Do Diário OnLine
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi ‘excluído’ da reunião que será realizada nesta terça-feira entre os líderes partidários na Casa, já que no momento o peemedebista não tem canal de diálogo aberto com as legendas de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O encontro, cujo principal objetivo será chegar a um entendimento para destravar a pauta de votações do plenário do Senado, será comandado pelo líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), já avisou que qualquer tipo de acordo para liberar a pauta só será aceito pelos oposicionistas caso a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com votações secretas em qualquer tipo de sessão realizada no Congresso Nacional seja colocada como prioridade na pauta de votações.
A pauta do Senado hoje está trancada por cinco MPs (Medidas Provisórias) devido ao protesto encabeçado pelo PSDB e pelo DEM, que exigem o afastamento imediato de Renan Calheiros do seu cargo. O parlamentar alagoano responde a três acusações por quebra de decoro.
Processos – A semana para o presidente do Senado promete mais uma vez ser conturbada. Na manhã desta quarta-feira, o Conselho de Ética volta a se reunir para tomar uma decisão do futuro dos processos contra o parlamentar. Existe a possibilidade de as três representações contra Renan serem unificadas.
Na primeira delas, o peemedebista é acusado de ter revertido uma dívida de cerca de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e com a Receita Federal, para que em troca a cervejaria comprasse uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.
Das três representações, esta é a considerada mais ‘fraca’. O relator do caso no Conselho, senador João Pedro (PT-AM), já antecipou que seu relatório pedirá o arquivamento do processo por falta de provas.
Na segunda, o parlamentar do PMDB é suspeito de ter utilizado ‘laranjas’ para adquirir meios de comunicação no Estado de Alagoas. Na terceira, ele é acusado de ter participado de um esquema de arrecadação de recursos em ministérios comandados pelo seu partido.
Absolvição – No último dia 12, Renan Calheiros foi absolvido no plenário do Senado do primeiro processo que corria contra ele no Congresso Nacional, sob a suspeita de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.
Pela mesma acusação, ele havia sido considerado culpado pelo Conselho de Ética e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Mas, com a absolvição no plenário, a decisão destes órgãos se tornaram nulas.
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