamento» militar.

Por seu turno, o comandante supremo dos Guardas da Revolução Islâmica, Mohamed Ali Jafari, afirmou hoje que o Irão considerará como inimigo qualquer país que ceda o seu território para um ataque contra objectivos iranianos, de acordo com a agência Fars.

«Qualquer Estado que ofereça o seu território para um ataque será considerado aliado dos inimigos do Irão, que responderá com os seus mísseis», disse Jafari.

Um alto responsável militar explicou que o seu país tem capacidade «de produzir todas as necessidades em armamento e, inclusivamente, é capaz de exportar a sua tecnologia de armamentos modernos para outros países».

A Semana de Defesa é realizada anualmente para comemorar a guerra Irão-Iraque (1980-1988).

Diário Digital / Lusa