Da Folha Online
Uma bomba caseira explodiu perto de uma mesquita na capital das Maldivas, Male, neste sábado e feriu 12 turistas estrangeiros, informou o Ministério do Turismo maldivo. A explosão ocorreu na entrada do Sultan Park, uma atração turística popular na cidade.
Até o momento nenhum grupo ou indivíduo reclamou a autoria do atentado. Dentre os feridos estão dois britânicos, dois japoneses e oito chineses.
"Os japoneses e os chineses foram socorridos e liberados do hospital. Os dois britânicos ainda continuam recebendo tratamento médico na instituição", afirmou o ministro do Turismo, Mahmood Shaugee.
O ministro afirmou que os turistas ainda estão muito assustados e não foram interrogados sobre o incidente, que ocorreu por volta das 15h (7h em Brasília).
Os internados sofreram queimaduras, mas estão fora de perigo, segundo o ministro. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido confirmou as informações.
O governo maldivo informou que é muito prematuro apontar um culpado e que uma investigação está a caminho. "As autoridades maldivas perseguirão os responsáveis e lhes imputarão penalidades previstas na lei", segundo um comunicado emitido pelas Maldivas. A mídia local veicula que a explosão foi provocada por um aparato ativado por um celular.
Luxo
Mais de 50 mil turistas visitam as Maldivas todo ano e a indústria é o carro-chefe da economia do arquipélago do Oceano Índico.
O país de maioria muçulmana sunita é conhecido pela tranqüilidade e capital não enfrenta atentados ou explosões desde uma tentativa de golpe em 1988.
No entanto, recentemente o país enfrenta certa instabilidade política. O presidente das Malvidas, Maumoon Abdul Gayoom, ganhou um referendo em agosto para adotar o presidencialismo. A oposição alega que a votação foi fraudulenta.
Críticos afirmam que Gayoom, no poder de 1978, interfere em reformas para a democracia e o acusam de reprimir a opinião dos dissidentes.
Eleições pluripartidárias estão programadas para 2008 no país. E os ajudantes da Gayoom afirmam que ele irá concorrer outra vez. Após décadas de sistema de partido único, em 2005 as forças de oposição foram legalizadas.
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