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17 de nov. de 2007

Renan renunciará em troca de apoio do PT

FELIPE SELIGMANda Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), espera receber uma garantia do governo Lula de que os senadores petistas votarão em seu favor, na próxima quinta-feira, quando o plenário da Casa analisará o pedido de cassação do senador por quebra de decoro no caso de sociedade em rádios de Alagoas.

Tal apoio, de acordo com senadores próximos a Renan, deve ser costurado em duas etapas: a primeira, e mais imediata, é renunciar até quarta-feira ao cargo de presidente da Casa.

Conforme a Folha publicou ontem, o senador foi aconselhado por aliados a sair antes da votação que pode deixá-lo inelegível até 2019, quando terá 63 anos. O argumento é que, se deixar para renunciar no dia seguinte, acirraria os ânimos da oposição, receosa de que, livre da cassação, Renan possa voltar à presidência. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-PI), um dos poucos que compareceram ontem ao Senado, avalia que tal antecipação seria um "gesto simpático". CPMF

O segundo momento, e mais significativo para o governo, seria a promessa de que sua "tropa de choque" votaria a favor da CPMF. Isso porque, se cassado, Renan não teria muito esforço para conseguir levar ao menos seis senadores para o lado contrário à prorrogação, o que poderia por um fim definitivo a tal arrecadação.

Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que afirma ser contra a CPMF, essas negociações mostram que o Senado não tem "mais nenhum compromisso com a sociedade e com a dignidade do país".

"Hoje em dia, só aprovam assim: Renan e o grupo dele apóiam a CPMF e, em troca, o governo garante a sua absolvição", disse Simon: "Lamentavelmente, alguns podem ter preço. Eu não tenho".

Além do caso Renan, o Planalto também deverá se deparar, na semana que vem, com outro problema: o mal-estar gerado com a substituição de Mozarildo Cavalcanti na CCJ do Senado poderá tirar o PTB da base do governo. Cavalcanti, que ontem se referiu à CPMF como 'imposto mentiroso", foi substituído com um suposto aval de sua bancada. "A senadora Ideli [Salvatti (PT-SC), líder do partido no Senado] me disse que havia conversado com todos os líderes, inclusive com o do meu partido. Mas depois me informaram que isso nunca aconteceu", disse.

A bancada do PTB deve se reunir na próxima terça-feira para discutir sua permanência na base. O encontro antecede reunião da cúpula do partido --encabeçada pelo ex-deputado Roberto Jefferson (RJ)-- marcada para o dia 28 deste mês, para debater a mesma questão.

do Saite: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u346314.shtml

15 de nov. de 2007

Abalos secundários no Chile surpreendem visita de Bachelet

Novos abalos tiveram intensidade de 6,2 graus na escala Richter.Terremotos da véspera deixaram pelo menos dois mortos.

Da EFE

Na Íntegra:

Abalos secundários do terremoto que castigou o norte chileno nesta quarta-feira (14) deixando pelo menos dois mortos foram registrados nesta quinta-feira na região no momento de uma visita da presidente chilena, Michelle Bachelet, à área. Reuters A presidente do Chile Michelle Bachelet visita zonas afestadas pelos tremores (Foto: Reuters)

Segundo o relatório do Instituto de Sismologia da Universidade do Chile, os abalos foram sentidos às 12h03 (13h03 de Brasília) e tiveram intensidade de 6,2 graus na escala Richter, com seu epicentro situado a 47 quilômetros a noroeste do porto de Mejillones e a 37,8 quilômetros de profundidade.

Entenda a escala Richter

As autoridades já estão avaliando os eventuais novos danos ocasionados pelos tremores. O novo abalo sísmico voltou a deixar a população local inquieta no momento em que os habitantes da região ainda se recuperam do terremoto da quarta.

Segundo informações via rádio, Bachelet e os ministros que a acompanhavam foram surpreendidos pelo tremor, que durou aproximadamente um minuto, quando visitavam a região da cidade de Antofagasta.

Leia também: Abalos são sentidos em São Paulo

Primeiro tremor

O terremoto desta quarta-feira teve intensidade de 7,7 graus Richter e foi sentido às 13h43 (hora de Brasília). Seu epicentro foi localizado no Deserto do Atacama, a 59 quilômetros de profundidade.

Até agora, o abalo sísmico deixou dois mortos, mais de 100 feridos e cerca de quatro mil desabrigados.

O terremoto atingiu grande parte do Chile, desde a fronteira com o Peru, no norte, até Santiago, e também foi sentido fora do país, chegando até mesmo à cidade de São Paulo.

Fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL182062-5602,00-ABALOS+SECUNDARIOS+NO+CHILE+SURPREENDEM+VISITA+DE+BACHELET.html

Sessão aberta facilita cassação de Renan, dizem senadores

Presidente licenciado teve novo pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética.Sessão no plenário será aberta, mas o voto continuará secreto.

Na Íntegra

Tiago Pariz e Carolina Jardon

Do G1 Brasília

A aprovação do pedido de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética pode também concretizar-se no plenário, marcando um resultado diferente do primeiro processo. A avaliação foi feita por senadores ouvidos pelo G1 e sustenta-se em um aspecto: a sessão aberta.

“É claro e evidente que numa sessão aberta é mais difícil o senador Renan escapar da cassação”, disse o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN). “Espero que o Senado mostre uma só cara. Dessa vez, aprenda a lição que as ruas indicaram e aprove a perda do mandato”, prosseguiu.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) faz coro ao colega e afirma que depois da reação da opinião pública sobre a absolvição de Renan, os senadores sentiram o revés político na imagem do Parlamento.

“Os senadores sentiram bem a reação da opinião pública. A população teve essa reação numa sessão fechada com voto fechado. Agora a sessão é aberta. Os senadores vão se pronunciar sobre o que vão decidir e isso de alguma forma altera o caráter no sentido positivo para dar mais transparência para a decisão a ser tomada”, afirmou o petista.

CPMF e articulações

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), é mais cauteloso em previsões. Mas levanta a possibilidade de Renan utilizar a prorrogação da CPMF como barganha com o governo. “Vai ser apertado. A situação é mais delicada. Da outra vez ele tinha o poder na mão, mas agora ele está mais desgastado, porém tem um trunfo que é a votação da CPMF”, disse.

O presidente licenciado do Senado conseguiria pressionar o governo para trabalhar por sua absolvição ameaçando tirar votos do PMDB favoráveis à prorrogação até 2011 do "imposto do cheque".

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que aposta na cassação, afirmou que o desgaste político de Renan só tende a crescer. “A situação está muito difícil. É o segundo parecer pedindo a cassação. O problema é o conjunto da obra, daqui a pouco teremos a terceira, quarta, quinta (representações)”, disse Buarque.

Apesar da sessão aberta, o voto dos senadores continua secreto. O modelo é o mesmo adotado na Câmara dos Deputados. O relatório do senador Jefferson Péres (PDT-AM) recomendando a cassação do mandato foi aprovado na quarta-feira (14) pelo Conselho de Ética. Renan é acusado de participar, por meio de ‘laranjas’, de sociedade em duas rádios e um jornal em Alagoas com o usineiro João Lyra. Renan nega as acusações. Segundo ele, Lyra teria motivações políticas em suas acusações.

Arthur Virgílio (AM), afirmou que caso Renan perca o mandato por ter participação oculta em meios de comunicação será aberto um precedente positivo na Casa. “Se for para moralizar a Casa, é importante”, disse o líder tucano lembrando que haveria cerca de 30 senadores que seria donos ocultos de meios de comunicação.

Na primeira representação, que o acusava de usar um lobista para pagar contas pessoais, o presidente licenciado do Senado teve o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética, mas acabou absolvido no plenário numa sessão duplamente secreta.

Fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL182038-5601,00-SESSAO+ABERTA+FACILITA+CASSACAO+DE+RENAN+DIZEM+SENADORES.html

14 de nov. de 2007

Lula defende democracia venezuelana

Presidente sublinhou importância da entrada do país de Hugo Chávez no Mercosul.Ele evitou tomar parte da discussão entre o venezuelano e o rei da Espanha.

Tiago Pariz

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (14) a democracia da Venezuela, reiterou a importância do país tornar-se membro pleno do Mercosul e evitou tomar partido na polêmica entre Hugo Chávez e o rei da Espanha, Juan Carlos de Bourbon.

“Podem criticar o Chávez por qualquer outra coisa. Inventem uma coisa para criticar o Chávez. Agora por falta de democracia na Venezuela não é. O que eu sei é que na Venezuela já tiveram três referendos, já tiveram três eleições, já tiveram quatro plebiscitos. O que não falta é discussão. Eu acho democracia é assim: a gente submete aquilo que a gente acredita ao povo e o povo decide. Cabe a nós acatar o resultado”, disse Lula.

O presidente defendeu ainda menos debate sobre a política interna venezuelana. “Precisamos apenas respeitar a autonomia e a soberania de cada país. Se nós dermos menos palpite nas regras do jogo dos outros países e olharmos o que nós estamos fazendo, todos nós sairemos ganhando. Se a gente achar que a gente pode dar palpite em tudo, que só pode acontecer no mundo aquilo que a gente gosta, aquilo que a gente quer, nós seremos eternamente infelizes”, refletiu Lula.

O mal-estar entre Chávez e Juan Carlos ocorreu na última reunião da Cúpula Ibero-Americana, em Santiago do Chile. O presidente venezuelano tecia críticas ao ex-primeiro-ministro da Espanha, José Maria Aznar, ao ser interpelado pelo rei que pediu para ele se calar.

Para Lula, não houve exagero de Chávez nem uma tentativa de humilhação por parte do espanhol. “Não acho que houve exagero. Houve uma fala do Chávez que o rei achou que era demais, que era uma crítica ao ex-primeiro-ministro da Espanha que tinha apoiado o golpe venezuelano num primeiro momento. Essas coisas acontecem. A diferença é que o rei estava na reunião. Quem falou 'cala-te' foi o rei, não foi um de nós. Entre nós, nós divergimos muito”, disse.

Países ricos

Lula citou o exemplo da última reunião do G8, grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, que ocorreu na Alemanha, e teve a chanceler Angela Merkel como anfitriã.

“Como é que você pensa que são as reuniões do G8? Você acha que todo mundo chega lá, tem um protocolo, tem que rir na hora certa? Não. Fui agora em Berlim e disse ao G8 que do jeito que está a reunião, eu não tenho mais interesse de ir, que não estou disposto a ser tratado como cidadão de segunda classe. Ou nós fazemos uma reunião para discutir os problemas do mundo ou não fazemos”, afirmou.

O presidente conversou com os jornalistas após almoço oferecido ao presidente de Guiné Bissau, João Bernardo Vieira. Na visita do colega africano, além de assinar acordos de cooperação, o Brasil comprometeu-se em perdoar a dívida do país estimada em cerca de US$ 34 milhões.

Cuba

Lula disse ainda que cancelou a viagem que faria na próxima semana a Cuba por ter havido um aumento dos pedidos feitos pela ilha de Fidel Castro. Inicialmente, o presidente assinaria acordos para concessão de crédito à Cuba para compra de alimentos e um pacto que envolvia a Petrobras.

“No Chile, tive um encontro com o vice-presidente de Cuba (Carlos Lage) e ele nos apresentou uma lista maior de pedidos que acho que podemos facilmente conceder. Então, pedi para o ministro Celso Amorim adiar a viagem por uns 30 dias”, explicou.

Defesa de Renan rebate acusações feitas por relator em 3º processo

GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou o advogado José Fragoso para apresentar sua defesa ao Conselho de Ética no processo em que é acusado de usar "laranjas" na compra de um grupo de comunicação em Alagoas. Depois do relator Jefferson Péres (PDT-AM) recomendar a cassação de Renan, Fragoso fez um apelo aos integrantes do conselho para que Renan seja absolvido.

"Não há nenhum registro do senador em nenhuma dessas transações. Ele nem precisaria disso para ganhar espaço político em nada. A fonte das acusações, o senhor João Lyra, este sim tem a prática de utilizar laranjas", argumentou Fragoso.

O advogado rebateu, um a um, os sete indícios levantados por Péres que comprovariam a participação de Renan na operação com o suposto uso de "laranjas".

Fragoso explicou que o peemedebista, como acusou Péres, nunca processou judicialmente João Lyra --responsável pelas acusações contra Renan-- porque já moveu ações contra as empresas do usineiro. No relatório, Péres considerou "estranho" o fato de Renan não ter ingressado com ações na Justiça contra Lyra depois de ser acusado de uma série de irregularidades pelo empresário.

O advogado também rebateu o indício de que o uso de Tito Uchôa e Carlos Santa Rita como "laranjas" na operação comprovaria a ligação de Renan com a compra das rádios --já que os dois foram lotados como servidores do peemedebista no Senado.

"Eles são correligionários políticos, mas o Renan tem vida própria, não tem nenhuma ligação com eles. Não se pode dizer que pessoas ligadas ao Renan atribuam a ele quebra de decoro", disse Fragoso.

O advogado afirmou ao Conselho de Ética que Renan apenas apresentou o empresário Nazário Pimentel a Tito Uchôa. Depois do contato feito pelo peemedebista, os dois teriam acertado a compra das empresas de comunicação sem a participação do peemedebista --já que Pimentel seria o responsável por vender as duas rádios e um jornal para Lyra e Renan na suposta sociedade oculta.

"Não há nenhuma quebra de decoro nisso. Qual o problema de uma pessoa facilitar um encontro lícito entre duas pessoas?", questionou o advogado.

Votação

Depois da leitura do texto de Péres, que durou mais de uma hora, o advogado apresentou a defesa de Renan ao conselho. Os senadores ainda vão discutir o texto de Péres antes de colocá-lo em votação.

Os dois principais aliados de Renan no Conselho de Ética --Almeida Lima (PMDB-SE) e Wellington Salgado (PMDB-SE)-- afirmaram que não vão pedir vista ao texto de Peres para atrasar a votação, ao contrário da expectativa dos integrantes do conselho.

"Eu não vou pedir vista. A situação aqui é tremendamente estranha. Estamos diante de representação feita pelo DEM e pelo PSDB, que juntos têm direito a cinco votos dos 15 aqui presentes. Ou seja: esse julgamento já sai com 33% de chance do presidente Renan estar condenado. Não vou apresentar um texto em separado para ser derrotado", diz Salgado.

Enquanto os aliados de Renan criticaram o pedido de cassação, a oposição comemorou o texto de Peres. "Se erramos, temos que pagar pelos nossos erros. E eu estou convencido que mais uma vez o senador Renan faltou com a ética e com o decoro", disse o senador Marconi Perillo (PSDB-GO).

do Site: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=37984252

13 de nov. de 2007

Blog do Josias: PTB discute o fechamento de questão contra a CPMF

da Folha Online

O PTB convocou reunião da Executiva Nacional para definir qual será a posição dos seis senadores do partido na votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011, informa nesta terça-feira o blog do Josias. O encontro foi marcado para o próximo dia 28, em Brasília.

Segundo o blog, o PTB vai colocar em discussão a proposta de fechar questão contra a renovação da contribuição.

A reunião da Executiva foi convocada hoje pelo ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente do PTB. Segundo o blog, Jefferson se irritou com a manobra da base aliada do governo que resultou no afastamento do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) da CCJ (Comissão Constituição e Justiça) do Senado.

A expectativa é que o partido faça um ato de desagravo em favor de Mozarildo, que foi substituído na CCJ pela líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).

Além de Mozarildo, também foram afastados da CCJ os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Gilvam Borges (PMDB-AP).

Os três senadores fazem parte da base, mas foram trocados porque declararam voto contrário à prorrogação da CPMF.

A CCJ está reunida nesta terça-feira para analisar o relatório da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) contrário à prorrogação da CPMF. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou parecer paralelo no qual afirma que a prorrogação da CPMF é fundamental ao país por aspectos fiscais e orçamentários.

do Site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345381.shtml