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27 de nov. de 2007

Governador da Bahia se antecipa e anuncia implosão da Fonte Nova

Salvador (BA) - O primeiro desdobramento da tragédia ocorrida no último domingo na Fonte Nova, com sete pessoas mortas pela queda da arquibancada durante o jogo entre Bahia e Vila Nova, foi conhecido nesta terça-feira. O governador da Bahia, Jacques Wagner, antecipou o prazo dado para sua decisão e anunciou a demolição do cinqüentenário estádio baiano.

A medida foi divulgada pelo governante após uma reunião com seus secretários. A idéia de Wagner é a construção de um novo estádio no local da Fonte Nova, que foi concluída nos anos 50 e não passa por reforma há 37 anos. Até a segunda-feira, Jacques Wagner via a demolição apenas como uma possibilidade e prometia esperar até o final da perícia do acidente para decidir o que faria com a arena.

Segundo a assessoria do governo, a intenção existe desde a confirmação do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, e a única duvida era se a nova arena seria construída no mesmo local da Fonte Nova ou em outra região de Salvador.

Jacques Wagner também garante que o acidente do final de semana acelerou a sua decisão. “Todos sabem da minha inclinação em implodir a Fonte Nova, isso foi dito diversas vezes antes da tragédia do domingo. Já temos um projeto em andamento que prevê, além da construção do estádio, um shopping center e estacionamento”, declarou o governador. “Vamos apagar essa velha Fonte Nova e proporcionar aos torcedores baianos um estádio digno”, promete.

Ainda não há previsão da conclusão do novo estádio, mas o governo baiano assegura que já há um projeto e que isto é um fator positivo para a construção. De início, a expectativa é pela formação de uma arena a partir no modelo de Parceria Público-Privada (PPP), abrindo a licitação para empresas se associarem ao empreendimento.

O governador, no entanto, assegura que a PPP não é a única possibilidade de construção do estádio. “Estamos estudando essa possibilidade. Mas se não for possível, o estado irá arcar com o custo de implantação”, disse Jacques Wagner.

No anúncio, o governo baiano afirmou que a decisão de implodir a Fonte Nova não afetará as investigações sobre o ocorrido na tragédia de domingo. A previsão é que o laudo oficial da perícia técnica saia nos próximos dez dias.

Ainda não há data para a implosão do estádio.

Reino Unido ainda não revelou quem o representará em Lisboa

O Reino Unido continua sem revelar como estará representado na Cimeira UE/África, agora que o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, confirmou a sua presença, inviabilizando a do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

«Ainda não tomámos nenhuma decisão», disse hoje à Agência Lusa uma porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, afirmando que o governo de Londres mantém a posição já tornada pública pelo primeiro-ministro.

Em Setembro, Gordon Brown declarou em Setembro que não estaria presente, nem nenhum dos seus «ministros seniores», na cimeira se Robert Mugabe participasse, invocando o desrespeito dos direitos humanos naquele país.

Hoje, falando à Lusa em Moçambique, Robert Mugabe garantiu que se deslocará a Lisboa para participar na cimeira UE/África, marcada para 08 e 09 de Dezembro.

O Presidente do Zimbabué está actualmente proibido de viajar para a União Europeia, no âmbito de sanções em vigor contra o seu regime, que deverão ser levantadas para a cimeira organizada pela presidência portuguesa da União Europeia.

A diplomacia britânica estava ainda esperançada que «fosse encontrada uma solução diplomática como a que foi usada com a Birmânia numa cimeira da ASEAN [Associação das Nações da Ásia do Sul]», admitiu a mesma fonte.

Para essa reunião em 2004, a Birmânia esteve representada a um nível inferior, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, após a União Europeia rejeitar a presença dos dirigentes militares, que são alvo de sanções internacional.

Todavia, esse cenário foi hoje afastado pelo próprio presidente zimbabueano, que garantiu à Lusa, à chegada a Moçambique, onde irá onde vai assistir à cerimónia de entrega da barragem de Cahora Bassa ao estado moçambicano.

«Sim, vou» foi a resposta de Mugabe, antecedida de um sorriso, quando interrogado pela Lusa sobre a sua participação na cimeira UE/África, prevista para 08 e 09 de Dezembro, em Lisboa.

A presença de Mugabe tinha sido considerada indesejável pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, por temer que cause «ruído» e desvie a atenção dos assuntos mais importantes a discutir.

O argumento é também usado pelo Reino Unido, que está convencido que Mugabe vai «desviar as atenções» da cimeira.

Ainda assim, a diplomacia britânica mantém o desejo de que a cimeira «seja um sucesso» e deixa ao critério dos restantes países europeus a sua posição quanto a Mugabe. «Cabe a cada país decidir o que fará», afirmou a porta-voz do MNE.

Digital / Lusa

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26 de nov. de 2007

Líderes pedem fim de protestos contra Constituição na Bolívia

Confrontos entre manifestantes e policiais deixam três mortos e pelo menos 130 feridos no final de semana

Agências internacionais

Efe

Constituição foi aprovada durante reunião no sábadoLA PAZ - As televisões locais mostraram imagens da cidade sem policiais, mas com sinais da onda de violência, com dezenas de instalações e veículos oficiais queimados e saqueados no início desta segunda-feira, 26. Líderes cívicos de Sucre, capital oficial porém não efetiva da Bolívia, e o bispo da cidade, o espanhol Jesús Pérez, pediram que os manifestantes que interrompessem os incidentes.

Veja também:Protestos na Bolívia matam 3; Morales confirma Constituição

A polícia deixou a cidade após três dias de distúrbios e que provocaram a morte de três pessoas e deixaram mais de 130 feridos. A população protestava contra a aprovação de uma nova Constituição para o país.

O presidente do Comitê Interinstitucional de Sucre, Jaime Barrón, acusou o governo de instigar os protestos e afirmou que o presidente do país, Evo Morales, pretende que o caos impere na cidade com a decisão de retirar todos os policiais da cidade e liberar todos os presos.

O comandante da polícia de Sucre, coronel José Galván, confirmou a retirada dos policiais, que foram enviados para a vizinha cidade de Potosí. Ele disse que três metralhadoras foram roubadas de delegacias e usadas num ataque ao presídio de Sucre, de onde 102 detentos escaparam.

Nos últimos três días, Sucre vem sendo palco de confrontos entre a polícia e manifestantes que se opõem à aprovação em primeira instância pela Assembléia Constituinte, de uma nova Constituição. As mobilizações começaram na sexta-feira, em rechaço à decisão da base do governo de instalar a Assembléia Constituinte em um colégio militar e aprovar a nova Carta Magna sem a presença da oposição.

Os mortos durante os distúrbios são o advogado Gonzalo Durán, morto a tiros no sábado; o carpinteiro Juan Carlos Serrudo, morto por traumatismo no tórax e o policial Jimmy Quispe Carazas, linchado pela população. Pelo menos 130 pessoas foram feridas e algumas estão em estado grave.

Evo afirmou que a ratificação do seu projeto da nova Carta Magna está segura, já que ele foi aprovado por 136 dos 255 constituintes. Segundo a BBC, o líder da oposição e ex-presidente Jorge Quiroga disse que "é uma verdadeira vergonha" o que ocorreu em Sucre e pediu a intervenção de organizações internacionais no país.

Em uma mensagem transmitida em rede nacional pela emissora estatal, Evo declarou que a sua proposta "será referendada e aprovada mediante consulta pública em um referendo pelo povo boliviano".

O texto aprovado no sábado estabelece um Estado plurinacional (com respeito às diferentes etnias e culturas), a possibilidade de reeleição do presidente da República, a autonomia das populações indígenas e um Estado comunitário.

Evo negou ainda todas as denúncias da oposição de que a aprovação seria ilegal e não mencionou o projeto de Constituição ou os mortos nos tumultos. Ele apenas pediu uma investigação "urgente e imparcial" para apurar os responsáveis pelos distúrbios e acusou Quiroga de promover e "prever" a violência em Sucre.

O governante disse que a nova Carta Magna garante a autonomia departamental e indígenas, assegura a nacionalização dos hidrocarbonetos e declara como "direitos humanos" os serviços básicos de água, energia e telecomunicações, para que não se tornem negócios privados.

Evo também garante, segundo Morales, a luta contra a corrupção, para investigar fortunas suspeitas e coloca a possibilidade de revogar os mandatos dos prefeitos, governadores regionais e do próprio presidente.

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Colombiano quer ajuda de Lula para conter Chávez

Um senador da Colômbia quer a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar impedir uma escalada no conflito diplomático com Hugo Chávez, presidente da Venezuela. Desde a semana passada, o ditador faz pesados ataques e provocações a Álvaro Uribe, presidente colombiano, que suspendeu a mediação de Chávez com as Farc por causa do desrespeito do venezuelano à hierarquia de poder -- Chávez foi procurar o chefe das Forças Armadas do país vizinho sem consultar Uribe.

Em declaração feita na noite de domingo, o parlamentar Juan Manuel Galán, filho do candidato presidencial assassinado Luis Carlos Galán, defendeu que Lula convoque os vizinhos para uma reunião urgente, ainda nesta semana, "para que Uribe e Chávez sentem-se para dialogar". O senador colombiano considera que o brasileiro é o único no continente capaz de intermediar a conversa, pois tem boa relação com ambos. Recentemente, fez um afago no venezuelano ao defender a democracia do vizinho.

No fim de semana, Chávez mostrou-se disposto a provocar um conflito a qualquer custo. No sábado, disse que foi "traído" por Uribe e avisou que as relações bilaterais vão ficar prejudicadas. O colombiano respondeu de forma sensata, reiterando sua intenção de manter um "diálogo construtivo" com Chávez e lembrando que é de interesse das Farc "criar fissuras e antagonismos entre Colômbia e Venezuela". Não adiantou: no domingo, Chávez adotou tom ainda mais provocador em relação ao vizinho.

O ditador venezuelano disse que a relação com os colombianos estava "congelada" e que Uribe "cuspiu" em seu rosto. "Que triste que haja um presidente tão mentiroso. A Colômbia merece outro presidente." Ao contrário do que costuma fazer Lula diante das provocações de Chávez ao Brasil, Uribe respondeu de forma séria ao venezuelano -- disse para ele não "incendiar o continente" e acusou o ex-aliado de promover um "projeto expansionista". "O senhor parece não desejar a paz da Colômbia."

25 de nov. de 2007

Estréia em horário nobre

Com 60 anos de carreira, a veterana Marília Pêra atua em sua primeira novela das oito

Gabriela Germano

Marília Pêra é abordada nas ruas por pessoas que acham sua personagem Gioconda, em Duas caras, engraçadíssima. Por mais que na novela de Aguinaldo Silva ela esteja envolvida em uma discussão séria: o preconceito racial. De acordo com a atriz, muita gente se identifica com a madame que ela encarna no folhetim das oito. “As mulheres se aproximam e dizem que são iguais a Gioconda. A personagem sabe que é racista, mas se recrimina. Ela só não imaginava que a filha ia namorar um negro e deixá-la em pânico”, resume Marília, com um sorriso discreto.

ano a atriz está completando 60 anos de carreira. Pisou pela primeira vez nos palcos ao lado de seus pais, que eram atores de teatro, quando tinha quatro anos. Apesar de já ter vivido figuras inesquecíveis na tevê como a Serafina Rosa Petrone, em Uma rosa com amor, de 1972, e Rafaela, de Brega e chique, em 1987, Duas caras é a primeira novela das oito que Marília faz. E ela está feliz com a estréia no horário nobre. “Acho importante a tevê tocar em assuntos sérios como o preconceito. A novela do Aguinaldo faz isso com muita graça. Vejo que ele escreve o meu texto com muito carinho”, acaricia.

Com uma carreira estável e aclamada no teatro, Marília, hoje com 64 anos, é uma das poucas atrizes brasileiras que poderia viver única e exclusivamente dos palcos. Mesmo assim, ao contrário de muitos atores, diz gostar de fazer tevê. “Sobretudo quando o texto é bom. Aí não ligo se tiver de decorar 20 cenas em um dia. É um bom personagem que faz um bom ator na televisão”, acredita.

PERGUNTA - Em Duas caras, sua personagem Gioconda está diretamente envolvida com a discussão do preconceito racial. Como é para você defender uma figura com esse perfil?

MARÍLIA PÊRA - É obrigação da tevê aberta tocar em alguns pontos e ter uma função educativa. E aqui não devemos confundir educativo com chato ou didático. Duas caras levanta algumas discussões sensibilíssimas com muita graça. A minha personagem e também a do Stênio Garcia dizem verdadeiras barbaridades. Em determinado capítulo, a Gioconda falou que se recusava a pensar na possibilidade de sua filha ser namorada do Evilásio e que não queria discutir o assunto porque se dissesse o que pensa, mereceria ser apedrejada na rua e xingada de racista. Ela se recrimina porque sabe que é racista, mas gostaria de não ser. Muita gente se identifica com ela nesse sentido.

P - Você já teve respostas do público em relação à postura de sua personagem?

MP - Algumas pessoas já vieram até mim para dizer que morrem de rir com a Gioconda, porque enxergam nela seus próprios defeitos, suas feridas abertas. Era uma personagem toda correta. Quer dizer, a única incorreção dela era tomar comprimidos. Mas a vida lhe pregou uma peça que ela nunca esperava: sua filha se apaixonou por um rapaz negro. Eu represento, através da Gioconda, milhares de mulheres que são assim. E em relação às pessoas que são as mais atingidas pelo racismo no Brasil, também não tive uma reação negativa. As pessoas sabem que sou uma atriz que estou ali a serviço de um personagem.

P - Este ano você está completando 60 anos de carreira. O fato de Duas caras ser a sua primeira novela das oito não é curioso?

MP - Sim. Fiz muitas novelas das 22h, quando esse horário existia, e também atuei em várias novelas das sete. Mesmo a maneira como fiquei sabendo que faria Duas caras foi curiosa. Vi várias notas em jornais dizendo que o Aguinaldo Silva tinha me visto quatro vezes no teatro, mas não tinha tido coragem de vir me chamar. Depois, quando finalmente conversamos, cheguei a relutar porque achei que havia muitas atrizes com a mesma idade que a minha na novela e poderia ser complicado. Mas ele está dosando a história de cada uma muito bem e estou achando ótimo fazer esse trabalho.

P - Além de atuar na novela das oito, você está dirigindo um espetáculo infantil no Rio de Janeiro e ensaiando outras peças suas que fizeram sucesso no passado e serão remontadas no ano que vem. Trabalhar sem parar é a melhor maneira de comemorar 60 anos de carreira?

MP - Só penso nessa comemoração quando alguém me lembra disso. Mas é muito bom depois de tantos anos trabalhando como atriz ainda ter paixão e desejo de fazer. Esse espetáculo infantil – Um lobo nada mau – montei em três semanas com os meus próprios recursos - resolvi não esperar patrocínio. E trabalho com muita alegria nele. Ao mesmo tempo, ensaio aulas de dança e de canto com o Reinaldo Gianecchini e a Camila Morgado, que farão minha peça Doce deleite em 2008. Tudo isso ao mesmo tempo em que gravo a novela das oito. As pessoas me perguntam: “Você não pára?” Paro em alguns momentos e ouço música, viajo, vou ver musicais, concertos, vou ler. Sou muito versátil nos meus quereres. Mas o trabalho na maioria das vezes também me diverte muito.

P - O estar bem no trabalho não é apenas fazer sucesso?

MP - É melhor quando você faz sucesso e está feliz consigo mesma. Consegue caminhar com todos os problemas do cotidiano e se livrar deles de maneira íntegra.

P - Você é uma atriz que poderia viver exclusivamente de teatro, o que é o sonho de muitos atores. Por que você ainda faz televisão?

MP - Minha formação de berço é o teatro. Eu vi minha família inteira apaixonada pelos palcos, mas muito pobre. Eles tinham dificuldades financeiras, muitas mágoas, ressentimentos. Fui criada dentro de uma família de muito talento, mas frustrada. No tempo deles havia três ou quatro companhias de teatro e nem tinha televisão. Então cresci com o ímpeto de fazer do teatro a minha sobrevivência e vencer nos palcos. Tudo porque vi a paixão de minha família pela produção não ser retribuída. Nunca deixei de fazer uma peça para atuar na tevê. Neste momento tenho um contrato de longo prazo com a Globo, mas eles sabem que daqui a um tempo vamos combinar para que eu possa fazer coisas compatíveis com o teatro. Nunca tinha assinado contrato longo com a Globo. Sempre por obra.

P - Mas você gosta de televisão?

MP - Gosto. Ainda mais quando o texto é bom. O Aguinaldo Silva fala uma coisa que é verdade: “Quem é o melhor ator ou atriz da televisão? Depende do personagem”. Ele tem razão. O autor é Deus e o diretor é um semideus. Se o autor não escreve e o diretor não deixa, o ator não aparece. O ator não tem poderes na televisão. Em Duas caras, estou tendo uma alegria de sentir que o autor escreveu com muito carinho para mim e os diretores também tratam com muito carinho minhas cenas.

P - Quando você viveu a vilã Custódia, em Meu bem querer, ficou descontente com os rumos que a personagem tomou por influência do público e do Ibope. E em relação à Gioconda, você teme o que poderá acontecer com ela em Duas caras?

MP - Na época de Meu bem querer, fiquei preocupada com o fato de a personagem mandar matar duas criancinhas. Achei que não era adequado para uma novela das sete. Mesmo assim não pude impedir que isso acontecesse. Na televisão, o negócio é o Ibope. Você não pode querer exercer o papel de artista em sua plenitude quando está nesse veículo. O papel do artista é estar à frente de seu tempo, surpreender, fazer o que as pessoas ainda não conhecem, abrir novos caminhos. Para isso existe o teatro. Quando sou obrigada a obedecer as opiniões de um grupo de discussão na tevê – o que é bem recente – às vezes fico triste. Mas não brigo com essa realidade porque sei que Ibope e anunciantes mandam. ***

Alta produtividade

Marília Pêra tem muitos planos para 2008. Em setembro do próximo ano, uma nova montagem de O mistério de Irma Vap, interpretada por Marcelo Médici e Cássio Scapin, será apresentada ao público. A atriz dirigiu por 12 anos esse espetáculo com os atores Marco Nanini e Ney Latorraca. “Minha advogada vivia perguntando porque eu não remontava a peça. Sem me contar, ela foi aos Estados Unidos, comprou os direitos e me convidou para dirigir”, conta Marília, feliz com a surpresa. Além disso, ela deve dirigir Fafi Siqueira contando a vida de Dercy Gonçalves nos palcos, apresentar uma peça intitulada Condessa em São Paulo e participar de um espetáculo de Ivaldo Bertazzo sobre o teatro musical brasileiro.

Como todo mortal, no entanto, há um antigo projeto que Marília não acredita mais conseguir concretizar. Ela gostaria de ter um programa na tevê sobre a arte de interpretar. “Poderia ser às três da manhã. Uma escola de arte dramática na televisão. Mas eu teria de mandar em tudo e por isso nunca ninguém vai me deixar fazer isso”, prevê a atriz.

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Líbano segue sem presidente e afunda na crise

BEIRUTE (AFP) — Fuad Siniora, primeiro-ministro do Líbano, sem presidente desde sábado, afirmou que trabalha para que a eleição de um novo chefe de Estado aconteça o mais rápido possível, encerrando, assim, a crise política que afeta o país.

Siniora, cujo governo se encontra em posse de todos os poderes presidenciais, como prevê a Constituição, disse à imprensa que seu gabinete mobilizará todos os esforços para a realização da eleição.

O mandato do ex-presidente pró-sírio Emile Lahoud chegou ao fim à meia-noite de sexta-feira. A maioria parlamentar anti-síria e a oposição, apoiada por Damasco e Teerã, foram incapazes de designar seu sucessor, que deve ser nomeado pelo Parlamento.

"Continuaremos com nosso dever, como está previsto pela Constituição", acrescentou Siniora, depois de uma reunião com o patriarca da Igreja maronita, Nasrallah Sfeir. O chefe de Estado no Líbano sai, de maneira tradicional, da comunidade maronita.

Fuad Siniora rejeitou a decisão de Lahoud, tomada horas antes do fim de seu mandato, de confiar a segurança do país ao Exército. O presidente argumentou que existiam "condições e riscos que poderiam levar a um estado de exceção".

"Não é necessário um estado de exceção. O Exército cumpre seu dever", declarou Siniora, cujo governo é considerado ilegítimo por Lahoud e pela oposição desde a demissão de seis ministros em 2006.

O Exército, que não reagiu aos últimos movimentos políticos, tenta manter a ordem pública desde o assassinato do ex-premier Rafic Hariri em 2005.

"A situação é tensa, mas existe uma confiança total no Exército libanês e em sua capacidade de manter a ordem em todas as regiões", afirmou o deputado Ali Khreiss, do movimento xiita Amal. A falta de consenso entre maioria e oposição provocou um novo adiamento na sexta-feira da eleição parlamentar de um novo presidente, pela quinta vez em dois meses. O posto vacante na chefia do Estado desperta a preocupação dos libaneses e da comunidade internacional sobre o futuro do país.

"Há, no entanto, um status quo, pois ambos os lados se temem mutuamente", declarou à AFP um diplomata árabe em Beirute.

"Há temores de que a situação resulte em um conflito entre sunitas e xiitas ou entre cristãos e, por isso, todos se mostram reservados", completou.

A crise política é a pior no Líbano desde o fim da guerra civil (1975-90). A maioria acusa a oposição de seguir instruções de Damasco e Teerã para permitir que a Síria, antiga potência tutora, recupere sua influência.

A oposição denuncia que os anti-sírios no poder estão submetidos ao Ocidente, especialmente aos Estados Unidos, e desejam impor um presidente submisso a Washington.

Preocupados com o vazio presidencial, EUA, ONU e União Européia pediram que todas as partes libanesas cheguem a um compromisso o mais rápido possível.