O ministro de Defesa iraniano, general Mustafa Nayar, garantiu hoje que o seu país responderá de forma contundente a qualquer agressão de outros Estados, no final de um desfile militar para inaugurar a «Semana de Defesa» no Irão.
Segundo a agência oficial IRNA, Nayar indicou que, perante qualquer perigo, o seu país responderá «da maneira mais contundente possível».
O ministro iraniano qualificou, além disso, «de guerra psicológica e de propaganda mediática» as recentes ameaças da França sobre um possível ataque militar ao Irão.
«Não levamos a sério essas ameaças, temos uma perspectiva diferente», afirmou.
Por ocasião da inauguração da Semana de Defesa, o exército iraniano realizou hoje um desfile militar em frente do mausoléu do ayatollah Komeini durante o qual o presidente Mahmud Ahmadinejad fez a apresentação de um novo míssil, o Al Qadr, com 1.800 quilómetros de alcance e capaz de atingir Israel, informou a televisão Al-Jazira na sua página Internet.
Até agora, o míssil mais sofisticado desenvolvido pelo Irão era o Shihab-3, com um alcance de 1.300 quilómetros.
Sobre o poderio militar exibido no desfile, Nayar assegurou que todos os seus meios são «para defender a paz na região, a estabilidade e a segurança».
Nayar sublinhou que, apesar do embargo contra o Irão, «as forças armadas iranianas são capazes de conceber, fabricar e prover-se do seu próprio equipamento» militar.
Por seu turno, o comandante supremo dos Guardas da Revolução Islâmica, Mohamed Ali Jafari, afirmou hoje que o Irão considerará como inimigo qualquer país que ceda o seu território para um ataque contra objectivos iranianos, de acordo com a agência Fars.
«Qualquer Estado que ofereça o seu território para um ataque será considerado aliado dos inimigos do Irão, que responderá com os seus mísseis», disse Jafari.
Um alto responsável militar explicou que o seu país tem capacidade «de produzir todas as necessidades em armamento e, inclusivamente, é capaz de exportar a sua tecnologia de armamentos modernos para outros países».
A Semana de Defesa é realizada anualmente para comemorar a guerra Irão-Iraque (1980-1988).
Diário Digital / Lusa
Nenhum comentário:
Postar um comentário