Thaier al-Sudani/Reuters (arquivo)
Desde Janeiro que Washington suspeita da possibilidade de armas americanas estarem a ser desviadas para o Iraque
O Governo norte-americano abriu um inquérito para determinar se a empresa de segurança Blackwater, implicada na morte de dez pessoas no Iraque, fornece armas, ilegalmente, a este país, noticia hoje a imprensa.
A investigação quer saber se a empresa, que garante a segurança dos funcionários da embaixada americana no Iraque, introduziu armas e equipamentos militares no Iraque, sem autorização, segundo o jornal “News and Observer”, publicado na Carolina do Norte.
Estas armas poderão ter sido vendidas no mercado negro iraquiano e poderão estar nas mãos de organizações consideradas terroristas pelos Estados Unidos, avança o “Washington Post”, citando responsáveis em anonimato.
A investigação, dirigida pelo procurador de Raleigh, na Carolina do Norte – onde se localiza a sede da Blackwater – dispõe de elementos suficientes para proceder a detenções, acrescentam as mesmas fontes.
O jornal “News and Observer” diz ainda que dois antigos funcionários da Blackwater deram-se como culpados e cooperaram com as autoridades federais no seu inquérito.
A empresa considera estas suspeitas “sem fundamento”. Em comunicado divulgado hoje, a Blackwater apelou à agência federal responsável pelas armas de fogo e explosivos para “realizar um inquérito aprofundado”.
Desde Janeiro que Washington suspeita da possibilidade de armas americanas estarem a ser desviadas e que tenham caído nas mãos de insurgentes iraquianos ou de separatistas curdos turcos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Investigadores iraquianos dizem ter um vídeo que mostra um grupo de seguranças da Blackwater a abrirem fogo contra civis, sem ter havido provocação, num incidente ocorrido na semana passada. Morreram dez pessoas.
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