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11 de out. de 2007

Consultor de 'Tropa de Elite' já levou tiro do autor do livro

Ex-traficante, cantor de hip hop presta consultoria para orientar personagens. Ele já chegou a trocar tiros com policial do Bope que também faz parte do filme.

Aluizio Freire Do G1, no Rio Em um dos intervalos no set de filmagem de “Tropa de elite”, quando o grupo se reunia para um bate-papo mais descontraído, uma conversa na vida real entre um policial do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e um ex-traficante chamou a atenção do diretor José Padilha.

G1 Alexandre orientou atores que interpretaram traficantes no filme (Foto: Aluizio Freire)

“Andei dando uns tiros em você, hein”, diz o policial, enquanto o outro responde sem esconder um discreto sorriso: “É. Mas não acertou, irmão, eu tô aqui, né?”. O diálogo, em tom amistoso, se passa entre o ex-capitão Rodrigo Pimentel, co-autor de "Elite da tropa", livro que deu origem ao filme, e Alexandre Santos Rodrigues, 33 anos, mais conhecido como MC Jovem Cerebral, que conversou com o G1.

Adversários no passado, Pimentel e Alexandre ficaram de lados opostos mais uma vez, mas na obra de ficção. Enquanto Pimentel era encarregado de orientar os atores sobre o comportamento dos policiais, Cerebral prestava consultoria aos “traficantes” do filme. Ou seja, explicava como os criminosos falam entre eles, as gírias que costumam usar, como se vestem, além dos gestos e expressões faciais característicos usadas durante uma troca de tiros com a polícia, numa discussão e nas “duras” nos vacilões.

“Não conhecia o lado de lá. E o MC Jovem teve uma participação fundamental para o formato do filme. A gente não queria um traficante caricato. Ele soube dar a dose na medida para o desempenho dos atores. Por muitas vezes ele foi chamado pelo Padilha para participar das reuniões com a gente”, lembra Pimentel, que deu forma ao Capitão Nascimento vivido por Wagner Moura.

Divulgação/Divulgação Alexandre e seus parceiros na banda Stereo Maracanã (Foto: Divulgação/Divulgação)

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Longe do crime e já degustando alguma popularidade, o rapper, capaz de produzir centenas de idéias por minuto e verbalizá-las com a mesma energia, não ganhou o apelido de Cerebral por caso. Atual vocalista da banda Stereo Maracanã, formada há quatro anos, com a participação de Mauricio Pacheco (ex-F.u.r.t.o.), Gabriel Bubu (músico de apoio do Los Hermanos) e Ruvicio Gomes (ex-Cabeça de Negro e MV Bill), Cerebral chegou na terça-feira (9) da Europa com o grupo.

Depois de tocarem nas favelas cariocas com a ajuda de um caminhão de som batizado pela banda de Radiola Móvel, o grupo apresentou o som - que mistura capoeira com influência black, experimentações musicais feitas em estúdio, bases eletrônicas com levadas de hip hop e muita percussão - nas casas de shows de Berlim, na Alemanha; Amsterdã, na Holanda; Paris, na França; Bruxelas, na Bélgica; e cidades da Inglaterra.

“Fomos muito aplaudidos e já fechamos várias shows para o próximo verão”, comemora Cerebral, que se apresenta com a banda neste sábado(13) na 8ª edição do festival “riocenacontemporanea”.

Embora as luzes comecem a brilhar no caminho de Alexandre, ele não esquece sua origem, na favela, e sua entrada para o tráfico. Sem medo, conta tudo com a maior naturalidade. “Não tenho nada a esconder. Paguei pelos crimes que cometi e hoje me sinto um cidadão. Livre e lutando pelos meus projetos e as causas sociais que defendo”, discursa.

Pai de um menino de 15 anos e uma menina de 13, Alexandre perdeu a mãe, de 26 anos, quando tinha apenas oito meses de idade. Com ele no colo e o outro filho, de pouco mais de um ano, Joelina Cardoso dos Santos foi atingida na cabeça durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes, na Favela da Mineira, no Catumbi, no Centro do Rio. Morreu no local, abraçada aos dois filhos.

Depois de passar por diversos abrigos para menores, Alexandre foi cooptado pelo tráfico aos 15 anos. Aos 19, foi preso durante um assalto, na Penha, subúrbio do Rio, com um amigo. Cumpriu pena durante três anos e dois meses. No presídio, voltou a estudar por conta própria e a cantar hip hop para encanto dos detentos. “Todo mundo gostava, aplaudia. Quando saí, recebi o seguinte conselho: ‘Não volta para essa vida do crime, não. Seu bagulho é a música. Você é da paz, não é da guerra.’”, lembra. “Posso dizer que agora sou da elite”, diverte-se com o trocadilho.

Denúncia de genocídio irrita Turquia

Estados Unidos

A Turquia reagiu ontem de forma enérgica contra a decisão da comissão das Relações Externas da Câmara dos representantes dos EUA que votou favoravelmente um texto que reconhece o genocídio arménio no início do século passado.

O presidente turco, Abdullah Gul, considerou que a votação é inaceitável e o governo de Ancara chamou de imediato o seu embaixador em Washington para consultas.

A lei do genocídio foi apoiada por 27 votos a favor e 21 contra e representa o primeiro passo para uma votação no plenário da Câmara dos Representantes. A votação, note-se, é uma derrota para a Casa Branca, que se opõe à qualificação do referido genocídio.

10 de out. de 2007

Putin encoraja o Irã a ser transparente com programa nuclear

Durante encontro com Nicolas Sarkozy, presidente russo nega ter provas do desenvolvimento de armas de Teerã
BBC
AP
Chefes de governo discutiram diferenças entre os dos paísesMOSCOU - Durante encontro com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, o chefe de governo russo, Vladimir Putin, afirmou que Moscou não tem informações se o Irã está realmente construindo uma arma nuclear e encorajou Teerã a tornar o seu programa nuclear o mais transparente possível.
Os presidentes dos dois países se encontraram nesta quarta-feira, 10, e afirmaram que estão conseguindo progressos com a questão iraniana. "Nós não temos provas de que o Irã está produzindo armamento bélico. Não temos dados tão objetivos", disse Putin durante entrevista coletiva com Sarkozy.
"Assim sendo, partimos de uma posição de que o Irã não tem tais planos, mas compartilhamos da preocupação de nossos parceiros de que todos os programas (nucleares) devem ser o mais transparente possível."
O líder francês reafirmou que Paris e Moscou fizeram progressos alinhando suas diferenças em relação ao impasse iraniano. Segundo ele, as posições dos dois governos seguem "para o mesmo caminho".
A primeira visita de Sarkozy à Rússia como presidente é uma de suas mais delicadas viagens ao exterior, devido, entre outros assuntos, às diferenças entre os dois países sobre o programa nuclear iraniano. Sarkozy é a favor da imposição de sanções ao Irã, embora a Rússia se oponha à medida restritiva.
Antes, o presidente francês declarou que os dois líderes reduziram as distâncias sobre a situação atual de Kosovo, que deseja a independência da Sérvia.
"Nós vemos um caminho que pode eventualmente permitir uma aproximação maior sobre a questão", disse o chefe de governo francês. A Rússia é ferozmente oposta a uma proposta de separação da província de Kosovo, enquanto a França dá pleno apoio para os kosovares.

Tecnologia de laptop e iPod leva Nobel de Física

Descoberta do francês Albert Fert e do alemão Peter Grünberg na década de 1980 permitiu a redução do tamanho de equipamentos eletrônicos

Cristina Amorim

Dois europeus, o francês Albert Fert, de 69 anos, e o alemão Peter Grünberg, de 68, receberam ontem o Prêmio Nobel de Física de 2007 por descobrirem como armazenar quantidades imensas de dados em espaços cada vez menores. Graças a eles, o mundo tem laptos, iPods, celulares modernos e uma série de outros aparelhos eletrônicos portáteis. Os dois descobriram, em trabalhos paralelos, cada um em seu país, um efeito chamado de magnetoressistência gigante (MRG), quando pequenas variações magnéticas produzem grande resistência elétrica.

Mais informações sobre o Nobel

Esse é o caminho pelo qual a informação armazenada magneticamente no disco rígido pode ser convertida em sinais elétricos que o computador lê. Isso permitiu colocar muito mais informação nos discos rígidos - que antes dependiam de grandes variações magnéticas. Fert contribuiu principalmente com a medição magnética e, nesse trabalho, teve a colaboração fundamental de um brasileiro, o físico Mario Norberto Baibich, que na década de 1980 trabalhava no laboratório francês (leia texto abaixo). Já Grünberg criou um sistema mais simples do que o francês e, apesar de não obter resultados tão nítidos, aproximou-se mais da aplicação.

Os dois pesquisadores sabiam que seu trabalho teria grande impacto no desenvolvimento tecnológico. No artigo científico que apresentou os primeiros resultados consolidados, Fert já previa que ele seria aplicado pela indústria. Já Grünberg registrou uma patente ao mesmo tempo em que escrevia o artigo científico.

“Vocês gostam de física?”, perguntou Fert ontem a um grupo de jovens perto do centro de pesquisa onde trabalha, em Paris. “Se você consegue escutar música no seu aparelho de MP3, é um pouco por causa do que eu fiz.” Em seguida, disse ao Estado que “a magnetorresistência gigante representou uma extensão do computador ou de sua tecnologia à informática de grande alcance de público”.

Os premiados dividirão um prêmio de cerca de R$ 2,7 milhões. Ontem, ao saber da notícia, Grüeberg disse que o prêmio era “ligeiramente” esperado por ele. “Mas não completamente, ou eu teria colocado uma gravata.”

NANOTECNOLOGIA“Esse é o primeiro reconhecimento internacional dos progressos da nanotecnologia.

Muito coisa virá nos próximos anos”, diz o jornalista especializado em tecnologia Ethevaldo Siqueira, colunista do Estado. “É uma espécie de ‘retorno social’, no sentido de que há um benefício tecnológico graças ao trabalho de um grupo pequeno de pessoas”, disse outro brasileiro que estudou com Fert, o físico Luiz Schelp, da Universidade Federal de Santa Maria. “Isso melhora a imagem dos físicos.”

Os dois cientistas europeus já eram cotados para receber o prêmio junto com o americano Stuart Parkin, pesquisador da IBM, e um dos primeiros a identificar o potencial da descoberta. Parkin transformou a pesquisa de laboratório em produto após uma série de testes com materiais e processos de produção.

COLABOROU ANDREI NETTO, DE PARIS; COM AP

Aliados definiram aprovação da CPMF na Câmara

Agencia Estado

Os partidos da base aliada foram fiéis ao governo na votação da Câmara que aprovou em segundo turno a proposta de emenda constitucional que prorroga a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. O texto básico da emenda foi aprovado ontem à noite por 333 votos a favor e 113 contra, com duas abstenções. O PMDB, com cinco ministérios e a promessa de que ganhará a Diretoria Internacional da Petrobras, deu 76 votos favoráveis à prorrogação da contribuição. Da bancada de 93 deputados peemedebistas, nove faltaram à votação, e oito votaram contra - Antonio Bulhões (SP), Flaviano Melo (AC), Francisco Rossi (SP), Lelo Coimbra (ES), Marcelo Itagiba (RJ), Raul Henry (PE), Rita Camata (ES) e Rocha Loures (PR).

O PR, que também reivindica cargos nas estatais, foi outro aliado fiel ao Palácio do Planalto: deu 38 votos a favor da CPMF. Quatro deputados da bancada se ausentaram da votação. O PP deu 30 votos para aprovar a contribuição, enquanto o PT contribuiu com 75 votos. Quatro petistas faltaram à votação: Carlos Wilson (PE), Dr. Rosinha (PR), Henrique Afonso (AC) e Maria do Rosário (RS). As bancadas do PTB, do PC do B e do PSB também votaram em peso a favor da CPMF. Juntas, deram 54 votos pela prorrogação.

Na oposição, houve poucas dissidências. No DEM (ex-PFL), nenhum deputado que votou no primeiro turno a favor da CPMF apareceu na sessão de ontem. O DEM prometeu expulsar os deputados favoráveis à contribuição. Da bancada de 59 deputados do partido, 18 se ausentaram, quatro estavam em obstrução, 35 votaram contra a CPMF e dois se abstiveram. No PSDB, o único dissidente foi novamente o deputado Manoel Salviano (CE), que votou a favor da CPMF. Salviano havia se desligado do partido na semana passada, mas pediu o reingresso no PSDB depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira passada, de determinar a perda de mandato para os parlamentares que mudassem de partido.

Motoristas enfrentam 7 km de lentidão na avenida dos Bandeirantes

da Folha Online

Os motoristas que seguiam pela avenida dos Bandeirantes no sentido marginal enfrentavam mais de 7 km de lentidão, às 10h desta quarta-feira.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), naquele horário havia problemas também no corredor norte-sul, no sentido aeroporto, devido a um acidente envolvendo dois carros que ocorreu na altura do viaduto Paraíso; e na ponte da Casa Verde, sentido centro, devido a uma queda de moto ocorrida na alça de acesso à marginal.

Conforme as medições da empresa, ainda às 10h, havia lentidão também na pista expressa da marginal Pinheiros, sentido Interlagos.