Taleban diz que recebeu 20 milhões de dólares para libertar reféns; governo sul-coreano nega pagamento
Efe
SEUL - Os 19 sul-coreanos que foram libertados pelos talebans entre quarta e quinta-feira chegaram neste domingo, 2. Eles ficaram seis semanas sob poder do Taleban.
O grupo chegou ao aeroporto internacional de Incheon, em Seul, em um vôo das companhias aéreas da Coréia do Sul e participou de uma rápida entrevista coletiva.
"Sinto muito por ter preocupado o povo sul-coreano e o governo. Temos uma grande dívida com a pátria e o povo sul-coreano", disse Yoo Kyong-shik, de 55 anos.
Em um pronunciamento, Yoo agradeceu ao governo pelos esforços para a libertação dos reféns.
Logo após a entrevista coletiva, o grupo foi enviado a um hospital particular nos arredores de Seul, onde se encontrarão com familiares.
Os 19 sul-coreanos faziam parte de um grupo de 23 missionários cristãos seqüestrados no dia 19 de julho quando viajavam em um ônibus pela estrada entre Cabul e Kandahar.
Dois reféns homens foram executados depois de alguns dias, quando o governo afegão se negou a cumprir a exigência do grupo insurgente de libertar presos talebans.
No dia 11 de agosto, duas mulheres doentes foram libertadas após as primeiras negociações diretas entre representantes de Seul e os talebans.
Seul assegurou que as condições da libertação dos 19 seqüestrados foram a retirada este ano de seus 200 militares desdobrados no Afeganistão e a suspensão das atividades missionárias no país.
Segundo a Reuters, a Coréia do Sul pagou ao Taleban mais de 20 milhões de dólares para liberar 19 missionários que eram mantidos reféns. A informação é de um importante líder insurgente, que disse ainda que o dinheiro será usado para comprar armas e organizar ataques suicidas.
O governo de Seul negou o pagamento do resgate, mas críticos disseram que o estabelecimento de negociações com o Taleban marcam um perigoso precedente que pode provocar mais seqüestros.
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